sábado, 30 de abril de 2011

Ministério Público Proíbe Mineração no Santuário do Caraça

O Ministério Público de Minas Gerais proibiu, por meio de um recomendação, a exploração de minério na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, localizada nos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas, Mariana, Itabirito e Ouro Preto.
A Serra do Caraça, tombada pela Constituição Estadual, tem área de 31.521 hectares, dos quais 11.233 fazem parte da área patrimonial. A reserva fica entre as bacias hidrográficas dos rios São Francisco e do Rio Doce.
O Caraça tem importante conjunto histórico e arquitetônico que atrai, anualmente, cerca de 60 mil turistas. De acordo com os promotores de Justiça, responsáveis pela recomendação, a atividade minerária não é permitida dentro dos limites de uma RPPN.

Luciano Melo
http://www.onggasb.com.br/

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Célio Lima Desmascara Algumas Falácias de Gabinete

Desde ontem, o Blog Drops de Sanidade, do amigo Célio Lima, vem trazendo uma série de postagens, com ótimas análises sobre a recente entrevista concedida pelo prefeito Gustavo Prandini à revista De Fato. Vale a Pena conferir. Na oportunidade, abro aqui o link para um dos primeiros textos publicados no Monlewood e intitulado Filosofia Municipal II: Como se Proteger dos Sofistas. Tem tudo a ver.

Casamento Real

É sempre muito interessante ver a habilidade com que os súditos de Elizabete II aliam as tradições do passado à vanguarda da modernidade. A Cerimônia Real do casamento dos príncipes ingleses foi mais uma demonstração de que a Inglaterra não se esquece de seu passado, mesmo sendo uma das nações de maior inovação em conhecimento e tecnologia do planeta, que, é bom que se diga, não desgrudou os olhos da Abadia de Westminster, onde se casaram Kate e William, nesta sexta-feira. E no Brasil a coisa não foi diferente. Desde o anúncio das núpcias reais, a mídia tupiniquim vem dando ampla e meticulosa cobertura aos fatos. Incoerentemente, é o oposto do tratamento dispensado à única monarquia das Américas: os Orleans e Bragança. Apesar da forma republicana de governo, o Brasil é o único país do Novo Mundo a possuir uma Casa Real, que, diante do desprezo da grande mídia nacional, parece viver no exílio. Sobre ela nada se fala ou se divulga com tanta expressividade. Muito pelo contrário, nas raras oportunidades em que se abriu espaço nos grandes meios de comunicação nacional para a linhagem de Pedro I e II, o que se fez foi muita chacota e injustiça com a realeza brasileira, como no caso do patético e pouco convincente filme Carlota Joaquina, Princesa do Brasil. Pelo jeito, temos muito o que a aprender com a Inglaterra. Vida longa aos príncipes, os da Inglaterra e os do Brasil!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

João Monlevade de Prandini de Assis

Um passarinho verde me contou que a direção da UEMG estava tendo muitíssima dificuldade para viabilizar, junto ao governo Prandini, a implementação da biblioteca da universidade. Foi então que, segundo me disseram, alguém teve a grande idéia e o pragmatismo de batizá-la com o nome do progenitor de Prandini, para ver se a Prefeitura demonstrava maior interesse pela causa. Não é que deu certo! Foi só anunciar que a biblioteca seria batizada em homenagem ao pai do prefeito que as coisas deslancharam e, na terça-feira, ela foi inaugurada. Uai, acho que a Câmara poderia rever os nomes das ruas da cidade, do Hospital Municipal, do Pronto Socorro do Margarida, do DAE, do Areão, e etc. Quem sabe assim, a exemplo da eficiência demonstrada na implementação da biblioteca da universidade, a administração prandinista poderia dar a atenção devida às diversas instituições e setores da cidade. Espera aí... quem sabe ainda, acrescentando ao nome do Município o sobrenome do prefeito, a atual administração poderia se interessar mais pelo bem estar da cidade como um todo. Já estou até vendo: “João Monlevade de Prandini de Assis”, cidade pólo siderúrgico-comercial do médio Piracicaba. Êta coisa chique!!!

A Notícia

A edição do Jornal A Notícia de hoje está o máximo: 20 páginas de pura poesia. Melhor ainda ficou uma foto de capa, flagrando a cara de desapontamento de Prandini, diante de estudantes que se manifestavam contra o descaso da Prefeitura para com a infra-estrutura da UEMG, justamente, na ocasião da inauguração da biblioteca batizada com o nome do honroso progenitor do prefeito, Alpino Gonçalves de Assis. Seja bem vindo à dura realidade que existe fora do gabinete, meu caro.

Postagem relacionada: Casulo Prandinista

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Internet de Graça com Verba da Educação?

Outro dia um secretário me confidenciou que a Prefeitura não teria dinheiro nem para comprar saco de cimento. Nas rodas políticas da cidade, o que se comenta é que o montante da dívida a atua administração ultrapassaria os 10 milhões de reais. Então, de onde saíram os recursos para a implantação do tão celebrado projeto Monlevade Digital, que beneficiará mais de 60 % da população com acesso gratuito à internet, conforme tem anunciando com entusiasmo delirante o governo Prandini? Ora, de onde ainda há recursos. E eles estão, por força constitucional, na Saúde e na Educação. Posso estar enganado. Mas, a péssima situação financeira da Prefeitura, aliada à falta de transparência com que a gestão prandinista tem divulgado a implementação do projeto sugerem que muito possivelmente o prefeito deve ter se socorrido no orçamento da Educação Municipal para implantar a internet de graça. Agora, basta saber se promessa de campanha caracterizada como acesso a meio de comunicação, ou seja, sem finalidade, essencialmente, educativa, pode ser custeada pelo sagrado orçamento da Educação. Creio que não.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Polícia Rodoviária Federal: Muito Ajuda Quem não Atrapalha


Quarta-feira passada, levei, exatamente, uma hora e dezessete minutos para percorrer o trecho de pouco mais de quatro quilômetros, entre a ponte do Rio Uma e o trevo de Barão de Cocais, na BR 381. Pensei que retenção fosse conseqüência de mais um acidente na Rodovia da Morte. Mas, não: era a Polícia Rodoviária Federal que improvisava uma rotatória no trevo de Barão, afunilando, drasticamente, o tráfego. O pior era a cara de satisfação dos policias, que não disfarçavam o prazer em submeter simples mortais àquela situação de verdadeira tortura, sob sol a pico. Bom senso passou longe da PRF. Não vi nada que justificasse aquela monstruosa retenção, a não ser o sadismo e própria incapacidade da polícia em sinalizar e ordenar a alternativa de acesso a Belo Horizonte, via Ouro Preto, por conta do vergonhoso episódio da ponte de Sabará.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

...Seu Corpo Será Dividido em Quatro e Pregado em Postes pelos Caminhos das Minas...

Martírio de Tiradentes, óleo sobre tela de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo


Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho das Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu...

Extrado da sentença dos autos da Inconfindência Mineira, Rio de Janeiro,18 de Abril de 1792. Três dias mais tarde, a pena contra Joaquim José da Silva Xavier seria executada.

terça-feira, 19 de abril de 2011

IPTU: Nota de Esclarecimento da Prefeitura

Depois de todo o imbróglio causado pelo desastroso reajuste do IPTU, o governo Prandini, como de costume, publicou uma nota de esclarecimento em órgão da imprensa local, tentando transferir a responsabilidade direta que tem no caso à empresa contratada para realizar o recadastramento imobiliário. Apesar de não haver mais tempo hábil, tão pouco condições financeiras e políticas para um desfecho que lhe seja favorável, enquanto a atual administrar não assumir para si as responsabilidades que lhe são próprias, o resultado continuará como este que tem se verificado nos últimos 2 anos. Se o gabinete de Prandini optou por não desenvolver um necessário e rigoroso acompanhamento em relação ao recadastramento de um tema tão sensível para a população, agora vai ter que absorver os imensos ônus de sua omissão. O que não se pode admitir é mais mentira e a tentativa vã de se esquivar de uma responsabilidade que é apenas do governo Prandini.

Só Tem Ladrão no Congresso

Só tem ladrão no Congresso Nacional. Talvez seja esta uma das frases mais pronunciadas neste país. Nunca é bom generalizar. No entanto, por motivos óbvios, a verdade é que a classe política brasileira está cada dia mais desacreditada frente a opinião pública nacional. Mas, numa democracia representativa como a brasileira, apesar de todas suas mazelas e defeitos, seria muito difícil se o Congresso Brasileiro não fosse um reflexo fiel da sociedade a qual representa. E o que se vê acontecer em Brasília ou nas Assembléias ou Câmaras espalhadas por toda esta terra tupiniquim, também é de se notar aqui mesmo em nossas ruas, tão longe do planalto central. É o que chamo de antropofagia: um devorando o outro, puxando o tapete alheio, enganado, furando os olhos, buscando sempre a vantagem imoral, por meio dos mais variados e desonestos expedientes. Em outras palavras, Brasília nada mais é do que o retrato leal de tudo que acontece pelo Brasil afora. E se pretendemos mudar Brasília, primeiro teremos que mudar a nós mesmos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CNH Vencida

Na madrugada deste domingo, o senador por Minas, Aécio Neves, se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida, numa blitz da Lei Seca realizada numa avenida da na zona sul do Rio de Janeiro. O político mineiro foi multado em R$ 957,70 pela recusa e em R$ 191,54 pela habilitação vencida. Pelo menos, apesar de vencida, o neto de Tancredo Neves possuía CNH, o que demonstra que o ex-governador, ao menos em algum momento, passou nos testes teórico e prático para dirigir. O pior é outro que posa de grão-prefeito-mor e fica rodando pelos quatro cantos da cidade, sem nunca ter sido habilitado para tal.

domingo, 17 de abril de 2011

A Cara da Inconfidência Mineira

ISTOÉ Independente:

A Inconfidência Mineira sempre foi representada por uma cara falsa. A ideia de que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era um homem de fartos cabelos lisos, uma fisionomia plácida e barba volumosa só foi concebida cerca de 100 anos após sua morte, pelo movimento republicano brasileiro. Sua imagem foi cuidadosamente pensada pelo pintor carioca Décio Villares para se parecer com outro ícone cujo rosto foi criado sem respeito nenhum à realidade, o de Jesus Cristo. A verdade é que até hoje ninguém tinha ideia de como Tiradentes ou qualquer um dos outros 23 inconfidentes eram na vida real. Suas imagens são puras obras de arte, criadas com claros objetivos políticos. Isso, no entanto, vai começar a mudar na quinta-feira.

No dia 21 de abril, o primeiro feriado instituído pelo governo brasileiro após a proclamação da República, a Universidade de Campinas entregará oficialmente ao Panteão da Inconfidência, em Belo Horizonte, a primeira recriação do rosto de um dos revoltosos realizado com bases científicas. Realizado pela mesma equipe que fez a reconstituição facial do ex-oficial nazista Josef Mengele, o trabalho utilizou o crânio do inconfidente José Resende da Costa (1728-1798) como ponto de partida para a recriação de sua fisionomia. “Precisamos literalmente montar um quebra-cabeça de 114 fragmentos ósseos para conseguirmos recriar, primeiro, o crânio”, diz o coordenador da equipe responsável pelo feito, o professor de ondontologia forense Eduardo Daruge, da Faculdade de Odontologia da Unicamp.

O quebra-cabeças montado por Daruge e sua equipe foi apenas a parte final de um verdadeiro trabalho arqueológico iniciado há quase 80 anos no litoral africano. Tiradentes foi o único revoltoso a ser morto. De origem humilde, ao contrário de seus companheiros, foi enforcado no Rio de Janeiro em 1792 e, depois, esquartejado. Os outros inconfidentes foram quase todos exilados em colônias portuguesas na África. José Resende da Costa, por exemplo, foi enviado para a então Guiné Português, hoje Guiné Bissau, onde morreu. Quase 150 anos depois, o então presidente Getúlio Vargas pediu e recebeu de Portugal as supostas ossadas dos inconfidentes espalhadas por diferentes colônias africanas. Por seis décadas os restos mortais de José Resende da Costa e de outros dois inconfidentes, João Dias da Mota (1744-1793) e Domingos Vidal Barbosa Laje (1761-1793), ficaram guardados em uma mesma urna no Arquivo Histórico do Itamaraty. Só em 1995 eles foram enviados à Unicamp para estudos. “No fundo tivemos sorte de cada um deles ter idades muito distintas e termos o crânio de Resende quase completo”, diz Daruge.



Com o crânio reconstituído, a equipe de Daruge conseguiu utilizar um avançado programa de computador que usa informações das formas ósseas para realizar a reconstituição facial. “Será a primeira imagem científica de um inconfidente”, comemora Ângelo Oswaldo, prefeito de Ouro Preto. “Estamos revivendo um grande acontecimento que deveria ter ocorrido na década de 30, quando Getúlio pediu a repatriação dos restos mortais desses inconfidentes.” A entrega oficial das ossadas e do trabalho da Unicamp será feita pela presidente Dilma Rousseff, que será, junto com Daruge, homenageada com a Medalha da Inconfidência. O rosto de Tiradentes, no entanto, continua­rá se parecendo com o de Jesus Cristo. Após seu esquartejamento, partes de seu corpo foram espalhadas por vários pontos da cidade do Rio de Janeiro. A cabeça, no entanto, foi levada para Ouro Preto, onde ficou exposta em um mastro até que, numa noite, simplesmente desapareceu. Sem crânio, por enquanto, a ciência ainda não consegue reconstituir a face de ninguém.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prandini Sofreria de Amnésia?

Desde que tomou posse, o prefeito Gustavo Prandini vem dando sinais claros de que não sobe o que faz. Foi assim com a aprovação desastrada do novo Código Tributário, com a inesquecível travessia do Rio Santa Bárbara, com a irresponsável política financeira que levou a Prefeitura à quebradeira, e com numerosos outros casos que já fazem parte do folclore político e do imaginário do povo monlevadense. O que estaria acontecendo? Analistas “psico-político-sociais” da cidade avaliam que o chefe do Executivo monlevadense estaria apresentado sintomas inequívocos amnésia. Que o prefeito parece ter esquecido, praticamente, tudo que prometeu em sua campanha não é novidade para ninguém. Mas, agora, a amnésia de Prandini sugere estar se tornado crônica. Na mais nova polêmica em que se envolveu, reajustando o valor do IPTU, em até 1.500%, o prefeito-advogado, formado na UFMG, acabou cobrando o imposto de Igrejas e de Templos Religiosos. Como dizia o filósofo: só sei que nada sei. Mas, filosofia a parte, qualquer estudante do 5º período do curso de Direito sabe que Igrejas e Templos gozam de imunidade tributária e, por isso, nao podem ser tributados.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Casulo Prandinista

Em janeiro deste ano, estive a convite do prefeito Gustavo Prandini em seu gabinete. Na ocasião, o chefe do Executivo me propôs uma reaproximação com seu governo, justificando que “possuímos muito mais semelhanças do que diferenças e que juntos poderíamos construir muito mais por Monlevade, do que separados.” Como, hoje, sei que o prefeito não é afeto a conversas francas e que a verdade muitas vezes lhe desperta a ira, fui balançando, sutilmente, a cabeça em sinal de concordância a tudo que me dizia, até o final do encontro, quando me retirei, ainda mais certo de minhas convicções quanto aos elementos que têm levado a atual gestão ao fracasso geral. Depois que o poder revelou a verdadeira natureza do prefeito, seria de muita ingenuidade minha pensar que algo de novo e avesso ao atual modelo político-administrativo poderia ser, sequer, sinalizado, naquela ocasião. Apenas estive lá por curiosidade. Mas naquele dia, eu ainda haveria sim por me surpreender, mesmo que por um instante apenas. Ao visitar a prefeitura naquele dia, considerando todas as dificuldades e crises vividas pela atual administração, imaginei que veria assessores e mesmo o prefeito, exibindo um semblante de preocupação, minimamente, apreensivos com a realidade perturbadora das crises financeira, administrativa e política que têm afetado a gestão prandinista. Más, não. Vi pessoas, surpreendentemente, despreocupadas, leves e alheias as tensões que, recorrentemente, vêem assombrando o Paço Municipal. Ingenuidade minha. Será que eu havia me permitido esquecer que ali era o nicho supremo do Pacto Umbilical? E que um de seus pilares constitui-se, justamente, no isolamento do prefeito em seu gabinete e na eliminação de qualquer um que ouse trazer a realidade para dentro da Prefeitura? É muito triste perceber que alguém que obteve a confiança do povo para governar prefere se manter isolado da realidade, encasulado em seu gabinete fantástico, enquanto a realidade é cada dia mais dura, afetando a todos os setores do Município.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

27 Anos do Jornal A Notícia

Parabenizo o Jornal A Notícia pelos 27 anos de circulação e tradição jornalística, na certeza de que na pluralidade da democracia monlevadense existe lugar para todos e que a censura deva ser demandada apenas e tão somente contra atos de injustiça, de desonra e de empáfia desmedida.

Publicidade do Pastor

A edição de ontem do Jornal A Notícia trouxe uma caderno especial, com uma foto de capa inteira do vereador Pastor Carlinhos, arrematada por um forte viés publicitário, alem de outras quatro páginas recheadas com mais fotos e uma espécie de biografia-entrevista do presidente da Câmara. Não entendo nada de marketing ou de publicidade. Mas, como cidadão comum me pareceu um tanto forçosa e até mesmo artificial a clara tentativa de se recompor a imagem do chefe do Legislativo, logo após o desgastante episódio da chamada guerra santa monlevadense. O texto também me pareceu muito apelativo, apresentando argumentos pouco conclusivos como, por exemplo, o de que o Pastor começou a trabalhar aos 10 anos de idade, deixando a infância de lado e passando a acordar às 4 horas da manhã e etc. Ora, parece aquela justificativa do sujeito que chega à empresa a procura de emprego e o contratador pergunta: qual é sua qualificação? E ele responde: tenho seis filhos para criar. Acho que a forma mais adequada do vereador pastor recompor sua imagem frente à opinião pública é com muito trabalho e sintonia com os anseios do povo monlevadense. E se mantiver a postura de reavaliar a vendas dos sete terrenos do Município, vai começar muito bem esta nova tarefa. E a propósito: a campanha publicitária empreendida pelo Pastor sinaliza, claramente, que suas aspirações políticas para 2012estão além da Câmara de Vereadores.

terça-feira, 12 de abril de 2011

IPTU nas Alturas

Acabo de ler no blog Rapadura que o governo Prandini efetuou um reajuste de quase 100% no valor do IPTU, cobrado no Município. Trata-se de um duro golpe no bolso do contribuinte e de, obviamente, mais uma medida que se somará ao vasto universo de polêmicas, que explicam com naturalidade o baixíssimo índice de popularidade do atual prefeito de João Monlevade. Num momento em que a economia do país sofre com o aumento de preços nos mais variados setores, como o de alugueis, combustíveis, alimentos e etc, o governo eleva o valor do imposto às alturas, com um reajuste desmedido de absurdos100%, numa demonstração clara de insensibilidade para com a atual conjuntura sócio-econômica do povo monlevadense. Alem do mais, o fato de ter quebrado a Prefeitura em menos de dois anos de mandato coloca o governo Prandini numa séria situação de descrédito financeiro junto aos munícipes, afetando-lhe, diretamente, a legitimidade política para tributação. Ora, seria muito mais justo e oportuno se o governo tivesse realizado um planejamento tributário específico para o processo de duplicação da Usina, ao invés de tributar, exageradamente, o cidadão comum. Melhor seria se tivesse agido com responsabilidade, preservando a austeridade das contas públicas. Mas, preferiu quebrar a Prefeitura e deixar um dos fatos econômicos mais relevantes da história do Município (a duplicação da usina) passar à sua revelia, despejando apenas sobre o contribuinte do IPTU todo o ônus pela tentativa de equilíbrio das finanças públicas. Como se diz, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. E depois dizem que torcemos contra. Só pra lembrar os leitores, dois dos motivos que levaram o rei Luis XVI à guilhotina, no histórico episódio da Revolução Francesa, foram os altos impostos pagos pela população e a indignação popular contra uma corte perdulária que devorava, ferozmente, os recursos da nação, sem dar nada em troca.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Suspensos os Direitos Políticos de Carlos Moreira

O juiz de Direito da Segunda Vara Cível da Comarca de João Monlevade, Evandro Cangussu, condenou o ex-prefeito Carlos Moreira por ato de improbidade administrativa, sob a acusação do Ministério Público Estadual de que o ex-chefe do Executivo e a ex-secretária de educação, Geralda Maria de Castro Oliveira, doaram dinheiro público para cobrir o pagamento, no valor de R$ 21.055,00, da banda de música que tocou na formatura do curso de Engenharia de Produção da UFOP, de cuja um sobrinho de Moreira fora integrante. Na sentença do Juiz, os acusados foram condenados, solidariamente, à restituição aos cofres públicos do valor de R$ 21.0055,00, acrescidos de juros; à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 5 anos, cada um; ao pagamento de multa civil no valor de R$ 5.000,00, cada um; à proibição de contratarem com o Poder Público ou receberem benefícios ou incentivos fiscais e creditícios, pelo prazo de cinco anos; e ao pagamento das custas processuais. Da decisão cabe recusro.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Crucifixo e o Elemento Político Prandinista

Obviamente que se o Pastor Carlinhos não tivesse cometido o ato falho de retirar o crucifixo do plenário da Câmara, a justificativa inicial para a chamada guerra santa monlevadense não teria existido e, por conseqüência, também não teria havido a forte manifestação da última quarta-feira. O pastor errou, como qualquer um de nós. Há quem diga até que todos nós somos o produto de nossos erros. No entanto, o erro foi corrigido pelo juiz Evandro Cangussu, que, mediante a oportuna intervenção do advogado Teotino Damasceno, determinou a volta do crucifixo para seu lugar de origem. Não haveria, então, mais motivo para o acirramento dos ânimos, a menos que não existissem outros interesses por de traz das máscaras palacianas. Pois foi o que se viu, infelizmente. Houve aquele que tinha tudo nas mãos para evitar o confronto, mas, ao contrário, preferiu se aproveitar da situação, pois lhe era mais do que conveniente manter a opinião pública focada no Legislativo, longe dos holofotes das crises financeira, política e administrativa, para as quais parece ter nascido. O oportunismo e a imprudência foram tão grandes que, numa tentativa de se aproveitar até a ultima gota da situação, o governo Prandini, em meio a toda turbulência, engendrou a presença da imagem da Virgem Padroeira do Brasil, nas comemorações do próximo aniversário da cidade: queria mais lenha na fogueira. Tenho certeza de que a imagem da Santíssima Virgem será sempre bem vinda a João Monlevade. Mas, num momento de tensão religiosa, diretamente, relacionado com outra imagem católica, sua vinda poderia criar mais oportunidade para mais conflito, ou simplesmente, soar como revanchismo contraposto à retirado do crucifixo. É o que demonstra que o governo Pranini pousou sobre a questão como se fosse um abutre que investe na carniça. Pela proximidade que tem com a Igreja Católica local, Prandini poderia, facilmente, ter desarticulado a manifestação da última quarta feira, poupando o líder evangélico e presidente da Câmara, Pastor Carlinhos, de todo o constrangimento que sofreu diante da comunidade católica monlevadense. Más, nem sequer tentou. Optou por sacrificar o único vereador de seu partido para se aproveitar, politicamente, da questão, frente aos católicos. Isso se é que Prandini tenha alcançado algum proveito do ocorrido. Apesar de vir exercendo uma atividade parlamentar pouco alinhada com o Executivo, Pastor Carlinhos tem sido, até o momento, essencial para a aprovação de projetos de interesse do governo Prandini. Sem o voto do Pastor, por exemplo, não se teria aprovado em primeiro turno a venda dos sete terrenos públicos. Alias, o Pastor mandou o seu recado, na semana passada, quando retirou de pauta o dito projeto. Só Prandini que não escutou.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Crucifixo, Fé, Cultura, História e Legitimidade do Poder

Sinceramente, sem abordar nesta oportunidade o atrapalhado elemento político prandinista que tocou o caso, não vejo toda essa polêmica envolvendo o crucifixo da Câmara como uma questão de fé. Mas, sim como uma questão histórico-cultural. Nosso país e nosso estado foram fundados sobre as bases institucionais do catolicismo. Ou seja, a Igreja não era apenas uma autoridade moral ou “religiosa”, mas, principalmente, o instrumento através do qual o poder temporal do rei se legitimava. Hoje, na democracia, o poder do Estado é legitimado pelo voto. Aceitamos ser governados por aqueles que são eleitos pelo povo para tal. Antes da proclamação da república, em 1889, as coisas não funcionavam assim. No Brasil Colonial e Imperial, o poder era legitimado pela vontade de Deus, através de toda uma sistemática institucional que tinha origem no Vaticano. Naquela época, dificilmente, um rei português ou um imperador brasileiro governaria sem o apoio do Papa. Daí, a origem histórica da conjunção entre Estado e religião que explica a presença de objetos de significado religioso católico em órgãos públicos, hoje. Ao retirar o crucifixo do plenário Câmara, sob o meu entender, Pastor Carlinhos tocou muito mais numa questão de tradição, de história e de cultura, do que de fé, propriamente dita. E acredito que tenha sido apreciando este aspecto da questão que a Justiça determinou a volta da imagem para o plenário do Legislativo. Assim, a afirmativa que se tem ouvido pela cidade de que as demais religiões também deveriam ingressar com pedido para participarem do plenário da Câmara com suas imagens, não faz o menor sentido, a não ser que demonstrem que também já se caracterizaram, sob o ponto de vista histórico-institucional, como instrumento de legitimação do poder do Estado em algum período da história brasileira. O país é laico, o que significa que não deva haver antagonismo entre o Estado e a religião, mas sim espaço para toda a pluralidade de fé e de culto. No entanto, como já dito, a questão aqui não apenas de fé, mas muito mais de história, tradição, costumes e cultura.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Católicos vão à Câmara


A liminar concedida pelo juiz Evandro Cangussu, determinado a volta do crucifixo ao plenário do Legislativo Municipal, parece não ter aplacado os ânimos da comunidade católica da cidade. A reunião ordinária da Câmara desta quarta feira, 6 de abril, foi marcada por uma forte e inédita manifestação contra o presidente da casa, o vereador Pastor Carlinhos, que logo após assumir a chefia da vereança local, em janeiro deste ano, decidiu retirar a Imagem de Cristo de seu lugar de destaque sobre a mesa diretora.

Assista aos Vídeos:



Propaganda Oficial



Numa tentativa desesperada de reverter seu baixíssimo índice de aprovação popular, o governo Prandini adota uma pesada estratégia publicitária, espalhando por toda a cidade uma série de outdoors, estampados com a imagem de diversas lideranças comunitárias do Município. Mas esta corda, certamente, pode se arrebentar do lado mais fraco, como de costume. Primeiro que, diante da antipatia geral que existe em relação à administração Prandini é muito mais provável que a liderança se contamine com a péssima imagem do governo, ao invés de lhe transmitir o que tem de positivo. E segundo que todos aqueles que tiveram suas imagens veiculadas pelos outdoors da Prefeitura, caso se candidatem nas próximas eleições, podem ter sérios problemas com a Justiça Eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas tem entendido que a veiculação da imagem de cidadãos comuns, ainda que fora do período eleitoral, mas que se tornam candidatos, caracteriza propaganda eleitoral extemporânea, através de meio vedado (art. 36 e 39, parágrafo 8º, da lei 9.504/97).

terça-feira, 5 de abril de 2011

21 de Abril de 2011: Repatriação de Três Heróis da Inconfidência

A leitura da sentença de Tiradentes, óleo sobre tela de Leopoldino Faria

No próximo 21 de abril, data em que o Brasil comemora o dia de seu maior herói nacional, patrono cívico e mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Ouro Preto será palco de mais um fato histórico. Além das formalidades, tradicionalmente, realizadas no feriado cívico, a antiga capital mineira assistirá a uma cerimônia de repatriação dos restos mortais de três inconfidentes degredados na África, pela mesma sentença que condenou o alferes Tiradentes à forca, em 18 de abril de 1792. Finalmente, depois de séculos de injustiça, os heróis Domingos Vidal Barbosa Lage, José de Resende Costa e João Dias da Mota devem ganhar seu lugar de honra no Panteão da Inconfidência, ao lado de seus consortes.

Fichinha

A Prefeitura de São Gonçalo realizou no último sábado o 2º Leilão de Gado de Leite e de Corte, no parque de exposições Edirlei Márcio Moreira Lacerda. Na ocasião foram negociados 318 animais, movimentando um total de R$ 288.078,00. Em maio do ano passado foi também realizado um leilão de gado no famoso sítio Xopotó, de propriedade do deputado Mauri Torres, oportunidade em que foram negociados um pouco mais da metade de animais, 181 vacas, bezerras e novilhas, ocasião em que foi apurado quase o dobro do valor, a fabulosa soma de R$ 547.470,00. Ao que parece, em matéria de leilão de gado, São Gonçalo é fichinha perto do sítio Xopotó.

Confidência Atleticana

Gostaria de agradecer, publicamente, as palavras de ontem do Jornalista Márcio Passos a respeito do Monlewood, em seu blog, o Rapadura. Pois é...perfeito mesmo só Deus. O atleticano é um sujeito sem opção. Ele nasce atleticano e pronto. Pior é torcer pelo Cruzeiro e fazer aniversário no mesmo dia de outro cruzeirense que tem por aí. Isso sim que é defeito!(rs !!!) Acabo de enviar para o email do Rapadura uma foto das gêmeas maravilhosas, Luísa e Fernanda, que completaram 3 meses, recentemente. Quem sabe, na edição de sexta feira, o Caderno de Variedades do A Notícia possa estar muito mais abrilhantado. Se bem que na primeira página, a foto, certamente, dobraria a vendagem do Jornal. (rs!!!). Obrigado, Márcio.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

É o Bicho Comenta: Prima da Mãe de Prandini

Alguém fez a denúncia, o orgão divulgou e um professor, no caso, sou eu, fiz o contato diretamente com o secretário há quase um ano e tudo ficou como antes no quartel de Abrantes. Isso, sim, é ainda mais grave. Parece que já estão fazendo as coisas acreditando na impunidade.

Prima da Mãe de Prandini

São da mais alta gravidade as denuncias de favorecimento pessoal veiculadas pela última edição do Jornal A Notícia contra uma prima da respeitosa genitora do prefeito Gustavo Prandini. Segundo o órgão de imprensa local, a professora da rede pública municipal, Sebastiana Machado, tem sido beneficiada pelo governo, recebendo a remuneração correspondente a 40 aulas semanais, em suposta desconformidade com o concurso público que a investiu no cargo, que apenas autoriza o pagamento de 25 aulas por semana. Além disso, a professora também teria alugado o primeiro andar de sua residência para a Prefeitura.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Gabinete Prandinista: Podemos, Sem o PT

Em meio a todas as adversidades vividas entre o governo Prandini e uma forte ala dentro do Partido dos Trabalhadores, representada por Dr. Laércio Ribeiro, Belmar Diniz, Dra. Rosangela, Neto, Gleber Naime e grande massa de filiados, o gabinete do prefeito sinaliza para uma nova estratégia de aliança para 2012. Fontes seguras dão conta de que a administração prandinista já está convencida da idéia de que pode governar João Monlevade e ser reeleita nas próximas eleições, sem o apoio político e a militância do Partido dos Trabalhadores. Prandini, agora, aposta numa aliança mais estreita e ostensiva com a Igreja Católica, pretendendo lançar sua candidatura à reeleição ao lado de um vice-prefeito de religiosidade e, para isso, investe nos nomes dos padres Marcos e Jorge.