segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Centro: Desrespeito aos Decibéis e às Leis de Trânsito (veja o vídeo)





A falta de liderança, no sentido de se colocar ordem nos espaços públicos monlevadenses, limitando os abusos cometidos por indivíduos que se vêem acima do bem e do mal e, em nome de interesses próprios ou particulares, desrespeitam, descaradamente a legislação pertinente (federal e municipal), perturbando o trânsito, o ambiente urbano da cidade e o sossego das pessoas.
Como se vê no vídeo acima, a bandalheira no centro comercial chegou a uma situação tão crítica a ponto de um cidadão utilizar-se de seu próprio veículo de passeio para, com o porta malas aberto e equipado com potentes alto-falantes, percorrer, vagarosamente, as vias do centro comercial, enquanto promove a propaganda volante que lhe interessa, em estrondoso abuso dos decibéis, perturbando a todos, por onde passa. E como se não bastasse reter o tráfego de veículos atrás de si, o cara ainda pára em fila dupla, avacalhando, de vez, um trânsito já caótico. Será que ele tem alvará da Prefeitura para fazer este tipo de propaganda? E a Prefeitura? Não fiscaliza!? E o prefeito-advogado, Gustavo Prandini, que, ao tomar posse, jurou (o que é diferente de prometer) observar, defender e fazer cumprir as leis do Município? E o Código de Posturas? E o Código de trânsito? Onde está a fiscalização? Não seria também o momento de se iniciar o estudo das Posturas Municipais e de outra legislações nas escolas? É...como diz o Marcelo Melo, Monlevade é mesmo terra de ninguém. Cidade que não tem prefeito dá nisso.

A Linha Azul na Vergonha do Vai e Vem Prandinista

Em vinte de maio do ano retrasado (2010), escrevi aqui no Monlewood:

...Veja como exemplo a Linha Azul. Ela nada mais faz do que dificultar o acesso ao centro de quem está nos bairros e vice versa. No entanto quem vem ao centro não vem por mero capricho e sim por necessidade. Como se pode, então, dificultar uma necessidade? A impressão que tenho é que a Linha Azul tem contribuído bastante para embaraçar ainda mais o nosso já tão caótico trânsito...

Pois bem, Prandini já (ou ainda) está no último ano de seu mandato e única coisa que se pode afirmar que o governo do Partido Verde conseguiu, bem ou mal, realizar em Monlevade foi a implantação de projeto da tal da Linha Azul.

Digo bem ou mal, porque varias ruas do centro comercial tiveram o sentido, realmente, modificado; um semáforo foi, efetivamente, instalado, moradores foram, verdadeiramente, surpreendidos pela pintura de uma faixa azul no meio fio de seus passeios e etc.
No entanto, não se pode dizer que as mudanças realizadas, dentro do projeto Linha Azul, que, certamente, custou vários milhares de reais aos cofres públicos, tenham trazido alguma melhoria para o caótico trânsito de Carneirinhos e adjacências.
É o que comprovam as recentes intervenções do Settran nas vias do centro da cidade. Muitas daquelas ruas que tiveram o sentido, então, invertido estão voltando ao que eram antes da Linha Azul, que, com isso, passa a receber do próprio governo o atestado de que foi feita pelos cocos ou nas cochas, como preferir.
Significa dizer também, que estão desfazendo a Linha Azul, em mais uma demonstração clara da ineficiência administrativa prandinista, de vergonhoso desperdício de dinheiro público e de que o governo Prandini, irremediavelmente, nasceu para o vai e vem, o faz e desfaz e o sobe e desce.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Maternidade na Infância e na Adolescência

Um fenômeno social preocupante, mas que tem tomado ares de normalidade para a maioria das pessoas, tem sido a ocorrência da gravidez entre adolescentes e até mesmo entre crianças, que mesmo antes de possuírem o discernimento suficiente para se autodeterminarem, se vêem diante das grandes responsabilidades da maternidade.
Hoje em dia, não é incomum que meninas na precoce idade dos nove ou dez anos sejam visitadas pela primeira menstruação. E a grande maioria de nós tende a considerar tal fato, dentro de uma normalidade extrema, como se a maturidade sexual alcançada, precocemente, fosse natural e pertencesse a algum processo biológico de evolução da espécie humana dos tempos contemporâneas. Alguns até exclamam: as meninas de hoje se tornam moças, sedo! Que bonitinho!
É um grave erro. As meninas de hoje, sob o ponto de vista evolutivo, nascem da mesma forma em que nasciam há 50, 100 ou 500 anos. Processos evolutivos naturais capazes de alterar as condições biológicas das espécies, mesmo que da espécie humana, levam milhares ou até milhões de anos para ocorrer.
Assim, não é a natureza que tem levado as meninas de hoje a alcançarem, de maneira precoce, a maturidade sexual. Mas, sim o meio em que elas vivem, ou seja, o meio em que nós vivemos.
Hoje, a sociedade está repleta de estímulos sexuais que atingem muito facilmente as crianças. Mídias como televisão, internet, rádio, revistas, outdoors e etc estimulam a sexualidade o tempo todo, sem que existam barreiras efetivas de controle que impeçam que tal conteúdo alcance as crianças. Significa dizer que as meninas de hoje menstruam mais sedo, porque vivem num ambiente que as estimula, sexualmente.
O grande problema é que uma menina ou uma adolescente, mesmo que tenha alcançado a maturidade sexual, certamente, ainda não alcançou sua maturidade civil, que segundo a lei só ocorre aos 18 anos de idade, em regra. E acontece assim, porque ninguém nasce pronto e apto a se autodeterminar. A maturidade civil não é instantânea, ela depende do decurso de longos 18 anos para ocorrer. È algo que demanda tempo. É necessário que a pessoa, após o seu nascimento, passe por processos, envolvendo escolarização, experiências de vida, aprendizado entre tentativas e erros e etc, até completar 18 anos, para que seja capaz de cuidar da própria vida.
E, neste contexto, uma menina de dez ou doze anos ou uma adolescente de treze ou quatorze anos, que sequer teve tempo para alcançar a maturidade para cuidar de sua própria vida, obviamente, também não terá condições de responder às responsabilidades de uma maternidade precoce.
Não se pretende, aqui, levantar um discurso moralista sobre a sexualidade. Mas, nós - pais, mães, governos e sociedade, em geral - não podemos permitir que nossas crianças e nossos adolescentes continuem expostos a um ambiente de estímulo indiscriminado de sexualidade, pois a conseqüência certa de tal situação será sempre a possibilidade de geração de um filho (ou filha) órfão, sob o aspecto objetivo da verdadeira paternidade ou maternidade. E o motivo é simples: criança ou adolescente não possui capacidade para responder às responsabilidades de ser pai ou mãe. E tudo que foi dito aqui sobre precocidade e responsabilidade, também vale para os meninos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Internet na Alternância das Faces Prandinistas

Sempre me pareceu inadequado o fato de o chefe do Executivo monlevadense, Gustavo Prandini, manter, como prefeito que ainda é, um perfil no Facebook e um blog na internet. Afinal, a comunicação governamental de ser feita de maneira impessoal e, sobretudo, institucional, por meio dos setores específicos da Prefeitura, criados, justamente, para este fim. A sensação que se tem é que Prandini deve ter suas próprias razões para, por exemplo, preferir se valer do facebook à Assessoria de Comunicação ou à Ouvidoria que ele mesmo criou.
No entanto, tal preferência do prefeito; além de muitas vezes expô-lo, desnecessariamente, como ocorreu há poucos dias, quando, a cidade se desmanchava em crateras e deslizamentos decorrentes do excesso de chuvas, clamando por ações emergenciais da Prefeitura, e no Facebook, Prandini solicitava sugestões de filmes para o final de semana; também produz um precioso material que, se analisado de forma conjugada e sistemática, acaba revelando muito da verdadeira face do prefeito de João Monlevade.
O próprio fato citado acima, já é suficiente para revelar um prefeito incessível e despreocupado, que passa o fim de semana assistido filmes, enquanto a cidade é castigada pela chuva ininterrupta.
Claro que todo trabalhador merece e tem direito ao descanso do fim de semana. Menos o prefeito que não é um trabalhador comum e, muito pelo contrário, só pode se dar ao luxo do descanso, diante de um quadro municipal de normalidade, o que não era o caso. Ademais, Prandini não tem trabalhado tanto assim, pois, de outro modo, a essa altura do campeonato, já teria realizado, pelo menos, 30 ou 40% de seu Plano de Governo, o que, definitivamente, esta longe de acontecer.
Mas, voltando à vaca fria...acompanhando a comunicação extra-oficial de Prandini na internet, o que me chamou mais a atenção foi como o prefeito deixa de se expressar na primeira pessoa do singular e passa a utilizar a primeira pessoa do plural, na medida em que o processo eleitoral se aproxima.
Este estranho fenômeno fica muito claro quando o conteúdo do blog do prefeito é confrontado com sua página no Facebook.
Em fevereiro e março de 2011, por exemplo, portando, a mais de 01 ano e meio das eleições, Prandini publicou em seu blóg (www.gustavoprandini.com.br) várias postagens. E na grandíssima maioria delas, usou da primeira pessoa do singular (Eu) para se comunicar. Veja:

18 de fevereiro de 2011-Enviei à Câmara de Vereadores projeto de lei...
04 de março de 2011- Entreguei ao Hospital Margarida, o cheque...
04 demarço de 2011-Acertei com o presidente da Câmara...
21 de março de 2011-Estive com representantes dos mototaxistas...
21 de março de 2011- Dei início nessa segunda-feira, 14, às obras do...
21 de março de 2011-Na manhã dessa quinta-feira, 17, repassei um cheque...

Muito diferente do que se pode ser visto agora, quando, diante da proximidade das eleições municipais, Prandini, em sua página no Facebook, passa a se comunicar, usando da primeira pessoa do plural (Nós). Observe:

28 de novembro-Assinamos hoje com a Caixa Econômica Federal...
28 de novembro- Teremos audiencia pública...
02 de dezembro-Realizamos nesta quarta feira, no salão de eventos...
07 de dezembro-Bom dia... estamos trabalhando para conseguir...
12 de dezembro- Estamos fazendo diversos investimentos no...
03 de janeiro-Boa tarde!Estamos divulgando as informações...

Para alguns, a opção do prefeito de se comunicar, valendo-se da primeira pessoa do singular ou do plural poderia parecer apenas um fato lingüístico.
No entanto, tal dado possui um caráter muito mais revelador do que se possa imaginar. Ele, na realidade, revela a verdadeira face de um prefeito, que, ao se ver eleito, sentou-se sobre seu próprio ego, enclausurou-se em seu gabinete, afastando-se do povo, dos partidos e da própria base que o elegeu e, dentro de uma pretensa e figurativa onipotência de seu “eu”, protagonizou as maiores e mais graves trapalhadas e insanidades que este Município já vivenciou.
E, agora, a poucos meses das eleições, veste novamente a máscara eleitoreira e vem falar em “nós”, como se tivesse alguma preocupação ou interesse para com a coletividade, numa tentativa de conduzir, mais uma vez, o eleitorado ao engano, sem o qual nunca teria se elegido prefeito. É repulsivo!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Educação e Lixo


A cena flagrada pela foto acima está se tornando uma rotina no centro de João Monlevade. Comerciantes usam as lixeiras públicas das calçadas para dispor seu próprio lixo, num exemplo claro de falta de bom senso, de cidadania e de compromisso com o asseio e, consequentemente, com a qualidade de vida do Município.
Gente, as poucas lixeiras públicas instaladas no centro comercial da cidade devem ser destinadas apenas a receber aquele lixo que é, eventualmente, descartado por quem transita pelas calçadas. Para dispor o lixo de sua casa, de sua loja ou de seu comércio, o cidadão deve providenciar sua própria lixeira e instalá-la em local adequado, de preferência, numa altura longe do alcance dos cães.
É o que eu sempre escrevo aqui, no Monlewood: devemos buscar um modelo de escola monlevadense que forme não apenas vestibulandos, mas cidadãos conscientes e preparados para responder aos deveres impostos pela vida em sociedade, o que inclui a formação de como os indivíduos devem se relacionar com o espaço urbano em que vivem ou trabalham.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Desonestidade

Reflexão: para boa parte das pessoas, a honestidade depende muito mais do que você consegue fazer sem ser pego, do que com a honestidade em si.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Costa Concordia

O episódio do semi-naufrágio do supernavio Costa Concordia poderia ser mais um daqueles casos de piada pronta, se não houvesse ocorrido a perda de vidas humanas, além da situação de verdadeiro terror vivenciada pelos sobreviventes.
Quando tive conhecimento das primeiras notícias a cerca do ocorrido, pensei em duas hipóteses. A primeira de que o navio teria perdido o leme ou os motores, ficando a deriva, até a maré levá-lo a colidir contra os rochedos. A segunda de que a tripulação da ponte de comando, o que inclui o comandante, estaria, completamente, bêbada ou coisa que o valha, o que teria concorrido para imensa navalhada.
O mais espantoso, no entanto, não foi ver a imagem daquele colosso ultramoderno tombado no mar, mas sim descobrir que o comandante foi um dos primeiros a abandonar a embarcação e que, posteriormente, desmentiu sua covardia, alegando que, com a abrupta inclinação do navio, teria caído de uma janela da ponte de comando, dentro de um bote salva vidas. Dá pra acreditar?
O caso reuniria todas as condições para ter ocorrido em águas Brasileiras, numa embarcação brasileira, comandada por um brasileiro, se não fosse apenas um detalhe: o responsável está preso.
Aqui, em terras tupiniquins, aviões caem, matando dezenas; rodovias matam centenas, um Morro do Bumba soterra e extermina um bairro inteiro em Niterói, mata-se em grande quantidade e de todas as formas possíveis e impossíveis e ninguém é responsabilizado.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Banco de Dados Municipal sobre Áreas de Risco e Mudanças Climáticas

As graves conseqüências trazidas pela imensa e incomum quantidade de chuvas deste verão, certamente, devem inspirar uma forma mais efetiva e preventiva de se enfrentar uma questão que tem afetado todo o país, respeitadas as particularidades de cada região e de cada município.
Para que se construa em João Monlevade uma verdadeira cultura de prevenção em relação aos prejuízos e acidentes causados por extremos climáticos, como por exemplo, o excesso de chuvas dos dias atuais, torna-se, absolutamente, necessário, o acompanhamento meticuloso dos eventos climáticos que ocorrem no Município, tais como a quantidade de chuvas, o rigor das secas, a ocorrência de granizo e de ventos fortes, em suma, de todo evento natural capaz de comprometer o espaço urbano, que também deve ser acompanhado de perto e abordado como um plataforma de geração de dados, na qual as áreas de risco devem ser levantadas e discriminadas, conforme o seu grau de fragilidade, de modo a se colher e a cruzar a maior quantidade de dados possíveis, que possam nortear políticas públicas preventivas.
Neste contexto, torna-se indispensável a instituição, preferencialmente, por força de lei, para que seja obrigatório e permanente, de um banco de dados municipal, apto a receber tais informações a fim de haja a possibilidade de acompanhamento e do ajuste dos ações governamentais frente aos novos desafios colocados por essa nova era de Mudanças Climáticas.
As margens do Rio Piracicaba, por exemplo, na altura do Bairro Santa Cruz, onde, recentemente, ocorreram duas inundações, existe um dique erguido, justamente, para dificultar que a localidade seja alcançada pelo trasbordo do rio. Ocorre que muitas das vezes, o bairro é inundado sem que a cheia do rio ultrapasse o topo do dique. Isso ocorre, porque a cheia invade as galerias da rede de esgoto, alcançando as ruas e as casas do bairro.
No entanto, a rede de esgoto daquele bairro é dotada de uma válvula automática, projetada para se fechar com a própria pressão da cheia do rio e impedir que a rede sirva de caminho para enchente. Mas, a válvula só funciona se receber manutenção adequada e muitos que deveriam mantê-la em bom estado nem sabem de sua existência. Então, como garantir que os agentes públicos atuais e os próximos tenham acesso a esta informação tão importante? Através de um banco de dados, informatizado, obrigatório e permanente (e por isso constituído na forma de uma lei) em que conste tal informação. Fica a deixa para algum vereador.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Decadência Cultural Monlevadense

Falar de cultura, nesta terra de Jean Antoine, é coisa de partir o coração. Esta cidade viveu seu apogeu cultural, na João Monlevade de Louis Ensch, de Joseph Hein e de tantos outros, quando a Belgo Mineira não apenas produzia o aço, mas também atuava como verdadeira força motriz da cultura monlevadense, em todos os aspectos.
Naqueles idos, por exemplo, João Monlevade cultivava uma cultura de ordenamento e planejamento urbanos, que se materializou com a implantação da primeira Vila Operária do país. Existia uma cultura de segurança alimentar, representada pelo Lactário mantido pela Usina. Nas arte, florescia o neoclássico monlevadense, dominando a arquitetura da Praça Ayres Quaresma, da Igreja Matriz de são José do Operário e de outros monumentos. Havia cinema! Havia também a cultura do respeito e de uma educação mais voltada para o civismo, que era irradiada pelo Colégio Estadual. E por toda parte que se olhava, percebia-se o cultivo de alguma cultura que moldava a forma de ser e a identidade do monlevadense e inceria a cidade num contexto de progresso e de desenvolvimento humano.
De lá pra cá, a medida em que o crescimento econômico impulsionado pela siderurgia permitiu ao Município se firmar como cidade-pólo, sobretudo, no ramo do comércio e da prestação de serviços, a Usina, foi, naturalmente, abandonando seu papel de “tutora cultural” desta terra e os governos locais, a quem caberiam o dever civilizatório de manter viva e pujante a cultura até então conquistada pelo povo monlevadense, não apresentaram sucesso nesta tarefa.
E o que se percebe hoje é que João Monlevade se encontra, em todos os sentidos, numa grande decadência cultural, que em boa medida, pode ser atribuída ao mau uso ou ao mau entendimento dos governantes do que, realmente, venha ser cultura.
A antropologia define a cultura como todo um complexo humano que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Em suma, cultura é tudo que se relaciona com o ser humano. Quem disse que o homem é um ser racional se equivocou. O homem é sim um ser cultural. Existem as culturas que conseguem inserir o homem dentro de um ambiente de racionalidade, o que, definitivamente, não é o nosso caso, pelo menos, não na atualidade. O monlevadense já foi muito mais racional.
Hoje, cultura, em João Monlevade, virou sinônimo de shows de banda de música, aulas de pintura, de violão, de piano, de artesanato e etc. De duas uma: ou confundem o verdadeiro significado do que venha a ser cultura ou se valem da política do pão e circo.
Recentemente, por exemplo, temos vivenciado as duras conseqüências das excessivas chuvas deste verão, que, na verdade, nada mais são do que o resultado da falta de ordenamento e de planejamento urbano. Ora, se no passado, planejamos a Vila Operária, por que não podemos estender este processo racional, que deveria fazer parte de nossa cultura, para toda a cidade?
Monlevade já viveu uma era gloriosa de uma cultura racional voltada para o progresso e para o desenvolvimento humano. A interrupção na manutenção e no cultivo desta cultura estão nos fazendo involuir no processo civilizatório, iniciado há décadas pelos patronos desta cidade. Estamos retrocedendo a roda da nossa História.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Direito de Resposta

Definitivamente, o assunto do dia ou até da semana deva ser o Direito de Resposta concedido ao prefeito de João Monlevade, Gustavo Prandini, pelo juiz Evandro Cangussu, em face do Jornal A Notícia.
O Direito de Resposta tem previsão constitucional e, entre juristas e doutrinadores do Direito, possui várias razões ou funções jurídicas.
Dentre elas, a que me parece mais conjugada com os princípios da liberdade de imprensa e da livre expressão do pensamento, que também possuem caráter constitucional, é a utilização do Direito de Resposta como instrumento jurídico destinado a retificar ou a corrigir determinada informação veiculada em órgão de comunicação social, que, por ventura, tenha se afastado do chamado “dever de verdade da imprensa”.
Inexplicavelmente, o conteúdo presente no Direito de Resposta manejado pelo prefeito Gustavo Prandini contra o Jornal A Notícia não apresenta nenhuma retificação ou correção relativa a qualquer matéria jornalística publicada pelo periódico.
O que se vê, na verdade, é uma manifestação clara e raivosa de intolerância para com o perfil editorial do órgão de imprensa, na medida em que apenas ofensas e ataques são proferidos contra o periódico, além de um despropositado teste paciência para o leitor do jornal, que ao final, ainda tem de agüentar Prandini blasfemando sobre ética profissional.
Trata-se, infelizmente, de mais uma exposição do ainda prefeito de João Monlevade ao ridículo extremo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Furto de Lonas nas Encostas

Funcionários da Usina instalam lonas nas encostas atingidas por deslizamentos.

Recebi, hoje pela manhã, uma solicitação do Assessor de Comunicação da Usina, João Carlos Oliveira Guimarães, no sentido de alertar os leitores do Monlewood sobre a ocorrência de um fato preocupante, que pode trazer conseqüências ainda mais sérias para os pontos já atingidos por deslizamento de encostas, neste verão.
Na quarta-feira passada, publiquei uma postagem sobre o exemplo de ação emergencial tomada por funcionários da Usina, que, pouco tempo após a ocorrência do deslizamento de terra que atingiu uma das margens da Av. Getúlio Vargas, cobriam o ponto afetado com uma lona, impedindo o contado das intempéries com o solo exposto, de modo a controlar a situação.
O problema é que as lonas instaladas pela Usina nos locais de deslizamentos estão desaparecendo, misteriosamente.
Assim, fica aqui o meu apelo: vamos zelar pelas lonas, antes que um mal maior aconteça. Caso algum leitor presencie a supressão, a remoção indevida ou o furto das lonas, disque 190 e informe a polícia sobre a ocorrência e as características do suspeito.

Tadeu: Santo de Fora Também não faz Milagre

Não há como negar que o ingresso do psicólogo de Ipatinga, Tadeu Figueiredo, no corpo de assessores do prefeito trouxe melhoras no plano político da administração prandinista.
Sem reinventar a roda e aplicando a cartilha básica comum a qualquer projeto político, minimamente, producente, Tadeu conseguiu, de certo modo, neutralizar a vaidade e a soberba do prefeito, possibilitando a reaproximação do governo com alguns setores da sociedade, além de controle de vários incêndios que vinham esturricando a base governista.
No entanto, santo de fora também não faz milagre. Pelo menos é o que parece. Certamente, tem sido muito difícil para o Tadeu ampliar sua margem de manobra e projetar um novo paradigma político sobre a atual administração, quando o epicentro das crises governistas ocupa, justamente, a cadeira de maior mandatário do Município.
E neste sentido, a arrastada crise política prandinista continua seguindo seu curso, numa velocidade menor do que a de antes, mas que promete aumentar, na medida em que o dia das eleições se aproxima.
Exemplos disto são as perdas de mais dois nomes da base aliada de Prandini, sofridas pelo governo no final do ano passado: Toninho Eletricista, que alcançou a soma de 783 votos, como candidato a vereador pelo PV, nas últimas eleições municipais e Guilherme do Mototáxi, que alcançou a soma de 623 votos como candidato a vereador pelo PT, também nas últimas eleições.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Rua do Andrade: Bem Vindos à Lua e ao Iraque

Indignados com o descaso da administração prandinista para com a péssima situação em que se encontra a Rua do Andrade, moradores locais afixaram cartazes estampados com os dizeres “bem vindos à Lua” e “bem vindos ao Iraque”(fotos abaixo), numa clara menção às várias crateras que há mais de dois meses se formaram naquela via pública e mais se parecem com as grandes fendas, típicas da superfície lunar ou com o resultado da detonação de bombas em algum campo de guerra do Oriente Médio.


Enquanto isso, a Prefeitura anuncia o asfaltamento de outras ruas, sem respeitar o menor critério, a não ser o eleitoreiro.
A Rua do Andrade é uma via que deveria sim ser contemplada com nova camada asfáltica, por três motivos. Primeiro que ela é uma via arterial que dá acesso a várias outras vias e, pelo menos, quatro bairros. Segundo que ela possui grande tráfico de veículos leves e pesados. E terceiro por sua importância econômica: é através dela que se tem acesso rodoviário para a Mina do Andrade, de onde a Usina extrai o minério de ferro, sem o qual, dificilmente, haveria atividade siderúrgica no Município, nos moldes de hoje. No entanto, a Rua do Andrade vive uma situação de quase completa calamidade, ao contrário da Rua Paracatu, que se encontra toda asfaltada.

Ainda Duarte

No Partido Verde de antes da vitória nas urnas em 2008, Emerson Duarte afirmava que não almejava nenhum cargo público na Prefeitura e que, caso Prandini fosse eleito prefeito, montaria uma empresa de assessoria e marketing políticos. Na verdade, o que se ouvia no PV era que Duarte queria ser um segundo Márcio Passos.
Vencidas as eleições, Duarte foi nomeado assessor de governo pelo prefeito Gustavo Prandini, sem que o PV fosse, sequer, ouvido ou consultado. A partir daí, o partido foi colocado, totalmente, à margem das decisões político-administrativas do governo e seus integrantes, que outrora haviam empenhado sangue e suor para eleger Prandini prefeito, passaram a ser, literalmente, boicotados e perseguidos pelo próprio chefe do Executivo.
Agora, a menos de dez meses do próximo pleito eleitoral, Duarte deixa seu cargo no governo para montar um empresa de assessoria e marketing políticos que será responsável pela coordenação da campanha de reeleição do atual prefeito pevista.
Ora, a impressão que fica é que Duarte, obviamente, enxerga com muita clareza que vaca já foi para o brejo e está cuidando de arranjar o seu pé de meia, antes que seja tarde de mais.
A fantasia que tem marcado o gabinete prandinista, certamente, não alcança o ex-assessor de comunicação da Prefeitura. Na verdade, é ele o grande responsável pela produção da atmosfera fantasiosa e, muitas vezes, delirante que tem imperado nos bastidores da administração prandinista, na medida em que, rotineiramente, produziu dados duvidosos e sem base técnica de que Prandini, por exemplo, tem 70% de chance de ser reeleito, como certa vez foi apresentado numa reunião do PV, ou de que a aprovação popular do prefeito é crescente e já supera os 50%, alavancada pelo asfalto eleitoreiro dos últimos meses.
Outra consideração que também pode ser feita, a partir do anuncio de que Duarte ingressa no setor privado da assessoria e do marketing políticos é a de que o tratamento desigual despendido pelo governo Gustavo Prandini em relação à permissão de uso de imóvel público, outorgada ao empresário Márcio Passos pode ter se caracterizado não apenas como um triste episódio de violação dos princípios constitucionais da isonomia e da liberdade de imprensa, mas também como uma tentativa de enfraquecimento de um forte e futuro concorrente do ramo da assessoria e do marketing políticos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ação Emergencial

Ontem, escrevi sobre a perturbadora apatia do governo Prandini em efetivar ações emergências a fim de que os estragos causados pelas chuvas das últimas semanas sejam minimizados ou controlados.
E vejam só...hoje, por volta das 06 horas da manhã, ocorreu um grande deslizamento de terra que suprimiu e expôs uma considerável quantidade de solo, na margem direita da Av. Getúlio Vargas, sentido Carneirinhos, a cerca de 40 metros do Estádio Louis Ensch.
Menos de 12 horas após o ocorrido, funcionários da Usina (fotos abaixo), num exemplo notável de eficiência que não é visto na administração pública municipal, estendiam uma lona sobre o local no intuito de que a situação fosse controlada, impedindo o contato do solo exposto com a chuva que deve seguir castigando o Município, ainda por algum bom tempo.


Em João Monlevade, são vários os pontos em que houve a exposição do solo de encostas, em decorrência de deslizamentos causados pela chuva e a Prefeitura não faz, absolutamente, nada.
Ali perto, no morro compartilhado pelos bairros Areia Preta e Vila Tanque (foto abaixo), parte do solo está exposta desde 2009, num lugar que já possui histórico de tragédia, em que três vidas foram perdidas e o prefeito não toma nenhuma providência, além do anúncio de mais asfaltamento eleitoreiro. Aposto que se fosse na Rua Paracatu, o problema já estaria resolvido.

Duarte Fora?

Há poucos dias, Emerson Duarte deixou seu posto de assessor de comunicação do governo Prandini para montar uma empresa de marketing e assessoria política, o que não significa dizer que o Pacto Umbilical está desfeito, como alguns estão pensando. Muito pelo contrário, Duarte deixa seu cargo na Prefeitura para também coordenar a campanha de reeleição do prefeito Gustavo Prandini.
Sob o ponto de vista interno, pode-se dizer que a administração prandinista se percebe um tanto menos pesada, politicamente, eis que para o que sobrou da base governista e, especialmente, para a ala aliada do Partido dos Trabalhadores, Duarte sempre foi visto como o principal responsável pelas inúmeras trapalhadas e pelos sucessivos erros cometidos pelo gabinete prandinista.
A princípio, Duarte tem sim sua responsabilidade nisto tudo. Nos últimos três anos, foi ele quem esteve, exclusivamente, à frente das tomadas de decisão político-administrativas do atual governo. E, invariavelmente, qualquer governo será sempre a conseqüência dessas decisões. No entanto, a responsabilidade direta e incontestável pela materialização do governo mais mal avaliado da história do Município é, sem dúvida, do próprio prefeito Gustavo Prandini.
Para começar, foi Gustavo Prandini quem fez a opção de delegar o comando do Município a Emerson Duarte, instituindo, assim, o mal sucedido modelo do Pacto Umbilical. Foi também Gustavo Prandini quem fez a opção por ser mal assessorado, trazendo para seu governo gente que sequer conhecia o projeto político para o qual foi eleito. Foi ele também quem fez a opção por boicotar e perseguir seus próprios companheiros e dilacerar o Partido Verde. Foi Gustavo Prandini quem também fez a opção de se isolar no gabinete e se voltar contra a realidade do Município. Foi ele quem optou por fechar seu governo ao povo e substituir a verdade pela mentira... Em suma, tudo o que aconteceu ou deixou de acontecer, nestes últimos tenebrosos três anos na Prefeitura, teve o aval ou o consentimento de Gustavo Prandini. E sabem por quê? Porque foi a Prandini e não a Emerson Duarte para quem o povo desta cidade delegou o poder supremo do voto.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Governo Prandini cruza os Braços diante do Caos

A vergonhosa e perturbadora incapacidade do governo Prandini em apresentar respostas rápidas e efetivas em relação aos estragos decorrentes das chuvas é quase surreal. Parece que estamos vivendo um pesadelo, do qual não podemos acordar.
Discordo, veementemente, daqueles que afirmam que enquanto não houver estiagem nada pode ser feito. Esta é a desculpa dos incompetentes e/ou dos incapazes. As condições estruturais já fragilizadas da cidade estão se agravando, a olhos nus, justamente, em decorrência da paralisia administrativa de um prefeito, que ao invés de agir dentro de um plano emergencial de contingência para as graves conseqüências do excesso de chuva, titubeia em devaneios ao anunciar mais asfalto eleitoreiro que deverá ser pago pelos próximos governantes.
Veja o caso, por exemplo, do deslizamento de terra que ocorreu na Av. Getúlio Vargas, na altura do Bairro Areia Preta (foto abaixo).


Há mais de 30 dias uma grande cicatriz expôs o solo do barraco naquela localidade. Não sou engenheiro, geólogo nem coisa parecida. Mas, o bom senso me informa que aquela exposição do solo às incessantes chuvas vão acabar levando todo o morro abaixo, como, de fato, tem ocorrido, paulatinamente. Por que, então, a Prefeitura não cobre a tal cicatriz com uma lona, emergencialmente, para num segundo momento de estiagem realizar as intervenções adequadas no local? Ou será que estão esperando tudo vir abaixo para começarem a pensar em fazer alguma coisa? É o que parece.
Outro exemplo que denuncia a letargia do governo Prandini diante das demandas emergências colocadas pelo atual período de chuvas é o descaso com este buraco(foto abaixo) que se formou, recentemente, na Av. Gentil Bicalho, bem próximo à Igreja Sagrado Coração de Jesus, e que, além de ter transfixado o canal que existe sobre a via, está funcionando como dreno para a enxurrada que, costumeiramente, percorre o leito daquela avenida, no momento temporais. Não é necessário ter um diploma de engenharia para saber que se aquele buraco continuar a drenar o leito da Gentil Bicalho, logo, ele vai ter a capacidade de engolir um carro. Quem sabe quando o carro de algum parente do prefeito for tragado pelo buraco, o governo faz alguma coisa.

Isso sem falar na falta ou no amadorismo da sinalização que é instalada para alertar sobre as mas condições das vias públicas. Na Av. Getúlio Vargas, também na altura no Bairro Areia Preta, próximo ao antigo Inps, parte da via está cedendo, o que obrigou o Settran a fechar metade da pista. E veja o que diz a sinalização que foi colocada no local para alertar os motoristas sobre a situação: atenção, pista com mão única (foto abaixo).

Ora, se o motorista, realmente, seguir o que está escrito na placa vai acabar batendo de frente em outro veículo, pois se a mão é única, ele não tem que se preocupar com o trânsito no sentido oposto. Não seria mais adequado sinalizar: atenção, meia pista em via de mão dupla? E ainda falta um ano...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De Volta

Queridos amigos, para alegria de uns e para tristeza de outros, o Monlewood está de volta.
Inicio as atividades deste ano de 2012 com as baterias recarregadas e continuando a acreditar numa João Monlevade em que se possa respirar, de forma densa e geral, uma cultura de mais educação, de respeito e de racionalidade, capaz de libertar o espírito humano rumo às consciências, às ciências, às artes, à inovação e à qualidade de todas as relações, sejam elas pessoais, cívicas, ambientais, profissionais, produtivas ou comerciais.
Em outubro deste ano, teremos mais uma preciosa oportunidade de escolhermos os governantes desta cidade singular que tem sofrido tanto, durante estes últimos três anos. Vivemos, sem dúvida, o mais drástico retrocesso no processo civilizatório deste Município, que, desmerecidamente, tem assistido à perdas sistemáticas de conquistas históricas de seu povo, nas áreas da Saúde e da Educação Publicas, do Abastecimento de Água Tratada, das Liberdades de Imprensa e de Opinião, do Desenvolvimento Econômico, da Qualidade de Vida, da própria Administração Pública, além tantas outras.
Vou continuar, aqui neste espaço virtual, minha tarefa legítima como cidadão de buscar lançar luzes sobre os atos, os engodos, as mentiras, as trapalhadas e as conseqüências de uma figura política malévola e destruidora que cometi o grande erro de eleger prefeito, ao lado de tantos outros que também se enganaram. Minha redenção já ocorreu há muito tempo, mas ainda existe a necessidade moral de se desfazer o mal, completamente.
Vamos falar também de várias outras coisas. Em suma, de tudo que der na caixola, como sempre. Um forte abraço a todos e fico feliz em voltar. Eu já estava com saudades!