quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bonde de Santa Teresa


Recentemente, a Secretaria de Transporte do Estado do Rio de Janeiro anunciou que, desde 2007, 9 milhões de reais foram investidos na manutenção de 7 dos 14 bondes que fazem o percurso turístico Largo da Carioca/Santa Teresa, o que dá quase 1 milhão e trezentos mil para cada bonde reformado. Considerando que uma Ferrari Stradale custa pouco mais de 1 milhão de reais, será que há duvidas de que alguém colocou o dinheiro do bonde no bolso e faltou recurso para a reforma do restante da frota, inclusive daquele que se acidentou na semana passada, matando 5 pessoas, entre mais de 50 feridos? Está vendo como a corrupção mata?

Asfalto

Na política arcaica do coronelismo do final da República Velha, dizia-se que governar era construir estradas e asfaltar era entrar para a história. Tanto é que o último presidente daquele período que também ficou conhecido como República do Café com Leite, Washington Luis, teve como lema de campanha o slogan: governar é abrir estradas. Hoje, a menos de uma ano da corrida eleitoral de 2012, Monlevade se vê de volta aos tempos dos coronéis. Ninguém nega que uma rua ou uma avenida bem asfaltada só traz benefícios para a mobilidade urbana. No entanto, o Município necessita tratar a manutenção de sua malha viária de forma continuada e planejada. Este asfalto de 2 centímetros de espessura que estão aplicando na porta da casa do assessor de comunicação, Emerson Duarte, na Av. Cândido Dias, é aquele mesmo da República Velha que se destinava a fins, puramente, eleitoreiros. É sobre este asfalto que Prandini vai caminhar, no ano que vem, pedindo votos e, provavelmente, vai dizer: Ta vendo? Eu asfaltei esta rua.Vote em mim. Do contrário, vai dizer o que? De tudo aquilo que foi prometido em campanha, praticamente, nada foi implementado da forma em que foi prometido, até o momento. É só reler o programa de governo de Prandini para conferir. Aliás, asfaltamento é o modo mais fácil de uma administração mostrar algum serviço. Basta licitar o contrato e pagar a empresa. Monlevade precisa é de trabalho.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

10 ou 15 Vereadores?

Com a justificativa de se estar atendendo a uma reivindicação da opinião pública monlevadense, alguns vereadores voltaram atrás e, agora, anunciam que pretendem reinstituir o número de 10 cadeiras para o Legislativo local, apesar de terem, recentemente, aprovado a modificação na Lei Orgânica Municipal que elevava o número de vereadores para 15, conforme autoriza a emenda constitucional n°58 de 23 de setembro de 2009. Quer dizer, então, que a ampliação de 10 para 15 se efetivou em discordância com a opinião pública? É muita cara de pau! O fato é que a Câmara tem se revelado, a cada dia, mais alinhada com Prandini. Além de chancelar as irresponsabilidades do prefeito, como foi o caso da aprovação do repasse financeiro do DAE no valor de R$ 700.000,00, também tem reproduzido seu estilo “vai e volta”.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Moreira

Tenho ouvido comentários no sentido de ainda haver alguma possibilidade jurídica de o ex-prefeito Carlos Moreira concorrer à cadeira maior do Executivo Municipal, no próximo pleito. No Direito tudo é possível. Mas, no caso específico de Moreira, as possibilidades são muito improváveis. O fato é que, tecnicamente, Moreira já é incurso na celebrada lei da ficha limpa e, portanto, encontra-se, hoje, inelegível. Fosse a Ação Civil Pública que condenou o radialista na suspensão de seus direitos políticos a única a tramitar no Tribunal de Justiça mineiro, talvez, valendo-se de um também improvável recurso favorável para a 3ª instância, poder-se-ia vislumbrar uma pequena luz no fim do túnel. No entanto, são numerosos os processos contra o ex-prefeito no TJ. De forma que, a esta altura do campeonato, ou seja, a menos de um ano do início das eleições, dificilmente, sua inelegibilidade será revertida, em tempo hábil. Muito pelo contrário, o tempo, agora, corre contra Moreira, impulsionando uma extensa esteira de processos que, um a um, devem complicar ainda mais suas pretensões políticas por, talvez, 20 ou 30 anos.

domingo, 28 de agosto de 2011

A Morte de Uma Paineira






Na região compreendida entre o Social Clube e a portaria 1 da ArcelorMittal, onde, até pouco tempo, se podia observar uma série de charmosos sobrados pertencentes à histórica Vila Operária e dos quais apenas um se salvou de ser demolido, ainda se pode ver uma alameda, além de indivíduos pontualmente distribuídos, composta por árvores enormes que estão ali há décadas. Salvo engano, devem ser da época de Dr. Louis Ensch. São imensas Paineiras que, durante a florada sazonal, preenchem suas amplas copas de um tom rosado intenso, homogêneo e exuberante e que também produzem a paina, uma fibra natural, que, nos séculos passados, era usada para preencher colchões e travesseiros, além de outras coisas. Ocorre que na semana passada, uma dessas arvores que se localizava, praticamente, ao lado da chaminé da sinterização da ArcelorMittal, foi, cruelmente, derrubada, conforme demonstram as fotos acima.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Falácias e mais Falácias do Vereador Pastor

Falácia é um argumento, logicamente, inconsistente e sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar, eficazmente, o que se alega, apesar de parecer verdadeiro. A figura de pensamento falaciosa tem sempre o objetivo de induzir a audiência ao engano, seja, conscientemente, quando há a intenção de se enganar, seja, inconscientemente, quando o indivíduo reproduz, com certo automatismo, o argumento falacioso, de modo a persuadir pela manutenção de uma situação que lhe favorece.
Ontem, na reunião ordinária da Câmara, o nobre vereador pastor Carlinhos resolveu expor uma “análise” sobre um texto publicado, na semana passada, aqui no Monlewood e intitulado “Transformaram o Dinheiro da Água, Literalmente, em Esgoto”.
Inicialmente, posso dizer que senti um misto de alegria e tristeza, ao ver o vereador-pastor fazer sua exposição. Num primeiro momento, fui contagio por um sentimento de alegria, ao ver que as engarranchadas letras aqui escritas, diariamente, foram capazes de alcançar a presidência do Legislativo Municipal. Mas, imediatamente, fui também contaminado por uma triste emoção, ao me dar conta que, diante de toda a dificuldade por que tem passado esta cidade de João Monlevade nos últimos 32 meses, aquele que deveria conduzir a Câmara rumo à sua vocação institucional de fiscalizar, perdia seu tempo, respondendo a um simples blog, que nada mais é do que um instrumento de um dos sustentáculos da democracia: a livre expressão do pensamento.
Mas, no dia de ontem, alegria e tristeza não seriam os únicos sentimentos a serem experimentados por este blogueiro. Também senti pavor!
Fiquei terrificado ao perceber a familiaridade e a destreza, com as quais o pastor Carlinhos se valeu de argumentos tão falaciosos para depreciar meu pensamento. Primeiro, usou da mais comum das espécies de falácia, chamada em latim, de “Argumentum ad hominem”, que é o erro de raciocínio, que se materializa quando se responde ao argumento com uma crítica pessoal a seu autor e não ao argumento em si. Foi o que fez o vereador-pastor, que, ao inves de contra argumentar o conteúdo do texto em questão, optou por afirmar que este blogueiro deveria voltar para escola, pois, segundo ele, nao sabe o significado da sigla DAE. De tal forma que me cabe resonder ao nobre parlamentar que o departamento é sim de àgua e esgoto. Na verdade, pastor, pouco importa a nomeclatura da autarquia e sim sua situaçao no mundo real. O projeto da ETE, sob os pontos de vistas da saúde pública e do meio ambiente, é interessantíssimo para o Município. Mas, como o edil deve saber, governar é definir prioridades. Neste sentido, retirar da autarquia R$700.000,00, num momento de falta d’água generalizada na cidade é encomendar mais falta d’água, aém de premiar o mau gestor. E a água, num contexto administrativo responsavel, será sempre prioridade absoluta.
Segundo, valeu-se o pastor, ainda na tentativa de desconstruir os argumentos de meu texto, de outra conhecida espécie de falácia, muito usual, chamada também em latim de Argumentum ad antiquitatem, que é o erro de raciocínio concistente em buscar autorizar aquilo ou aquela situação que é antiga.
Foi o que vez o atual presidente da Câmara, ao tentar rebater minha declaração de que o DAE está sucateado: “o DAE está sucateado faz muito tempo e ele sabe disso”, retrucou o edil. Sei sim, pastor. Mas o fato de haver muito tempo de sucateamento do DAE, não significa que a autarquia deva permanecer no estado em que se encontra ou que o sucateamento deva ser encarado como uma condição normal. E tenha certeza que o repasse autorizado pela Câmara, ontem, não colaborará em nada para que o DAE deixe para traz a situação lastimável em que se encontra, há muito tempo.
E terceiro e por fim, valeu-se o pastor da, a meu ver, mais triste espécie de falácia, amplamente, difundida na política brasileira, chamada de Apelo á Emoção, quando se usa a manipulação dos sentimentos do receptor como forma de convencê-lo da validade de um argumento. É um tipo de apelo à crítica, que se usa de argumentos que não abordam a questão sendo discutida. Foi o que fez o pastor, quando ao final declarou: “ pra quem está fora, criticar é fácil, vem fazer pra ver como é difícil”. Ou seja, se fez de vítima. Que crueldade! Uai, ta difícil receber 5 mil por mês pra comparecer um dia por semana no plenário? Pede pra sair, então. Mas não me leve o crucifixo, pelo amor de Deus.

Ainda o Supersalário do Tadeu

Também ontem, durante a reunião ordinária da Câmara, um vereador declarou que não poderia dizer que o salário de 8 mil reais do assessor de governo, Tadeu Figueiredo, era ilegal, mas que, certamente, seria imoral. Vou me permitir discordar do edil, quanto a suposta ilegalidade do caso, pois, se o cargo de assessor é equiparado ao de secretário, com base no Princípio Constitucional da Isonomia, a ele também deve ser aplicada a vedação contida na norma do parágrafo 4° do art. 39 da Constituição, que proíbe gratificações para o primeiro escalão do governo. Na melhor das hipóteses, o salário de Tadeu poderia, no máximo, se igualar ao salário de secretário (R$ 6.500,00) e nunca superá-lo, sob pena de se ver criado um mecanismo tão simplório, destinado a burlar a lei. A interpretação teleológica do parágrafo 4° do art. 39 do texto constitucional impõe que, dentro da estrutura de cargos comissionados da prefeitura, ninguém pode perceber salário maior do que o de secretário, a não ser o próprio prefeito.

Bananas na Câmara


Ontem, na reunião ordinária da Câmara, o destaque ficou por conta da manifestação individual realizada pelo blogueiro Célio Lima. Além de ostentar um cartaz estampado com os “dizeres política não é brinquedo”, Lima distribuiu pelas galerias do Legislativo vários cachos de bananas, num claro protesto conta a aprovação do projeto de lei de autoria do prefeito Gustavo Prandini que autoriza o repasse de 700 mil reais das finanças do DAE para o caixa único da Prefeitura. As bananas, na verdade, remetiam a uma declaração feita pelo presidente da Casa, Pastor Carlinhos, que, recentemente, chamou os vereadores de bananas. A manifestação gerou forte repercussão entre os edis, principalmente, entre aqueles que não conseguiram disfarçar a sangria pela flechada na vaidade, como foram o caso dos vereadores Dorinha Machado e Doró da Saúde, que logo se alvoroçaram em fazer uso da tribuna para esbravejar que “eu sou isso e eu sou aquilo”. Outros encararam a situação como rotineira numa democracia, havendo, até, quem apesentasse apoio. Parabéns ao Célio Lima pela iniciativa corajosa e democrática.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Yes, Nós Temos Bananas





Leitor Comenta o Supersalário do Tadeu

Não sei se é intriga ou fofocagem mas um passarinho verde andou falando nos bastidores que o Tadeu queria jogar a toalha no primeiro mes de trabalho. Ele reclamou que não haviam dito a verdade sobre a real situação da prefeitura. E ai o Gustavo que não aguenta pressao resolveu segurar o psicologo pelo bolso igualzinho tá fazendo com algumas pessoas do PT. Passarinho verde disse também que isso foi a gota dagua pro secretario de fazenda colocar o cargo a disposição. Por isso o prefeito não tem nome até hoje para o cargo.
Agora eu queria saber qual é o salário que a prefeitura de Mesquita paga pro Tadeu como psicologo. Se chegar na metade do salario atual dos demais secretarios eu mudo de nome.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Salário de R$8Mil para o Tadeu: Inoportuno ou Ilegal?

Ainda amargando uma situação de grave crise financeira, na qual o gabinete prandinista se viu obrigado a atacar de assalto o caixa do DAE para finalizar projetos do governo anterior e, desesperadamente, articula na Câmara a aprovação da dilapidação do patrimônio público, consistente na veda de 07 terrenos do Município para cobrir rombo no caixa da Prefeitura, além de ignorar a luta do Magistério municipal pela instituição do piso nacional, dentro da lei 920 e de várias demonstrações de gastos exagerados de integrantes do governo e do próprio prefeito com viagens e hospedagens de alto luxo, Prandini, agora, concede aumento salarial de 60% para o recém chegado Assessor de Governo, Tadeu Figueiredo, que, assim, passa a receber 08 mil reais, por mês. Não vou entrar no mérito do merecimento deste expressivo aumento de salário. No entanto, está claro que, diante da atual conjuntura financeira da Prefeitura é o povo que não suporta mais atos de irresponsabilidade como este, pois, no final das contas, é toda a população monlevadense que, invariavelmente, paga o alto preço por toda imprudência financeira prandinista, seguindo a sofrer com a falta d’água, com a perda do patrimônio público, com com a paralisação de serviços públicos e etc. E para refrescar a memória do prefeito-advogado, trago à baila um preceito constitucional muito conhecido no Direito Público:

Art. 39[...]
[...]
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
[...]


Pois é... o que já não se bastava como inoportuno, também é, em tese, ilegal. Só está faltando Prandini conceder gratificação pra si mesmo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tentativa Frustrada de Golpe Político no PT Monlevadense

Na última quinta feira, dia 18, aproveitando-se da visita que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez à Belo Horizonte naquela data, uma comitiva, formada em sua maioria por aqueles petistas que integram o batalhão de frente do gabinete prandinista, esteve na capital de Minas a fim de colocar em prática seu plano oculto, anti-partidário e anti-democrático. Sem sequer consultar o Diretório Municipal e bem ao estilo prandinista de fazer as coisas descerem goela abaixo, ignorando as bases; os golpistas levavam consigo um formulário de filiação partidária, assinado pelo atual prefeito de João Monlevade, Gustavo Henrique Prandini de Assis, para ser abonado por ninguém menos que o Presidente Lula. Assim, sou forçado a trazer à lembrança o Golpe Militar sofrido por este país, em 31 de março de 1964. Ao que parece, alguns petistas estão se esquecendo do conteúdo programático do Partido ou, então, se esqueceram de todos os fatos que já ocorreram neste governo, que, desde o início, vem, sistematicamente, violentando as raízes históricas e os princípios ideológicos do Partido dos trabalhadores. Para relembrar os mais recentes, cito o episódio da supressão dos cartazes da greve dos professores, pessoalmente, protagonizado por Prandini no Centro Educacional, numa afronta ao direito de greve do trabalhador, ou do projeto de lei de autoria do atual prefeito que visava revogar a lei 920 e, conseqüentemente, o plano de cargos e salários dos professores, colocando em risco de destruição uma conquista tão relevante da administração Leonardo Diniz, esta sim, incontestavelmente, petista. Felizmente, uma certa influência no PT Estadual pesou como chumbo e o grupo voltou da capital mineira com seu intuito frustrado.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rômulo Ras: Houve mais um Acidente na 381, BH/Monlevade, Todo Dia Morre Um (veja o vídeo)





Áudio e imagens capturadas na noite da última terça feira, na Praça do Povo, na realização do evento “BR-381: O show da vida pela duplicação da Rodovia da Morte”, organizado pelo músico Aggeu Marques, que na ocasião foi anunciado como a melhor voz de Paul Mccartney de todos os tempos. Disseram até que a voz de Paul Mccartney do talentoso Aggeu era melhor do que a do próprio Paul Mccartney. ♫♫...She loves you yeah, yeah, yeah...with a love like that you know you should be glad! ♫♫

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Farinha do Mesmo Saco: Transformaram o Dinheiro da Água, Literalmente, em Esgoto

Ontem, em sessão plenária da Câmara, foi aprovado o projeto de lei de autoria do prefeito Gustavo Prandini que autoriza o DAE a conceder empréstimo no valor de R$ 700.000,00 para o Município. Segundo a justificativa do próprio projeto, os recursos serão empregados como contrapartida municipal no convênio com o Governo Federal que prevê a construção da Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro Cruzeiro Celeste. A necessidade do empréstimo se deveu como conseqüência da irresponsabilidade fiscal do governo Prandini que levou a Prefeitura à situação de grande dificuldade financeira já no primeiro ano de seu mandato. Apesar do projeto da ETE ter sido elaborado ainda no governo anterior, a administração prandinista não se deu ao mínimo de planejamento financeiro necessário à execução da obra, tendo, agora, que se socorrer no caixa do DAE para se salvar do vexame político de tal situação. O que a Câmara fez, ao aprovar o empréstimo em questão, foi premiar o mau gestor, convalidando a irresponsabilidade e a prodigalidade de gastos deste governo que levou em pouco tempo a Prefeitura à beira da bancarrota. É um precedente perigosíssimo, pois o DAE que se vê, hoje, subtraído de um valor tão expressivo, não é o mesmo DAE que, no passado, emprestou à Prefeitura. O DAE de hoje se encontra sucatiado, necessitando de investimentos estruturais em toda a rede de abastecimento. Sinal maior disso é recorrência com que tem faltado água em vários bairros da cidade, muitas vezes por semana. Criaram, assim, as condições para mais falta d’ água na cidade e para mais irresponsabilidade com as finanças públicas, pois responderam a Prandini que ele pode gastar como quiser e, ao final, se socorrer no caixa do DAE. E a cada gota d’água que faltar, devemos nos lembrar do prefeito gastador e dos vereadores irresponsáveis que transformaram o dinheiro da água, literalmente, em esgoto.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Memorial do Aço na 5ª Crise Prandinista

Há alguns dias, escrevi aqui no Monlewood sobre a 5ª crise do governo Prandini, ou seja, sobre a crise de credibilidade que se vê instalada como efeito direto da completa incapacidade do gabinete prandinista, entre outras coisas, em gerenciar ou debelar as quatro crises que a antecederam: a política, a administrativa, a financeira e a institucional. Resumindo, foram tantos os engodos e crises sucessivas não resolvidas que a opinião pública se encontra em situação de extrema dificuldade em acreditar naquilo que é anunciado pelo governo. E o formato com o qual a administração anuncia o Memorial do Aço é a mais concreta comprovação de que está, realmente, instalada a crise de credibilidade. Mas, só que desta vez, surpreendentemente, o governo não apenas demonstra que tem ciência do fato, mas que, aparentemente, também deixou de lado a usual inércia com que vem tratando as conjunturas desfavoráveis que ele mesmo cria. Deve ser o efeito Tadeu. Afinal, as eleições se aproximam e o salvador da pátria sabe que crédito e voto são palavras, praticamente, sinônimas. O problema é que contra esse descrédito geral que afeta o governo, a meu ver, só existe um remédio: a reencarnação. Mas, vamos lá. Inicialmente, me estranha o fato de o governo com o pior relacionamento com a Usina (crise institucional), desde a emancipação política monlevadense, propor a construção de um espaço cultural destinado, justamente, à preservação da história siderúrgica do Município, ou seja, da história da Usina e da relação da cidade com ela. O enorme portão instalado pela ArcelorMittal no acesso ao Campo de Aviação, logo após Emerson Duarte afirmar que desapropriaria a área para a construção de uma Parque de Exposições, ainda continua lá, trancado a sete chaves, e é emblemático neste sentido. Sem falar que a Usina tem, neste momento, todas suas atenções voltadas para seu processo de expansão industrial, além de outros procedimentos de dura adequação interna a que tem se submetido nestes últimos dias, o que sugere a inoportunidade de sua participação no projeto, caso sejam superadas as dificuldades do governo em se relacionar, institucionalmente, com a siderúrgica. Ademais, quem representa a Usina no projeto? Em outras palavras, parece que estamos diante de mais um engodo prandinista, pois sem a participação efetiva da Usina não há como se resgatar a história da siderurgia no Município de forma íntegra e verdadeira. Pois bem, feita esta consideração inicial, vamos à vaca fria, finalmente. Quando disse formato, me referia ao conselho, constituído por cidadãos de relevante experiência cultural em João Monlevade, para deliberar sobre o tal Memorial do Aço. Ao compor o dito conselho, o gabinete prandinista, oportunistamente, buscou se aproveitar da imagem, da respeitabilidade e da credibilidade dos conselheiros, numa tentativa de atrair, na opinião pública, a confiança para a execução do projeto e, consequentemente, seus dividendos político-eleitorais. Ou seja, sem a presença do professores Dadinho e Theófilo, do cantor Rômulo Ras e do próprio jornalista Marcelo Melo, entre outros, aos olhos de quem conhece o histórico infrutífero e destrutivo do governo prandini, seja em qual setor for, o projeto do Memorial do Aço seria tão viável quanto tem sido a, eternamente, inconclusiva ETE do Cruzeiro Celeste e não alcançaria seus objetivos, unicamente, eleitoreiros, como está bem claro para todos .

sábado, 13 de agosto de 2011

Prof. Euler Comenta o Fim da Greve do Magistério

Sexta-feira, 12 de agosto de 2011


Confesso aos meu combativos guerreiros e guerreiras que acabo de acordar (são 2h da madrugada), pois havia me deitado por volta de 23h 15m para um rápido cochilo, mas acabei passando da hora. Meu normal é dormir depois das 3h, mas tudo bem. Lembro-me que a última coisa que pensei antes de dormir foi no título deste post: por que o governo não joga limpo com os educadores?

Mas, antes de entrar nesse tema, quero aqui dedicar algumas poucas palavras aos combativos e combativas guerreiros e guerreiras educadores da cidade de João Monlevade. Recebi um comentário dando conta de que vocês votaram pelo fim da greve na rede municipal e que aparentemente não houve conquistas.

Quero responder a este comentário dizendo que a luta de vocês, corajosa, exemplar, já é uma conquista. Não é lugar comum dizer que às vezes perdemos uma batalha, mas não a guerra. Nem sempre, numa batalha, conseguimos arrancar aquilo que é o mais justo. Muitos fatores podem contribuir para um momentâneo recuo.

Mas, vocês que estavam em greve, têm motivos de sobra para se orgulharem de terem lutado bravamente, de terem passado por todo tipo de sacrifício e resistido por mais de dois meses. Não é pouca coisa e não é coisa para qualquer um, não. É coisa para valentes, para quem tem dignidade, para quem aprendeu as melhores lições de humanismo, de cidadania, de bravura. Acima de tudo: é coisa para quem aprendeu a respeitar a si próprio.

Não tenham a menor vergonha ante a seus alunos ou à comunidade. Quem precisa se envergonhar é o governo (são os governos), que fazem pouco caso da Educação e dos educadores, e dos de baixo em geral, enquanto se refestelam na companhia da elites dominantes e exploradoras.

Devemos ter orgulho de ter travado o bom combate - e vocês têm razão para isso. Se não conseguiram hoje arrancar as conquistas a que têm direito legal ou legítimo, não tenham dúvida que amanhã vocês reunirão novas forças, pois aprenderam com a experiência que tiveram a conhecer os pontos fracos dos algozes - e até mesmo as nossas falhas. E antes que o governo assuste vocês se erguerão novamente, de punho cerrado e prontos para arrancarem na luta todos os direitos a que fazem jus.

Procurem descansar agora um pouco, mantenham-se em contato entre os que lutaram, compartilhem sua experiência com os alunos, sempre apontando a luta como o único caminho digno para as conquistas, mesmo quando, como neste caso, nem sempre estas conquistas são arrancadas naquele momento. Nossa luta é um processo que não para, porque ela é a força e a energia da nossa vida. Sem luta, não há sonho; sem sonho, não há vida.

Um forte abraço aos companheiros e companheiras de Monlevade. Vocês tiveram a mais linda conquista, que foi a capacidade de lutar. E por isso têm o nosso respeito e a nossa admiração. E nós da rede estadual de Minas, vamos continuar a nossa luta, inclusive em nome de vocês, porque a nossa conquista será a conquista de vocês também. E de todos aqueles que lutam, em todo o Brasil.

Um forte abraço à companheira educadora Kátia e a todos e todas os / as combatentes educadores / educadoras de João Monlevade. Vocês merecem os parabéns e o profundo respeito dos educadores e dos alunos e de toda comunidade, de Monlevade e do Brasil!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fim da Greve do Magistério

Ontem, os educadores da rede pública municipal resolveram, em Assembléia Geral, pelo encerramento do movimento grevista que, na oportunidade, completava seu 64º dia de paralisações nas escolas do Município. Infelizmente, educação pública de qualidade não é uma prioridade para o governo Gustavo Prandini. Pesaram o ano letivo e a responsabilidade dos Mestres em educar, apesar das adversidades que afligem o setor há vários anos. No entanto, o Magistério Monlevadense merece o mérito pela belíssima demonstração de unidade, de mobilização e pelo exemplar exercício dos direitos civis e democráticos que demonstrou nestes últimos dois meses. A greve se encerrou, mas os movimentos pela valorização do professor e pela qualidade da educação pública devem seguir em frente, sob pena de continuarmos a perseguir, indefinidamente, um futuro de desenvolvimento que nunca chega. Parabéns aos Educadores, aos pais e alunos que manifestaram o seu apoio, ao Sintramon e a todos os demais envolvidos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Prandinismo Publicitário


Neste momento que antecede o próximo período eleitoral, aquela já conhecida retórica vazia e enganosa para a qual Prandini parece ter nascido foi, definitivamente, transferida com muita força para a comunicação oficial da prefeitura. É o que se pode chamar de governo publicitário prandinista. Ou seja, um governo inoperante, inerte e destrutivo que, nas poucas ocasiões em que se moveu, agiu na contramão absoluta de tudo o que havia prometido na ocasião da conquista do voto e de aliados, mas que acredita, piamente, que uma simples estratégia publicitária pode reverter as duras conseqüências de seus desmandos junto à opinião pública monlevadense. E é dentro deste contexto de mais engodo e de mais enganação que está pronta para ser distribuída a nova edição da revista “Monlevade Cresce”, que, desta vez, trás o slogan: “Trinta Meses Fazendo Mais”. Como não poderia deixar de ser, é mais um material pago pelo contribuinte, que demonstra a arrogância de um governo que se acha senhor de uma tal onipotência, supostamente, capaz de manipular os corações e as mentes dos monlevadenses. A novidade é que os 15.000 exemplares da revista serão entregues a um público seleto pelas mãos do próprio prefeito, conforme me informou um assessor que orbita o gabinete.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"O pior inimigo de Gustavo é ele mesmo"

“O pior inimigo de Gustavo é ele mesmo.” A frase, veiculada pelos maiores jornais da imprensa monlevadense, é do ex-secretario de obras Djalma Bastos, demitido por Prandini nesta segunda feira, dentro da onda de exonerações que mais uma vez alcança o governo prandinista. Sem dúvida, é o governo que mais demitiu na história de João Monlevade, o que revela de forma objetiva uma grande inabilidade de agregação política e uma extrema dificuldade em se compor um corpo estável e seguro de assessores e secretários. No entanto, o que mais me chamou a atenção neste episódio foi a notável capacidade de Djalma Bastos em apurar e extrair a verdadeira essência que existe por traz do político Gustavo Prandini. A impressão que tive, ao ler os jornais desta terça feira, foi a de estar conversando com um ex-companheiro do Partido Verde ou de, simplesmente, estar refletindo com minha idéias. Vale a pena reproduzir o que foi dito pelo ex-secretário: “É próprio do Gustavo não conversar. Um dia ele te cumprimenta, outro dia ele não te cumprimenta. Um dia ele te trata bem outro dia te trata mal. Todos os secretários reclamam dele sobre a forma de tratar os subordinados e companheiros dele. Isso é consenso entre o secretariado”.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Muuuu Dança

A vaca vai pro brejo, mas não deixa de mugir: muuuu! Enquanto isso, dançam as cadeiras, o povo, a Esquerda Monlevadense, o PT e João Monlevade como um todo. É mais uma oportunidade para o meu jargão preferido: ninguém nega sua natureza. Do mesmo modo, pode-se dizer também que ninguém dá aquilo que não tem. Não há como mudar aquilo que é natural, ainda mais quando o poder revela e exacerba esta natureza, o tempo todo.

O PT na Dança de Cadeiras

Diante do “pé na bunda” geral que acaba de promover, não seria de surpreender caso Prandini preenchesse duas ou três vagas nos altos escalões de seu governo com nomes petistas. Afinal, tem sido esta a estratégia adotada pelo gabinete prandinista em relação ao PT, desde o início: tentar amarrar o partido em troca de empregos na Prefeitura. O pior é que rumores dão conta que estes petistas devem vir de Ipatinga, assim como já ocorreu na Assessoria de Governo, que hoje está ocupada pelo psicólogo Tadeu Figueiredo. É esperar pra ver.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais Dança de Cadeiras no Governo

Está para ser, oficialmente, anunciada nesta segunda feira mais uma dança de cadeiras no alto escalão do governo Prandini. Apesar de ainda ser cedo para se tecer maiores considerações(é preciso conhecer os nomes que tomam posse), uma coisa é certa: o Pacto Umbilical confirma mais uma vez que usa e descarta seus quadros conforme a conveniência do momento.
Ao tomar posse, em janeiro de 2009, o gabinete prandinista preteriu e afastou de sua administração a grandíssima maioria dos apoiadores que o elegeram prefeito, todos de forte viés político, com a exceção de alguns petistas que assumiram alguns cargos, numa estratégia prandinista de amarrar o Partido dos Trabalhadores ao governo. Assim, Prandini deu posse a um secretariado que não me arrisco a dizer que era técnico, mas que, certamente, também não era político. Agora, a um ano das próximas eleições, Prandini descarta seu secretariado não político, pra recompô-lo com peças políticas, capazes de agregar votos para a tentativa de reeleição prefeito. Ou seja, para administrar, os não políticos. Para pedir voto, os políticos.
Imaginem, que nos próximos 12 meses, ocorra algo, completamente, imprevisto que possa, realmente, levar o atual prefeito a se reeleger, como, por exemplo, um cataclismo repentino ou uma abdução alienígena relevante. O que aconteceria? Ora, aqueles políticos que estão chegando agora receberiam um pé na bunda para a chegada dos não políticos que, hoje, estão sendo demitidos.

sábado, 6 de agosto de 2011

Villa Lobos: Uma Odisséia Musical pelas Matrizes Étnicas Brasileiras







Heitor Villa Lobos é, sem dúvida, o maior maestro da música brasileira, reconhecido e aclamado, inclusive, pelas maiores casas de concerto do mundo. Sua música magistral sugere a trilha sonora de uma odisséia pelas diferentes regiões e matrizes culturais deste vasto e diverso país. O Choro Nº 10 das famosíssimas Bachianas Brasileiras, por exemplo, executado neste vídeo pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), parece se iniciar entre cânticos da Amazônica, sob a entonação de um expressivo coral de tema indígena-Marajó e instrumentos que reproduzem os sons da floresta (detalhe para os instrumentos musicais de matriz indígena) e rasga o litoral, passando pelos sambas baiano e carioca (detalhe para a presença da percussão típica da matriz africana, inclusive, de uma cuíca e surdo), voltando-se para o interior, novamente, flertando com o choro paulistano e vindo, finalmente, a repousar-se no elemento português e toda sua instrumentabilidade européia tão presente na música de câmara mineira, entre outras. É fantástico!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Conquista Educacional do Governo Leonardo Diniz é Ameaçada por Prandini

Novamente, o prefeito Gustavo Prandini exercita a sua usual falta de diálogo e a pretensa truculência de sempre, diante das questões que envolvem a greve e o piso salarial dos educadores municipais, demonstrando mais uma vez sua assustadora capacidade de fazer retroceder a roda da história monlevadense.
Sem sequer informar as partes envolvidas, Prandini enviou para apreciação da Câmara o projeto de lei 699/2011 que revoga o Plano de Cargos e Salários do Magistério, estabelecido pela lei 920/89, de autoria do ex-prefeito Leonardo Diniz.
Caso seja aprovado este malfadado projeto de lei, a diferença de 20% verificada, hoje, entre cada “P” deixará de existir, na medida em se estabelecerá o piso nacional para o professor que recebe menos que os R$ 1.188,60 e os demais, ou seja, a grande maioria do corpo docente municipal, receberá um reajuste salarial de apenas 6,31%.
Trata-se da maior e da mais absurda perspectiva de retrocesso educacional da história do Município de João Monlevade, desde o governo petista de Leonardo Diniz. Digo educacional, porque afeta não apenas aos professores monlevadenses, mas toda a educação pública deste Município, pois não se pode falar em educação pública de qualidade sem que, antes, se alcance a dignidade salarial do professor.
A Câmara não pode e, certamente, não será conivente com mais esse atraso que Prandini pretende impor ao Município e ao futuro de nossos filhos e filhas.
Pelo amor de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos Alforriados e demais divindades que nos podem socorrer, alguém coloca uma camisa de força nesse prefeito!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

2012 na Visão do Pacto Umbilical

Para quem ainda não sabe, vou repetir: Pacto Umbilical é aquele modelo hermético de governo, escolhido pelo atual prefeito, no qual seu assessor-mor, Emerson Duarte, toma, exclusivamente, as decisões político-administrativas e Prandini, automaticamente, assina embaixo.
A psicologia corrente no âmago deste binômio pactuado não parece ser de fácil elucidação. No entanto, suas conseqüências são de grande visibilidade e podem ser traduzidas, objetivamente, em tudo ou nada que se tem visto acontecer nesta cidade de João Monlevade, nestes últimos 31 meses. As crises política, administrativa, financeira, institucional e de credibilidade, além de toda a falta de comunicação, de participatividade, de transparência, de planejamento, de desenvolvimento, de crescimento e manutenção infra-estrutural e de tudo mais que foi prometido e não cumprido, são decorrências diretas do chamado Pacto Umbilical.
Trilhando-se a natureza com a qual se apresenta este infrutífero e, ao mesmo tempo, destrutivo dueto político, chega-se, inevitavelmente, à seguinte conformação: uma cabeça, pretensiosamente, pensante, naquilo que lhe aproveita e um corpo, meramente, figurativo, naquilo que lhe envaidece.
Assim, pode-se dizer que o prefeito Gustavo Prandini acredita, piamente, que tem feito um ótimo governo, que a essa altura de seu mandato, já cumpriu cerca de 70% de seu programa de governo e que, portanto, como foi levantado em reunião recente no Partido Verde, possui mais de70% de chance se ser reeleito. O que não ocorre com o assessor-mor, que percebe muito bem que já está quase tudo perdido e que vai jogar todas as suas cartas para tentar salvar o pouco que ainda resta.
De tal forma que a estratégia principal para 2012 do Pacto Umbilical, ou seja, o plano A da dupla, prevê, necessariamente, a filiação de Prandini no Partido dos Trabalhadores, não para vencer as eleições, pois como dito, está já está perdida, mas para não amargar uma derrota acachapante que colocaria um fim imediato à carreira política do atual prefeito.
Arrisco-me a dizer que, se as eleições ocorressem hoje, sem o apoio do PT, Prandini, certamente, não alcançaria os 3.000 votos, o que encerraria de vez sua curta trajetória na política. No entanto, uma vez filiado ao Partido dos Trabalhadores, Prandini poderia alcançar os 7.000 ou 7.500 votos, o que, embora, não seja suficiente para reelegê-lo prefeito, o cacifaria para lançá-lo candidato a deputado em 2014, no proveito, inclusive, da lacuna deixada por Mauri Torres.
E não é difícil de imaginar o que vai acontecer com o PT, caso Prandini, realmente, se filie ao partido e execute sua estratégia. Que a destruição imposta por Prandini a seu próprio partido, o PV, sirva de exemplo e de lição para os petistas monlevadenses.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Última do Governo

Já é da percepção geral do monlevadense que o governo Prandini possui um viés muito mais publicitário do que, efetivamente, realizador. Pouco ou quase nada se realiza, na intensidade ou na forma em que é divulgado pela publicidade oficial. Os outdoors espalhados pelas ruas e estampados com os dizeres “nossa cidade mudou para melhor” são peças emblemáticas neste sentido. Entretanto, quando esta prática do engano passa a ser rotineira na interlocução institucional do governo o resultado só pode ser um: a falta de credibilidade. Exemplo maior disso é a forma com a qual o governo tem tratado a greve do Magistério. Além da usual falta de diálogo que se vê, fortemente, materializada nas tentativas do governo de colocar a comunidade contra os professores, a ausência de um discurso franco e honesto para com os educadores chega à beira do absurdo e da completa falta de respeito, revelando o quão são os profissionais do setor subestimados pelo gabinete prandinista, situação esta que só não é mais indigna do que os salários aviltantes que, hoje, lhes são pagos por aquele que veio para “mudar o que tem de mudar”. A Lei Municipal 920, que, apesar de já ter sido considerada “caduca” pelo secretário de educação, encontra-se em plena vigência, dispondo sobre o plano de cargos e salário do Magistério, que se divide em seis estratos dentro do corpo docente municipal. São os famosos “P”, que vão de 1 a 6, conforme o grau de qualificação profissional, com uma diferença salarial de 20% entre cada patamar. Tem sido assim, desde o governo de Leonardo Diz, quando a lei foi publicada. Imaginem que, recentemente, em mais uma tentativa de achatar o salário dos professores, o governo afirmou que a diferença salarial de 20% deveria ser dividida de maneira proporcional entre os seis “P”, o que daria uma diferença de salário de 5% entre eles. A mentira só não gerou maiores preocupações na classe, porque a própria Prefeitura paga, em folha, a diferença de 20% entre cada “P”.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mãe de Aluno Cobra Presença do Prefeito (Veja o Vídeo)






Enquanto o governo Prandini se prestava a novos atos de contra-informação, contratando carros de som para veicular mensagens falaciosas, tendentes a colocar a comunidade e, principalmente, pais e alunos contra o movimento grevista dos Professores, uma mãe de aluno da rede pública, presente na assembléia desta segunda-feira, manifestava toda sua indignação com relação ao modo que a administração prandinista vem tratando o piso do Magistério e, na oportunidade, exigiu a presença efetiva do prefeito na solução da questão .

A Greve do Magistério na Hipótese da Criação do Fundo Municipal da Educação

Chegamos ao início do segundo semestre de 2011, sem que a falta de um diálogo franco e honesto por parte do governo Prandini possibilitasse algum avanço nas negociações pela aplicação do piso salarial dos Professores. Aliás, as únicas coisas que a atual administração tem conseguido é arrancar gargalhadas de uns e despertar a ira de outros por onde passa o carro de som, contratado por ela, convocando a população no sentido de sensibilizar o professor a desistir desta greve justa e histórica. Ora, como não cuidou de se precaver para o pagamento do piso nacional do Magistério e, ao contrário e irresponsavelmente, prodigalizou o gasto público a esmo, a ponto de mergulhar a Prefeitura numa das mais sérias crises financeiras da experiência política monlevadense, a gestão prandinista, por óbvio, não reúne as condições necessárias para a implementação do primeiro passo para rumo à valorização e a dignidade do professor público. Uma, porque, a essa altura, a implementação do piso não seria fruto senão de uma boa gestão, de um planejamento específico, de austeridade fiscal e do compromisso verdadeiro para com a educação de qualidade. Itens os quais, neste governo, são como cabeça de bacalhau: assessores dizem que existe, mas ninguém nunca viu. Duas, porque Prandini já é candidato à reeleição e, daqui em diante, dá-lhe mais gasto e mais inchaço na máquina pública. Em outras palavras, faltam a esta gestão as condições mínimas para implementar o piso do Magistério, pagando aos distintos níveis os reflexos até o P6. Pois bem, não seria, então, o caso de se pagar o piso dos enquadramentos P1, P2 e P3, que podem ser comportados pelo orçamento da Prefeitura, neste momento, e apresentar uma garantia robusta e real de pagamento do P4, P5 e P6 para um futuro próximo? Sabe-se que a partir da duplicação da produção da Usina em 2013, haverá um aporte de cerca de 70 milhões de reais no orçamento do Município. Seria uma ótima oportunidade para se criar, por projeto de lei a ser aprovado na Câmara em regime de urgência, um Fundo Municipal da Educação, no qual se determine a vinculação mínima do valor necessário ao pagamento do piso nacional do magistério e seus reflexos, dentro do substancial acréscimo orçamentário que se materializará da duplicação da Usina. O governo diz que o pagamento integral do piso, geraria, hoje, um impacto de 7,5 milhões no orçamento. De tal forma que, a grosso modo, se poderia prever na lei que os primeiros 7,5 milhões gerados de receita pela duplicação da Usina ou um percentual equivalente seriam destinados ao Fundo para pagamento do piso. Claro que um fundo desta natureza também deveria prever mecanismos de reajuste de salários e outra coisa mais. Seria uma proposta concreta que, talvez, pudesse fazer avançar as negociações.