quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Resposta Rápida, Porém Tímida


 Depois da forte chuva que caiu sobre a região central de João Monlevade na última terça-feira, o governo Teófilo/Moreira, realmente, respondeu muito rápido. Menos de 02 horas após o enorme lamaçal tomar as ruas da cidade, uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos liderada, pessoalmente, pelo respectivo secretário, Sinval do Bar, estava com caminhões pipas, promovendo a limpeza das vias.
O que não se compreendeu foi porque apenas parte de algumas ruas foram limpas, ignorando-se a imensa quantidade de sujeira que se acumulou ao longo de toda a região central monlevadense, como se vê pelas imagens capturas cerca de 24 horas após o término do mencionado temporal.         




No início da semana, em entrevista divulgada pela imprensa local, o prefeito Teófilo Torres declarou que levará um ano apenas para pagar dívidas, dando a entender que, durante seus primeiros 12 meses de mandato, o monlevadense não deve esperar muita ação de seu governo, o que, talvez, explique a falta de determinação que resultou na limpeza pela metade realizada pela equipe de seu governo, após o temporal de terça-feira.
Explica, mas não justifica. Afinal, o atual prefeito foi eleito com o slogan “ Esse Resolve” e o compromisso eleitoral de que o governo de Minas não deixaria faltar recursos em João Monlevade.
De qualquer forma, iniciar o mandato, criando justificativas para um marasmo administrativo que já é visível, pode resultar na criação de uma cultura dentro do governo difícil de ser revertida num futuro, em que esse papo de dívida, certamente, não será mais aceito pela opinião pública como desculpa.     

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Teófilo Torres: Um Ano só para Pagar Dívidas


Para se eleger prefeito de João Monlevade, o prefeito Teófilo Torres, certamente, não prometeu mundos, pois apresentou um programa de governo enxuto, apesar de populista. Mas, como todos se lembram, prometeu fundos e mais fundos. A tônica da campanha eleitoral de Teófilo foi o compromisso firmado com o eleitor monlevadense de que, caso fosse eleito, recursos do governo de Minas socorreriam o João Monlevade do atoleiro financeiro em que se encontra, atualmente.
Agora, depois de eleito, vemos o prefeito contrariar seu discurso de campanha, cortando vários programas sociais, sob a justificativa de falta de recursos. E pior: o próprio prefeito chegou a declarar, em entrevista veiculada no jornal A Notícia de hoje, que “não tem garantias” de que os prometidos recursos do governo de Minas virão e que levará um ano só para pagar as dívidas da Prefeitura.
Acho que se Teófilo Torres não tivesse fixado residência aqui no Município apenas há alguns meses antes das eleições, ele poderia ter aprendido com a experiência do prefeito anterior que subestimar a boa fé do eleitor para chegar ao poder não tem se revelado um caminho salutar para jovens políticos.


     

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia de Santa Maria


Recentemente, assistindo pela televisão ao discurso de posse de Barack Obama, me chamou a atenção a seguinte afirmação do presidente da maior potência do mundo: “construímos nossa nação sobre os pilares da liberdade e da responsabilidade individual”.
Aqui ao sul do continente, seguimos tropeçando na construção de um país no qual a libertinagem ocupa o lugar da liberdade e se predomina uma cultura que afasta do indivíduo a responsabilidade por seus atos, sejam eles comissivos ou omissivos.
O Brasil deve entender que somente a lei é capaz de gerar a liberdade e que, enquanto o Estado não chamar, de forma efetiva, a responsabilidade de seus cidadãos, tragédias como a de Santa Maria não deixarão de acontecer.   
Se a vida pode ser considerada um jogo, as leis devem ser entendidas como as regras desse jogo. E não há como se participar de um jogo sem se conhecer suas regras. E mais: sempre que a regra do jogo for violada, seu infrator deve ser punido, assim como ocorre com o jogador de futebol que leva um cartão vermelho por cometer uma falta grave contra adversário, por exemplo.
Assim, não é mais possível se manter a sociedade brasileira tão afastada das próprias leis que ela mesma cria. Aqui no Brasil, a lei é sempre vista como um obstáculo ou algo que traz prejuízo, problema ou aumento de custo para quem  se dedica a determinada atividade. Estamos participando de um jogo sem conhecer suas regras. Isso não é possível. Aplicar a lei somente após a ocorrência da tragédia resolve muito pouco e atinge só os envolvidos.
O Brasil deve criar uma cultura geral de cumprimento mais espontâneo da lei, apresentando ao cidadão as regras básicas do jogo que, cotidianamente,  é jogado aqui . Daí a importância de um modelo de escola de ensino integral, onde o cidadão de amanhã possa conhecer seus direitos e deveres básicos. Onde ele possa compreender que por traz de toda a lei está o intuito pela liberdade, pela igualdade, pela segurança, pela fraternidade e etc.
Antes de se engajar em determinada atividade, o cidadão deve buscar conhecer as leis que a regulamentam e o Estado deve agir, preventivamente, na fiscalização do cumprimento dessa legislação. E para quem não cumpre a lei: cartão vermelho.         

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Teófilo Torres na Sina do Estelionato Eleitoral

O governo anterior foi execrado por não conseguir cumprir a grande maioria de suas promessas de campanha.
O atual prefeito, Teófilo Torres, venceu as eleições prometendo, entre outras coisas, que, caso fosse eleito, os cofres do governo do Estado estariam, incondicionalmente, abertos para socorrer o município de João Monlevade do atoleiro financeiro em que se encontra.
Agora, o governo Teófilo/Moreira anuncia que suspendeu o projeto Bebê a Bordo, o transporte gratuito de universitários, um importante convênio com a Cáritas Diocesana e boa parte do funcionalismo ainda não recebeu seu salário de dezembro. Tudo justificado pela falta de recursos ou contenção de despesa.
A pergunta inevitável é: onde estão os tão prometidos recursos do governo de Minas? E esta indagação não é minha. É das mães que estão sem transporte para deixar seus filhos nas creches, dos estudantes que perderam o transporte para a universidade, dos dependentes químicos que estão sem tratamento e dos servidores públicos que estão sem receber.  
Ao que tudo indica,  a sina do estelionato eleitoral não deixará de assombrar os eleitores monlevadenses por um bom tempo.   

Prédio da Delegacia


No início da semana, o governo Teófilo/Moreira anunciou que, mesmo sem planejamento, vai reformar o prédio da 4ª Delegacia de Polícia Regional, interditado há um ano e localizado no Bairro Baú.
Segundo fontes ligadas à administração, depois de reformado, o prédio seria doado à Universidade do Estado de Minas Gerais.
Enquanto isso, a Polícia Civil continua instalada de forma improvisada, no antigo e precário prédio, que, anteriormente, chegou a abrigar a Câmara de Vereadores e a Polícia Militar, no Bairro José Eloi.
Ora, não faz o menor sentido reformar e doar o prédio da Delegacia, sem que antes, haja uma solução adequada para a situação da Polícia Civil, que se encontra muito mal instalada na cidade.
A bem da verdade, a Polícia Civil, há tempos, tem sofrido em demasia com a falta de estrutura e condições mínimas de trabalho. Para se ter uma idéia, a corporação, ainda hoje, não conta com um departamento de Medicina Legal estruturado, o que para uma cidade-pólo do porte de João Monlevade soa como verdadeiro absurdo.
Essa precipitação do prefeito Teófilo Torres em anunciar uma reforma, que sequer foi planejada, sem antes procurar adequar a atual acomodação da Polícia Civil,  além de se traduzir num grande descaso com a segurança pública local, sugere uma “incompreensível” ânsia do novo governo de não querer perder tempo em executar o orçamento público com obra de construção civil. Aí, eu me perguntando: será que a Prefeitura vai realizar a obra, diretamente, ou a reforma vai ser terceirizada, ficando a cargo da Gervásio Engenharia, a famosa empresa que se tornou especialista em vencer licitações durante os governos moreiristas? É esperar para ver.  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Bota Fora

Indubitavelmente, o populismo moreirista está de volta e, com ele, aqueles velhos estratagemas que, num primeiro momento, são colocados como a salvação da lavoura, mas que, posteriormente, trazem insegurança e mais problemas para o Município e os envolvidos. Acabo de ler que:

Uma parceria entre o empresário Delci Couto e a Prefeitura Municipal resolveu a questão do bota fora de entulhos em Monlevade. De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Executivo, o empresário cedeu um terreno de 40 mil m², localizado próximo ao Posto Marfim, na BR-381, para o depósito de entulhos. A Assessoria informou ainda que o local já possui licença dos órgãos ambientais. Na última semana, o secretário de Serviços Urbanos, Sinval Jacinto Dias, se reuniu com o empresário Delci Couto; com o secretário adjunto de Obras, Paulo Guimarães, e com os proprietários das empresas de caçambas do município buscando uma solução para o problema do bota fora na cidade. Como contrapartida ao proprietário, ficou acordado que enquanto a área estiver sendo utilizada, a Prefeitura e as empresas deverão dar manutenção no local, jogando escória e alinhando o terreno (reprodução parcial de matéria veiculada na edição de hoje do Jornal A Notícia).

Será que combinaram isso com o Ministério Público? Prefeitura dando manutenção em terreno particular? Já vi esse filme e o final dele não é bom.

Despachante no Meio Ambiente


Dentre a composição do secretariado anunciado pelo prefeito Teófilo Torres, talvez, a nomeação que mais tenha gerado rejeição popular tenha sido a do ex-vereador Zezinho Despachante.
Despachante atuou como secretário municipal no primeiro mandato moreirista é, reconhecidamente, catedrático na escola populista do ex-prefeito Carlos Moreira. Ele e Moreira, além de outros, até respondem, juntos, por duas ações judiciais que tramitam na sede judiciária desta Comarca.  Uma, por ato de improbidade administrativa e a outra por crime contra a administração pública, no escândalo que ficou conhecido como a Farra do Lixo.
Despachante foi nomeado pelo prefeito Teófilo Torres para comandar a pasta do Meio Ambiente, uma secretaria que demanda o conhecimento técnico, que ele não tem, o planejamento, que ele nunca demonstrou e a fiscalização, que, invariavelmente, foge a qualquer projeto populista.
Ironicamente, em ocasião legislativa na Câmara, Despachante não apresentou voto favorável à criação da Secretaria de Meio Ambiente e é considerado um dos maiores criadores, não licenciado, de passarinho da espécie curió.
Sem técnica, planejamento, fiscalização e dando mau exemplo, fica difícil o Município avançar num setor que ainda carece de quase tudo, como é o caso no Meio Ambiente monlevadense.         
   

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Jorge Lial Declara que CMT não se Reúne para Tratar de Assunto Público

Reunião fechada do CMT, 18/01/2013.

Começa a ficar muito evidente que o fisiologismo mantido, há décadas, entre o Conselho Municipal de Transportes (CMT) e a Enscon não vem permitindo que o primeiro balize seus atos pela primazia do interesse público.
Muitos conselheiros (não são todos) são empregados da empresa e outros empregam seus parentes  nela. São famosos os churrascos e as festas promovidas pela Enscon, nas quais uma determinada casta de conselheiros é convidada de “honra”. Não raro, a empresa chega a distribuir “brindes”, presentes, cestas de natal, garrafas de vinhos e várias outras benesses para a grande maioria dos conselheiros do CMT. Desta prática imoral e ilegal salvam-se poucos.
É o que explica a prática da tarifa de transporte coletivo mais cara do país e uma prestação de serviço de péssima qualidade, sem qualquer fiscalização por parte da municipalidade.
Agora, ouvir da própria boca do presidente do CMT, o Sr. Jorge Lial, que o conselho não se reúne para tratar de assunto público (veja o vídeo) é um verdadeiro escárnio contra o cidadão de bem e a demonstração maior que todo o sistema monlevadense de transporte público de passageiros deve ser, urgentemente, revisto e reformulado.   

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mal na Foto

Foto: Osvaldo Afonso/Imprensa


Mal na foto! À esquerda, o iniciante Tito, pretenso candidato a deputado estadual pelo PSDB e filho do dono da Rádio Cultura, o ex-deputado Mauri Torres, considerado um dos protagonistas do Mensalão Mineiro (ou Varerioduto Tucano), tendo avalizado um cheque no valor atual de R$1.000.000,00 para a empresa SMP&B de Marcos Valério. Ao centro, Danilo de Castro, figurão do governo de Minas e também avalista do referido cheque para a SMP&B de Marcos Valério, tendo declarado em depoimento na Polícia Federal que o fez por solicitação do ex-deputado Mauri Torres. À direita, Carlos Moreira, o ex-prefeito mais processado da história de João Monlevade, com os bens bloqueados pela Justiça no valor de mais de R$ 3.000.000,00, sendo impedido de se candidatar à cargo eletivo pela Lei da Ficha Limpa e executor do controle político-ideológico do conteúdo veiculado pela Rádio Cultura.    

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pacto Umbilical em Crise


Rumores sinalizam para uma suposta crise naquilo que ficou conhecido como Pacto Umbilical.
Ao que parece, assim como o poder cega os despreparados, a ausência dele permite, mesmo que tardiamente, a recuperação de alguma visão.
É que depois que os puxa-sacos se foram com o poder e a condição de ex-prefeito obrigou Prandini a deixar o claustro de seu gabinete fantasioso,  o ex-chefe do Executivo Municipal estaria, então, compreendendo que o Pacto Umbilical, na verdade, nada mais foi do que a estratégia conduzida por seu assessor-mor, Emerson Duarte, para que o mesmo se “desse bem” ao final dos últimos 04 anos, ostentando patrimônio incompatível com seu salário na Prefeitura e composto por casa própria, carro importado, empresa de marketing, site de notícias e até jornal impresso, ao altíssimo custo da completa aniquilação da pretensa carreira política prandinista, além de várias outras perdas e destruições.
Bem vindo à realidade, Prandini!          

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Prainha da Morte

É assustador como a morte não inspira providências em nossa sociedade. Pessoas seguem morrendo, sistematicamente, no trânsito, na violência urbana, na omissão do sistema público de saúde e nas mais variadas formas em que, facilmente, se mata e se morre nessa terra e nada ou muito pouco é feito para se prevenir o evento morte.
Aqui em nossa região, por exemplo, existe uma espécie de balneário macabro,  chamado, equivocadamente, de Prainha, em que, todos anos, pelo menos meia dúzia de pessoas desavisadas morrem afogadas em suas águas impróprias para o banho, sem que qualquer autoridade tome alguma providência a fim de  interromper tamanha sucessão de mortes.
É uma situação que não pode ser interpretada, senão, pela falta de valor que tem a vida humana em nossa sociedade. De tal forma que o próximo pode ser você.
O primeiro grande equívoco é chamar aquele matadouro, localizado no perigoso Rio Santa Bárbara, no município de  São Gonçalo do Rio Abaixo, de “Prainha”. O nome correto daquilo é “Praia da Morte”. Fica a dica para a Câmara de Vereadores da cidade vizinha, já que, apesar de estar localizada em território são-gonçalense, a Prainha não mata apenas gente de João Monlevade.  Outro fato que chama  a atenção é a total negligência das autoridades, no que diz respeito à prevenção, diante das inúmeras e repetidas mortes que ocorrem no local. O nado ali deveria ser, terminantemente, proibido por lei municipal.  O local deveria ser fechado e, nele, instaladas placas de advertências, ostentando o número de pessoas que já perderam suas vidas naquelas águas, além dos dizeres: “praia da morte, proibido nadar” e coisas do gênero.         

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Fechamento da Mina do Gongo Soco

Recentemente, a mineradora Vale anunciou a paralisação das atividades de extração de minério de ferro na Mina do Gongo Soco, localizada no município de Barão de Cocais.  Segundo informações de autoridades locais, o fechamento da mina acarretará numa perda de arrecadação da ordem de 16 milhões de reais anuais para o município.
Ainda existe bastante minério no Gongo Soco. No entanto, o atual modelo de exploração do setor minerário, somado à atual conjuntura de preço do minério de ferro e à profundidade dos trabalhos no Gongo fazem com que o empreendimento se torne, economicamente, desinteressante, situação que não tem sido incomum em cavas tão antigas quanto aquelas.
Mas, a Mina do Gongo Soco não se consagrou na história da mineralogia mundial por seu minério de ferro apenas. Ela é considerada, isoladamente, a mina que mais produziu ouro em todo o mundo.
A Mina pertenceu ao excêntrico Barão de Catas Altas que, durante anos, utilizando métodos rudimentares de mineração, chegou a extrair, diariamente, 7 quilos e meio de ouro puro do Gongo Soco.
Para se ter uma idéia, em números, desta imensa riqueza, pode-se fazer a seguinte conta:
na cotação de hoje (R$ 110,00, o grama) a produção aurífera diária do Gongo Soco corresponderia à  soma de 825 mil reais. Em 12 meses de produção da mina, seu faturamento chegaria à incrível soma de 297 milhões de reais, o que renderia 59 milhões e 400 mil reais de receita ao fisco, que, na época, cobrava a alíquota de 20% sobre a produção do metal, ou seja, o Quinto (hoje, os royalties da mineração não superam os 03%) .   
As perguntas que ficam são as seguintes: por que o ouro, que ocorre junto ao minério de ferro (o Quadrilátero Ferrífero é necessariamente o Quadrilátero Aurífero), não é explorado nessas minas? Ou será que ele é explorado de forma oculta? Ou será ainda que o minério de ferro é exportado junto com o ouro e, chegando nos países de destino, o metal preciso é, devidamente, separado e apurado? E estas são apenas algumas questões que envolvem o setor.
Minas deve acordar para si. Todo o modelo de mineração vigente no país, o que inclui os respectivos royalties, não é apenas injusto e nefasto, mas também representa uma verdadeira usurpação das riquezas minerais do solo mineiro. 
Não é aceitável que uma empresa apenas controle o destino de municípios inteiros, como ocorre, atualmente, com Barão de Cocais.
Ora, se determinada empresa considera desinteressante a exploração de uma de suas incontáveis minas, ela deveria perder o direto de explorá-la para que se interessar. O monopólio que existe no setor da mineração deve ser quebrado de forma a dificultar que situações absurdas como a vivenciada pelo município de Barão de Cocais não se tornem uma constante.  E essa discussão deve se iniciar nos municípios, pois, como se vê, são eles os maiores prejudicados.         

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

MGTV: 30 Anos de Desserviço à Minas Gerais

Foto: Divulgação

O telejornal mantido pela Rede Globo e destinado a veicular notícias e matérias sobre a região metropolitana de Belo Horizonte e outras regiões de Minas gerais, o MG TV, completa, em 2013, 30 anos.   
São 30 anos de um verdadeiro desserviço ao estado de Minas Gerias e à mineridade. Não existe na televisão brasileira um telejornal tão conservador, reacionário e omisso a sua própria gente como o MG TV.
O MGTV não sobe o morro e faz uso falacioso de eufemismo para chamar o caos e miséria urbana de “aglomerado”, como se Belo Horizonte não tivesse favelas.
O MGTV não divulga a corrupção dos políticos mineiros e não discute a principal questão econômica da mineridade contemporânea: os royalties da mineração.
O MGTV não resgata ou divulga de forma relevante as diversas faces da verdadeira cultura mineira, que se condensa na urbanidade e na complexidade antropológica e artística das vilas originais mineiras como Ouro Preto, Sabará, Mariana, São João del Rei, Diamantina, além de outras,  e, ao contrário, tenta convencer o mineiro que ele é um jeca-tatu.
O MGTV submete, covardemente, Belo Horizonte ao jugo da ditadura cultural do eixo Rio-São Paulo e, quando o faz em raras ocasiões, apresenta Ouro Preto apenas sobe o enfoque turístico, se furtando da mais absoluta realidade de que a antiga Villa Rica é a verdadeira capital cultural de Minas Gerais.
O MGTV é enfadonho, pedante e, ao final de cada edição, invariavelmente, apresenta uma receita de bolo ou uma entrevista com psicólogo, que ensina como se relacionar com um adolescente.   
O MGTV sufoca Minas. 

Belmar & Nasser


Como era de se esperar, o vereador Guilherme Nasser foi eleito presidente da Câmara. O que chama a atenção é que a eleição do novo chefe do Legislativo local se deu por unanimidade dos votos. Significa dizer que o vereador representante do Partido dos Trabalhadores na casa, o petista Belmar Diniz, prestou seu votou ao tucano Guilherme Nasser. Não é segredo pra ninguém que Belmar & Nasser são amigos muito próximos. Parabéns para os dois! Alguém poderia dizer que, por se tratar de uma eleição de chapa única, o voto do petista no tucano não seria nada de anormal. No entanto, amizade e política não devem ser confundidas. O fato é que o voto do petista na chapa encabeçada pelo psdbista foi, com razão, muito mal digerira pelo Partido dos Trabalhadores.  Naquele momento, uma abstenção seria o mais adequado.       

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sinval nos Serviços Urbanos

Ano novo, política velha e obsoleta. A composição do secretariado do prefeito Teófilo Torres comprova aquilo que fora levantado aqui no Monlewood, meses atrás:  que João Monlevade está, novamente, sobre a sombra dos desvios do populismo moreirista.
E no arranjo engendrado pelo ex-prefeito mais processado da história do Município para acomodar a sua base política, além de outros cúmplices, salta aos olhos a manobra perpetrada no Legislativo para que um parlamentar não eleito assumisse um mandato que não lhe foi outorgado pelo povo.
Quem diria que o vereador Sinval do Bar renegaria o voto do eleitor para dar lugar à Zé Laçado? Ao que parece, depois de 20 anos de legislatura em troca de frete grátis, o eleitor de Sinval, finalmente, recebeu o que há muito lhe esperava: a traição.
A substituição de Sinval por Zé Laçado sugere que o novo governo não prevê dificuldades na Câmara, o que já era de se esperar, diante da eleição para o Legislativo.
Parlamento ou Parlatório é o lugar onde se parla, ou seja, onde se fala e a opção por se trocar um vereador que sabe fazer uso da tribuna, como é o caso de Sinval, por outro, virtualmente, mudo, como é o caso de Lascado, em outras condições, seria um ato, no mínimo, imprudente. Assim como tem ocorrido ao longo da última década, a Câmara, certamente, não terá papel de importância na condução das decisões político-administrativas do Município.
Mas, o que mais aterroriza o sentimento monlevadense é saber que Sinval estará à frente da Secretaria de Serviços Urbanos, justamente, a pasta que cuida da limpeza, da manutenção e da aplicação das Posturas Municipais.
Pelo visto, Monlevade ainda se encontra muito longe de ser uma cidade limpa e ordenada. Sinval tem um perfil assistencialista e populista, incompatível com as atribuições que, então, lhe são transmitidas. Além do mais, as imediações do bar do Sinval, no Bairro Sion, sempre foi um dos ambientes mais sujos, fétidos e imundos de João Monlevade.