terça-feira, 31 de julho de 2012

O Risco da Continuidade Prandinista

Nesta primeira fase de organização e de estruturação das campanhas eleitorais, o que se percebe é uma tentativa desesperada dos adversários e, principalmente, de setores internos da atual administração de se vincular a candidatura do Partido dos Trabalhadores ao moribundo e, agora, infeccioso governo prandinista.
Isso mesmo: setores internos do governo Gustavo Prandini se mostram desesperados em associar a continuidade da atual administração ao PT, numa mostra perturbadora e nunca antes vista na história política do Município de quem se vale da própria torpeza para, ardilosamente, atingir o fim de se re-acomodar no poder, após o maior suicídio político já ocorrido em terras monlevadenses.
A despeito da relação difícil mantida entre PT e PV, durante os últimos anos, o fato é que, quer queiram, quer não, a candidatura independente do Partido dos Trabalhadores representa a ruptura definitiva com a atual administração.
Verdade seja dita: o lançamento da chapa composta por Gentil Bicalho e Dr. Laércio representa um sonoro e categórico “não” ao governo prandinista e a tudo que com ele se estabelece.
O povo deve estar ciente que o prefeito Gustavo Prandini desistiu de sua candidatura à reeleição, mas não desistiu de afastar do poder.
Muito pelo contrário, o fato de Prandini ter se aliado ao grupo de Dona Conceição Winter inspira a análise de que, caso tal candidata seja eleita prefeita de João Monlevade, Gustavo Prandini, muito provavelmente, assumirá o cargo de procurador do Município, ou seja, Prandini será advogado da Prefeitura. E tem mais: uma análise mais dilatada da aliança entre Dona Conceição e Gustavo Prandini indica grande possibilidade de a irmã do prefeito e atual secretária de saúde, Polliana Prandini, se manter intocada na Administração, até mesmo no cargo que hoje ocupa.

domingo, 29 de julho de 2012

Mensalão: O Pai, o Filho e o Cheque de 700 Mil

Na semana passada, o ex-prefeito e político ficha-suja Carlos Ezequiel Moreira, durante seu programa na Rádio Cultura,  deu grande ênfase ao escândalo do Mensalão, que a partir do próximo dia 02 deve ter o julgamento iniciado pelo Supremo Tribunal Federal.
Também pudera: segundo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o Mensalão é “o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”.
No entanto, naquela ocasião, Carlos Moreira, que, incontestavelmente, conduz a liderança política da candidatura do jovem advogado, Teófilo Torres, filho do ex-deputado Mauri Torres, se ocupou apenas de achincalhar os mensaleiros de Brasília, esquecendo-se de  conceder o mesmo tratamento aos envolvidos naquilo que ficou conhecido como Mensalão Mineiro, conforme se relembra abaixo, por meio de postagem publicada em 04 de dezembro de 2009:


O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem, 03/12/2009, um processo criminal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB) e companhia. Agora, ele é réu numa ação penal e será julgado por suspeita de envolvimento no Mensalão Mineiro. Por 5 a 3, o STF aceitou a denúncia do Procurador Geral da República, que acusa Azeredo e outros políticos mineiros de participação em desvio de verba e de caixa dois em 1998, quando tentou a reeleição ao governo de Minas.
Obviamente, Azeredo negou o Mensalão e disse que “será a oportunidade para que seja comprovada minha correção como agente público”.

Outro envolvido que também terá sua oportunidade de comprovar sua correção é o deputado Mauri Torres. Para o Procurador Geral, é preciso “apurar a conduta de Danilo de Castro e demais envolvidos sob os enfoques cível e criminal”. Segundo o Procurador, há indícios robustos de que o secretário se associou ao deputado estadual Mauri Torres (PSDB) para avalizar um cheque no valor de R$ 707.000,00, contraído pela empresa SMP&B Comunicação de Marcos Valério, em 25 de novembro de 2004, no Banco Rural.

O povo monlevadese não vê a hora de conhecer as verdadeiras razões que levaram seu representante na Assembléia Legislativa, o deputado Mauri Torres (PSDB), a avalizar, ou seja, a garantir o pagamento pessoal, de um cheque de quase um milhão de reais a Marcos Valério.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Hospital Santa Madalena

Tem candidato jovem e inexperiente prometendo inaugurar o Hospital Santa Madalena.
Diante da situação dificílima em que se encontra o Município, Monlevade precisa de experiência e de respeito para se firmar, novamente, nos trilhos do desenvolvimento sócio-econômico.
Neste período eleitoral, o eleitor deve permanecer atento para promessas aventureiras e populistas que, certamente, não serão capazes de retirar o Município do atoleiro em que se encontra.
Neste sentido republico o texto, intitulado Moreira e o Hospital Santa Madalena, exibido aqui no Monlewood, em 18 de maio de 2010, com pouquíssimas atualizações:

Moreira e o Hospital Santa Madalena

Considerando o quadro político-administrativo catastrófico em que se encontra a atual administração, não vi maiores surpresas na entrevista concedida pelo ex-prefeito Carlos Moreira à edição de sexta feira passada (14/05/2010) do Jornal A Notícia. Para a oposição, Prandini é um prato cheio.
No entanto, chama a atenção a insistência de Moreira em implantar um segundo hospital na cidade.
O que Moreira chama de Hospital Santa Madalena e Prandini disse que seria um Centro de Especialidades Médicas constitui, na verdade, o maior caso de desperdício e de irresponsabilidade com o dinheiro público da história de João Monlevade.
Ninguém sabe ao certo quanto já foi gasto naquele monstrengo que desafia toda a regulamentação da Anvisa (Resolução Anvisa nº 50/2002) aplicada à construção de casas de saúde.
De acordo com estudos da respeitada Fundação Getúlio Vargas, o custo médio de implantação de um amplo (cem metros quadrados por leito) e bem equipado hospital de cem leitos é R$ 17.495.000,00. Estima-se que no prédio adaptado da antiga rodoviária já foram gastos mais de R$ 20.000.000, 00 e, absurdamente, ainda falta muito (quase tudo) para que aquele frankenstein de concreto se transforme num verdadeiro hospital. Isso, sem se considerar o custo de operação.
Hoje, a Prefeitura gasta nada menos que R$ 800.000,00 para manter aquele trambolho funcionando apenas com o PA e alguns escritórios da Secretaria de Saúde.
E Ainda há a questão do repasse municipal, sem o qual Hospital Margarida não consegue manter em funcionamento seu Pronto Socorro.
Futuramente, a Prefeitura também terá que contribuir com o custeio do novo CTI do Margarida.
Falar em segundo hospital para a cidade, enquanto reina a ineficiência no setor e pairam incertezas e dificuldades imensas para se manter apenas um, demonstra que o projeto político que Moreira tem para Monlevade já se encontra esgotado ou, no mínimo, não possui consonância com a realidade do Município. O ex-prefeito Carlos Moreira, que figura como a incontestável liderança política por de trás da candidatura do jovem Teófilo Torres, deveria entender que a enxurrada de processos que responde na Justiça é conseqüência, em sua grandíssima maioria, do uso indevido de recursos públicos e de seu enganoso populismo exacerbado.
Monlevade precisa de planejamento, de respeito e, no caso da Saúde Pública Municipal, da unificação dos serviços de urgência e emergência. Qualquer proposta para a saúde que fuja à unificação do serviço não passa de uma ilusão eleitoreira que, caso seja implementada, representará a falência certa da Saúde Pública Municipal.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Moreira Mente e é Condenado a Oferecer Resposta à Gentil Bicalho

O radialista Carlos Ezequiel Moreira foi condenado pela Juíza Eleitoral Juliana Elian Miguel a conceder direito de resposta à Coligação “Por Respeito à Monlevade”, composta pelos candidatos Gentil Bicalho e Dr. Laércio Ribeiro, por ter mentido, durante a veiculação da programação da Rádio Cultura, desfavorecendo uma das candidaturas do pleito majoritário.
Segundo consta da Representação Eleitoral de numero 330383/2012, na manhã do último dia 11, durante a transmissão do programa que leva seu nome, Carlos Moreira declarou, repetidamente, que a diminuição do repasse financeiro ao Hospital Margarida era de responsabilidade da Administração PT/PV, o que foi considerado pela Justiça Eleitoral como um afirmação inverídica e tendenciosa, eis que o Partido dos Trabalhadores não integra a base política nem as esferas de decisão do governo Gustavo Prandini.
De acordo com a sentença, o direito de resposta deve ser veiculado no Programa Carlos Moreira desta quarta-feira (18), esclarecendo à população que o Partido dos Trabalhadores não participa do governo prandinista e, portanto, não tem responsabilidade nas decisões tomadas pelo mesmo.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Ficha Suja a Tiracolo

O jovem candidato a prefeito pelo PSDB, Teófilo Torres, não é mais visto, senão na companhia de seu, agora, inseparável tutor político, o ex-prefeito Carlos Moreira, que desistiu de lançar-se candidato, após o Supremo Tribunal Federal reconhecer a validade da  Lei da Ficha Limpa. Confira abaixo alguns extratos do voto do relator, em um dos processos que fizeram de Moreira um político Ficha Suja:

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0362.04.049870-5/001 - COMARCA DE JOÃO
MONLEVADE - APELANTE(S): MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - APELADO(A)(S): CARLOS EZEQUIEL MOREIRA
RELATOR: EXMO. SR. DES. DÁRCIO LOPARDI MENDES

VOTO

[...]
Observa-se que é inegável que a conduta do Prefeito Municipal, Carlos Ezequiel Moreira, ora apelado, afrontou os princípios constitucionais regentesda atividade pública e não encontra amparo no ordenamento jurídico pátrio.
Na hipótese vertente, a conduta Prefeito Municipal, ora apelado, sobressai-se pela afronta ao princípio da legalidade e da moralidade, pois como demonstrado de forma exaustiva através dos documentos acostados aos autos, o mesmo concedeu permissões de uso de terrenos públicos para fins de moradia, mediante "termos concessivos específicos" (fls. 38/169 e185/193) e não mediante decretos, numerados em ordem cronológica e publicados na imprensa oficial, conforme prevê o artigo 155 da Lei Orgânica
do Município de João Monlevade...
[...]
No caso, não há que se falar que não houve conduta dolosa do apelado, isso porque, as permissões de moradia foram concedidas sem qualquer critério objetivo que justificasse as escolhas dos beneficiários.
Conforme ressaltado pelo ilustre Promotor de Justiça, "não existiu qualquer procedimento prévio que permitisse a avaliação da real situação econômica do beneficiário, de sorte que as permissões eram concedidas com base em critérios escusos e subjetivos."
Com isso, sem qualquer dúvida, houve afronta, consciente e dolosa, aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade, inobservando, assim, o interesse público e o bem-estar social...
[...]
Por esse motivo, considerando a reprovabilidade da conduta do apelado,diga-se, não condizente com a sua função pública de Prefeito Municipal,entendo ser imperativo a aplicação das seguintes sanções previstas no artigo12, III, da Lei 8.429/92, "perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pelo prazo de três anos, e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos".

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CTI Recém Inaugurado já Apresenta Problemas

O novíssimo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Margarida inaugurado em setembro de 2011, com a presença de Danilo de Castro, já apresenta problemas estruturais. Segundo uma fonte ligada à administração do Hospital, as edificações dos dois novos anexos, que consumiram quase R$6 milhões em verbas públicas, já apresentam infiltrações e também há relatos de problemas no novo elevador da unidade de saúde. O caso tem sido tratado como "segredo de estado", mas seria apresentado à próxima administração no próximo ano. 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Identidade Monlevadense

Como se vê na foto acima, o Hospital Margarida está passando por uma reforma que pode descaracterizar elementos de sua arquitetura. Muitos choram a perda do patrimônio histórico-arquitetônico da Praça Ayres Quaresma e de outros. Não podemos cometer os mesmos erros do passado. É a identidade monlevadense que está em risco.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

No Bar do Astreu: o Candiato

Enquanto isso, na filial recém inaugurada do Bar do Astreu na localidade das Pacas, dois eleitores dialogam:


-Pois é...., compadre, a política tá de volta e eu já estou torto de tanto tapinha nas costas.

-Verdade verdadeira, compadre!

-E esse candidato!? O tal de Teófilo?

-Nunca vi, compadre!

-É..., mas diz que o rapaz é menino bom, é novo, é estudado e é até advogado!

-Uai, compadre!? Mas, não era isso que eles falavam do Prandini, antigamente?

domingo, 8 de julho de 2012

Gente é pra ser Gentil!


Você já praticou um ato de gentileza, hoje? Seja Gentil você também! Gentil e Laércio, Coligação por Respeito a Monlevade, PT,13. 

sábado, 7 de julho de 2012

Minha Candidatura


Diante de todo atabalhoado cenário político que se formou na era prandinista, eu vinha apoiando a candidatura pedetista para prefeito de João Monlevade. Então, repentinamente, Moreira levantou o dedo em riste e impediu Railton de se candidatar à cadeira maior do Executivo Municipal, substituindo-o pelo empresário Lucien.
Embora coronelesca,  considerei a mudança digerível e já preparava o lançamento de minha candidatura para o cargo de vereador municipal pelo PDT, apresentando apoio à chapa.
Mas então, Moreira, que se encontra inelegível, com os diretos políticos suspensos e com os bens bloqueados pela Justiça, causou tanto estresse no ex-provedor do Hospital, que o mesmo, num estalar de dedos, foi substituído por Teófilo Torres, filho do ex-deputado Mauri Torres que, por sua vez, onera o contribuinte, percebendo benesses vitalícias do Tribunal de Contas do Estado.  
Assim, não me restou opção senão a de “abdicar” de minha candidatura e de participar como profissional e como militante da candidatura que passou a representar a melhor opção para João Monlevade, neste momento dificílimo vivido pelo Município.     

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quebra-Molas

Já escrevi que o nível cultural de uma cidade pode ser medido pela quantidade de quebra-molas que existem em suas ruas: quanto mais atrasado é o lugar mais abundantes são os quebra-molas.
Foi só Bastieri assumir, interinamente, o governo neste fim de mandato, que já instalaram dois quebra-molas nas imediações do PA.
E tem gente que ainda diz que pior que está não fica.



terça-feira, 3 de julho de 2012

As Pré-Candidaturas nas Manobras de Carlos Moreira

O radialista e ex-prefeito Carlos Ezequiel Moreira (PSDB) sabe que esta será a última campanha eleitoral, em que terá certa relevância política, já que se encontra inelegível não apenas para as próximas eleições, mas para as próximas décadas, considerando-se a imensa quantidade de processos que coleciona na Justiça, vários deles com decisões desfavoráveis em 1ª instancia.
Assim, diante desta difícil realidade que o afeta e gozando do irrestrito aval do ex-deputado Mauri Torres, Moreira logo deu um jeito de manobrar as pré-candidaturas de seu grupo político, de forma a posicionar seu projeto pessoal de poder o mais próximo possível de seus próprios interesses.
Primeiro foi com Dr. Railon (PDT), segundo colocado no último pleito, com cerca de 15.600 votos. Railton reunia todas as condições para encabeçar a chapa majoritária e era visto como candidato natural do grupo nestas eleições. Mas, Moreira não está se importando muito com a aptidão de candidato para atrair votos. Moreira está buscando alguém que possa configurar como consorte em sua busca desmedida pelo poder. Como no momento da cassação de Prandini, Dr. Railton já havia demonstrado que não se sujeitaria a ingerências, caso assumisse a Prefeitura, foi, literalmente, rejeitado por Moreira como cabeça de chapa e rebaixado ao posto de candidato a vice-prefeito.
Então, no grupo assumiu a pré-candidatura ao cargo de prefeito o empresário Lucien Marques. No entanto, como, à frente do Hospital Margarida, Lucien já havia dado mostras de que em sua forma de administrar não haveria espaço para o populismo e para a politicagem moreirista, foi rejeitado por Carlos Moreira e substituído pelo advogado Teófilo Torres, filho do ex-deputado Mauri Torres e dois anos mais novo do que o prefeito Gustavo Prandini.
Nota-se que o candidato do PSDB não foi escolhido porque é o mais apto, o mais experiente ou o que reúne as melhores condições para governar João Monlevade. Ele foi escolhido porque Moreira assim o quis. Porque assim foi interessante para Moreira e apenas Moreira.
Significa dizer que, caso Teófilo seja eleito quem governará o Município será Carlos Ezequiel Moreira, a exemplo do que aconteceu nos últimos quatro anos em que Prandini foi o prefeito, mas quem, realmente, administrou João Monlevade foi Emerson Duarte. Estamos saindo do Pacto Umbilical para, possivelmente, cairmos nas garras do Pacto Moreiral.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Involução de Candidaturas no Grupo de Mauri

Confesso que eu vinha assistindo com certo entusiasmo a construção da até então possível candidatura do empresário Lucien Marques.
Afinal, a candidatura de Lucien representava, a meu ver, uma grande evolução do chamado grupo do ex-deputado Mauri Torres, já que vinha se construindo através do trabalho e da obtenção de resultados positivos, alcançados pela atuação do empresário, à frente do Hospital Margarida, além de outras instituições.
Certamente que hoje o Hospital precisa avançar no sentido de se democratizar, reabrindo suas portas para o paciente do Sistema Único de Saúde, o que é um direito, constitucionalmente, garantido a todo monlevadense.
No entanto, aquela situação de sucateamento e de má gestão em que se encontrava o Margarida se tornara um página virada durante a administração de Lucien Marques. Significa dizer que o proprietário das Farmácias Barros demonstrou, objetivamente, capacidade de gestão e, portanto, se enquadrava no perfil esperado para o próximo prefeito, eis que somente a habilidade de um verdadeiro administrador pode solucionar a herança maldita deixada por Prandini.
Digo evolução, porque a última candidatura construída pelo grupo de Mauri não foi tão honrosa e producente quanto a de Luciem Marques. Refiro-me à candidatura do Radialista Carlos Ezequiel Moreira que no ano de 2000 foi eleito, pela primeira vez, prefeito de João Monlevade.
Naqueles idos, Moreira vinha construindo sua candidatura, valendo-se, diuturnamente e conforme seus interesses pessoais de um poderoso veículo de comunicação de massa: a Rádio Cultura, de propriedade do ex-deputado Mauri Torres.
Nas ondas da Rádio Cultura, Moreira prometia benesses ao povo, confundia os menos esclarecidos, execrava os adversários, consolidando um trabalho meticuloso de alienação da opinião pública que acabou lhe rendendo a prefeitura em outubro de 2000.
O que foi visto naquele ano foi o maior exemplo de que o quanto uma mentira contada muitas vezes pode se tornar uma verdade e de como o mal uso de um veículo de comunicação em massa pode contaminar o processo democrático. Carlos Moreira é na verdade a maior chaga política da democracia monlevadense e fruto direto de um inaceitável processo de desvirtuação da opinião pública e do abuso dos meios de comunicação. Não é por menos que depois de dois mandatos a frente do Município alcançou o posto de prefeito mais processado da história de Minas Gerais, encontrando-se hoje inelegível e com os bens bloqueados pela Justiça, pois os abusos que costumava praticar na rádio, também foram cometidos em seu governo.
Agora, depois de anos da construção de uma candidatura voltada para a produção de resultados, através de uma manobra moreirista, Lucien é, na última hora, substituído por Teófilo Torres, um jovem advogado inexperiente e desconhecido. É incrível como a sede pelo poder de apenas um pode jogar fora todo um processo evolutivo de anos de trabalho. A involução é tamanha que só pode ser comparada ao corrido na era prandinista.