sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Explosão


Segundo a edição de hoje do Jornal A Notícia, um vazamento de escória e gusa na Aciaria teria concorrido para a explosão ocorrida ontem na Usina.
Não sou especialista no processo produtivo da Arcelormittal, mas creio que a Aciaria não é destino da escória.
Quando ocorre a corrida no Alto-Forno, na “bica”, o gusa vai para um lado e a escória vai para outro. Se houver umidade nesta “bica”, ela se transforma, rapidamente, em vapor e então ocorre a explosão. Só que essa “bica” se situa no Alto-Forno e não na Aciaria. O gusa, então, é levado pelo Carro Torpedo para a Aciaria e segue no processo produtivo até se tornar o aço bruto. Já a escória é conduzida também em estado líquido-incandescente para a um vagão-panela e despejada nas baias para que resfrie e se solidifique no pátio.
Em meio a mentira é difícil haver diálogo. E é justamente de diálogo que Monlevade e a Mittal precisam.
Fico, então, acreditando que a explosão de ontem é fruto do arrocho que Mittal tem imposto à Usina de Monlevade, em que está tudo caindo aos pedaços, inclusive o reboco e a pintura do Zebrão, do Cassino e de outros prédios históricos. No entorno da Usina a imundice toma conta em todos os sentidos.              

Belmar Diniz


O Vereador Belmar Diniz deveria requerer Direito de Resposta aos veículos de comunicação que publicaram matéria como a veiculada na edição de hoje do Jornal A Notícia. Segundo manchete do bi-hebdomadário, Belmar e sua irmã seriam parte em processo movido pelo Ministério Público por dano ao erário. Ocorre que no caso em questão, quem, realmente, está sendo processado é o Espólio de Leonardo Diniz. Significa dizer que quem responde pelos efeitos da ação movida pelo Ministério Público é o patrimônio deixado por Leonardo, até o seu limite, e jamais Belmar ou a sua irmã.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ebola

Ebola é o produto direto do racismo ocidental. Enquanto esteve limitado às fronteiras internas da África, matando apenas africanos, mesmo que aos milhares, o Ebola nunca despertou maiores preocupações da comunidade internacional.  Agora, que o vírus se envereda para outros países, fora do continente Africano, ameaçando o mundo desenvolvido, até vacina já apareceu.   

Sem qualquer Compensação, Mineração da Mittal Avança sobre Monlevade


Neste contexto de total ausência de transparência por parte da Arcelormittal no que concerne a divulgação dos dados referentes à atividade mineradora afeta ao município de João Monlevade, informações dão conta de que a empresa indiana pretende aumentar ainda mais a velocidade da exploração de minério de ferro na Mina do Andrade.
Recentemente, a Mittal teria requisitado à administração pública municipal a desinstalação das torres de transmissão localizadas no ponto chamado de “Alto dos Carneirinhos”(atrás do Hipermercado, foto) para o início de uma nova cava mineradora naquele local.
Ocorre que, apesar de grande parte dos ônus sócio-econômicos da mineração no Andrade recair, diretamente, sobre o município de João Monlevade é para Bela vista de Minas que os royalties são recolhidos. E a exemplo do ocorrido em audiência pública realizada neste ano na Câmara, a Arcelormittal segue seus planos de superexploração da Mina do Andrade, furtando-se, porém, de responder ao povo de João Monlevade as questões que se seguem:    

-Qual o tamanho da jazia do Andrade? Quanto dela se encontra dentro do território do município de João Monlevade? Qual é a produção atual da Mina? Neste ritmo de produção, em quanto tempo a mina se exaurirá? E, uma vez exaurida a jazida do Andrade, qual será o futuro da siderurgia no Município? 

-O transporte pesado do minério de ferro por carretas, além de gerar grande poluição particulada e sujeira, também danifica as vias do município. Quais são as compensações e mitigações que a Arcelormittal efetivará para minimizar esses impactos?

-Considerando que a Lei Orgânica prescreve:
Art. 170. Ficam tombados, para o fim de preservação, e declarados monumentos naturais, paisagísticos, artísticos ou históricos, sem prejuízo de outros que venham a ser  tombados pelo Município:
 I - os alinhamentos montanhosos das Serras do Seara e do Andrade; 
[...]
IV - a mata da “Cabeceira do Bananal”, no Vale do Sol; 
[...]
Quais são as medidas efetivas tomadas pela Arcelormittal no sentido preservar a Serra do Andrade e a Cabeceira do Bananal, neste contexto de superexploração da Mina do Andrade?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Teófilo Torres já é Estelionato Eleitoral



A considerar-se que o pouco de atividade que se verificou nestes quase 2 anos de governo Torres, em João Monlevade, foi promovido através de empreiteiras que prestam serviço para o governo do estado e a considerar-se ainda que os Tucanos não só perderam a disputa nacional, como também o governo de Minas Gerais; a oportuna pergunta que se faz é a seguinte: o que esperar de uma administração que se aproxima da metade do mandato sem realizações naquilo que depende da liderança direta do prefeito e que, em grande medida, se tornou dependente do governo estadual para prover serviços básicos para a população?
De qualquer modo, a certeza que se tem neste momento é que Teófilo Torres não terá condições de cumprir a grande promessa de sua campanha, que era a de, através da influência de seu pai, o ex-deputado Mauri Torres, no governo tucano mineiro, trazer uma enxurrada de recursos para o Município (vídeo). E com isso, o eleitor monlevadene se vê mais uma vez vítima do estelionato eleitoral.    

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A Vitória da Verdade

A vitória de ontem, nas urnas, não foi apenas de Dilma. Foi, sobretudo, a vitória da verdade contra a manipulação da informação e contra a mentira. Foi o triunfo dos novos meios de mídia eletrônica sobre o atual modelo direcionado e, então, falido de grande mídia brasileira, capitaneado pelas Organizações Globo e fundado em plena Ditadura Militar.
E com isso, abre-se a oportunidade histórica para que a presidente re-eleita, Dilma Rousseff, responda a uma das maiores demandas do Brasil Moderno: a reforma dos meios de comunicação.
A massiva e descarada campanha conduzida pela Rede Globo e por outros meio de comunicação contra a candidatura de Dilma revelaram, mais uma vez, que, em se tratando da grande mídia televisiva, o Brasil ainda vive nos tempos da ditadura. Revelou também o imenso poder das novas mídia eletrônicas.
Viva Dilma e que venham as reformas!   

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Tucanda na Falácia do Passado Proibido

A Tucanda, valendo-se do sistema de mídia moldado pela Ditadura Militar e, infelizmente, ainda vigente (Organizações Globo), pretende embutir no imaginário nacional que apenas o futuro pode ser discutido nesta eleição, devendo o passado ficar de fora dos debates. 
Ora, sem conhecer o passado é impossível compreender o presente e, por conseguinte, planejar o futuro. Passado é memória. E aquele que perde sua memória, pode ser um país ou uma pessoa, perde também sua identidade. A pessoa, por exemplo, que passa a sofrer de amnésia, deixa de saber quem é, quem é sua família, a profissão, os acontecimentos passados de sua vida e, consequentemente, deixa de ser quem sempre foi, ou seja, deixa de ser ela própria. Todos somos a consequência direta de nosso passado. Se você hoje lê, é porque no passado se alfabetizou. Se hoje é universitário, é por que no passado estudou e foi aprovado num vestibular (Enem). E é assim com tudo na vida. Aliás, não há outro meio de, filosoficamente, avaliar os candidatos à Presidência da República, senão pelo que ambos fizeram ou deixaram de fazer no passado. 
Quando se vê que a Grande Mídia nacional direcionando a disputa eleitoral com o uso da disseminação de mentiras travestidas de verdades (falácias) , a sensação que se tem é que o Brasil está condenado á perdição. Mas felizmente, hoje, temos outros meios de mídia e o país não vai deixar enganar-se por mais essa manipulação global. A abstenção em discutir o passado somente interessa àqueles que têm um passado de imundices escandalosas (muitas abafadas pela própria Globo), de relativa incompetência e de entreguismo geral. 
Portanto, a analise do passado de cada candidato, principalmente, nas oportunidades em que os mesmo estiveram no poder, são fundamentais para que o eleitor possa votar de forma, realmente, consciente, porque o poder ainda tem a capacidade de revelar a verdadeira natureza do indivíduo. E ninguém nega sua natureza nem mesmo os animais. É por isso que não se deve colocar a raposa para administrar o galinheiro. 
Não deixe a Globo votar por você, antes de apertar “confirma” no domingo próximo, conheça e compare o passado dos partidos e dos candidatos concorrentes ao pleito.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Focos de Incêndio







Focos de incêndio em áreas da Arcelormittal, inclusive em remanescentes de Mata Atlântica como é o caso de parte da cobertura vegetal do Morro dos Macacos, seguem em franca combustão. Eucaliptal da empresa, no Bairro Baú, também apresenta focos de incêndios. Até o momento não se vê maiores esforços da Mittal para combater os focos de incêndios em áreas de sua propriedade.   

Globo

Observo o comportamento da grande mídia nacional , ou seja, da Rede Globo e concluo que esses Marinhos devem receber uma grana preta de fora para fazerem o que fazem com o Brasil.
Em grande medida, um país moderno e complexo como o Brasil é resultado direto de sua mídia, pois é nela que os valores e os conceitos circulam.   
No entanto, com a Globo é diferente. Ela faz o contrário. Ao invés da grande mídia brasileira difundir os valores pelos quais qualquer nação séria e civilizada se edificaria, ela faz o contrário e, literalmente, sabota o país.    
Sabe por que, hoje, a sociedade brasileira está repleta de episódios bárbaros em que os filhos matam os pais e vice versa, em que um fica tramando a morte do outro, em que as controvérsias são ser resolvidas na base da surra e da vingança, sob a vigência suprema da Lei de Gerson, do vale tuto nacional e de várias outras coisas? Porque são esses os valores transmitidos pela grande mídia, ou seja, pela Globo. Não é assim no horário nobre da novela das 9?
Mas, em se tratando de Globo, não poderia ser diferente. É preciso relembrar que a Rede Globo foi fundada no Brasil em 1965, ou seja, 1 ano após o Golpe de 64, com grande apoio do Grupo Time Warner, dos EUA, para difundir em nossa cultura o American way of life, ou seja, para americanizar o Brasil. Lembram-se do estúdio de tradução Herbert Richers, que fazia a versão brasileira dos filmes de Hollywood que eram exibidos várias vezes por dia na programação da Globo? Era muito forte também o selo fonográfico Som Livre, que cuidava da trilha sonora “internacional” das novelas, que era, majoritariamente, composta por músicas de bandas dos EUA e da Inglaterra.
É vergonhoso como após 25 anos de redemocratização, o país ainda conviva com o mesmo modelo e monopólio de mídia televisiva, que não apenas foi fundado no seio do interesse do Regime Militar, mas como também foi responsável por sua manutenção, durante anos!
E agora, valendo-se de sua natureza golpista, a Globo, mais uma vez, está armando das suas. Felizmente, contamos hoje com meios de mídia também poderosos: as redes sociais, onde a verdade circula.  E vamos votar em Dilma para que ela possa promover a tão necessária reforma dos Meios de Comunicação passando, assim, o Brasil a contar com uma grande mídia nacional que seja, verdadeiramente, alinhada com os interesses do país, porque quem se favorece deste vergonhoso sistema, certamente, nunca vai alterá-lo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Aécio Neves Nunca Defendeu Minas Gerais

Em homenagem a FHC que assim se referiu aos aposentados, o vagabundo do Aécio Neves nunca defendeu Minas e, supostamente, quer comandar o país?
Compatriotas Mineiros, Minas é mineração. Nossas raízes são mineradoras... do Ouro, do Diamante, das Gemas e do Ferro, além de tantos outros minerais. 
Minas de Felipe dos Santos, de Chico Rei e de Tiradentes. Minas do Ouro Preto, extraído do Rio Tripuí, o Pátrio Ribeirão, na poesia árcade de Claudio Manuel da Costa. Minas das centenas de milhões de toneladas de minério de ferro que são extraídos do subsolo mineiro, pagando royalties, literalmente, a preço de banana.
Enquanto os royalties do petróleo são de 10% sobre o faturamento, os da mineração são de aviltantes 3% sobre o lucro das mineradoras. Uma cortesia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de seu líder na Câmara, Aécinho Malvadeza, que não só privatizaram a Vale do Rio Doce, a preço, igualmente, de banana (3 bi de US$, um ano depois ela valia 40 bi), como também entregaram uma das maiores mineradoras do mundo ao setor privado, sem contudo adequar a política de royalties concebida, especificamente, para o antigo modelo estatal. Significa dizer que, uma vez privatizada a Vale, a política de royalties deveria ter se adequado, imediatamente, ao novo modelo em que o monopólio e o controle da mineração não eram mais estatais. E, necessariamente, isso representaria um aumento nos royalties, a exemplo do que ocorre, atualmente, com o petróleo ou com a mineração em outros países do mundo. Mas, Aécinho, convenientemente, vez de conta que não viu. E por isso, hoje, na atividade mineradora, Minas e o Brasil têm os menores royalties do mundo. Aliás, nenhum estado da federação sofreu com esse processo do que Minas Gerais, que responde por quase 70% da produção nacional de minério de ferro. 
Quando éramos colônia, pagávamos o quinto para a Coroa, ou seja, 20% sobre toda a produção do ouro. Hoje, que somos "livres" vão levando todo o nosso minério de ferro e nos deixam a apenas 3% sobre o lucro. Tudo, graças a Aécio Neves e FHC.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A Verdade sobre a Petrobrás: Lembra-se quando a Gasolina custava 1 Real?

Alguém se lembra de quando o litro da gasolina custava 1 real? Fernando Henrique Cardoso não privatizou a Petrobrás, mas foi quase.
Em 1997, FHC promoveu a abertura do capital da Petrobrás. E como forma de proteger e garantir altas rentabilidades para o investidor estrangeiro – isso mesmo: não foi para proteger a empresa, o consumidor brasileiro ou as reservas da Petrobrás – FHC vinculou a venda do produto bruto da Petrobrás, ou seja, o petróleo, ao preço da commodity, negociando em dólar na bolsa de Mercadoria e Futuros de Nova Iorque.
Assim, a Petrobrás passou a produzir em real e a vender seu petróleo pelo preço em dólar fixado pelos mercados externos. Significa dizer que, pouco importa se para produzir um barril de petróleo no Brasil a empresa tenha um custo de 70 ou 100 reais, o preço vai ser sempre determinado pela variação do dólar e do preço da commodity nos mercados internacionais. É mais ou menos como se o cidadão brasileiro trabalhasse no Brasil, recebendo em reais e tivesse que pagar o aluguel em dólar, pelo preço do metro quadrado de Nova Iorque.
Com isso, FHC não só criou um perigoso gatilho inflacionário, já que em havendo aumento do preço do dólar, o petróleo e seus derivados como o diesel e a gasolina passaram, automaticamente, a subir de preço; como também criou a gasolina mais cara do mundo.
Enquanto que na Venezuela é possível encher o tanque de um carro pequeno (45 litros) por 5 dólares, ou seja, 11 reais;  no Brasil isso não se faz por menos de 130 reais.
E a gasolina só não está ainda mais cara, atualmente, porque o atual governo não tem repassado essas variações do dólar e do preço internacional do petróleo para as bombas. E é por isso que, apesar dos aumentos sucessivos de produção e de fenômenos extraordinários como o Pré-Sal, a Petrobrás tem tido suas posições rebaixadas junto as agências de risco internacionais: trata-se de uma forma de o investidor estrangeiro punir a empresa pelo fato dele não estar sendo super-remunerado, em dólar, como definido por FHC. E convenhamos: só coloca preço na Petrobrás quem tem interesse em sua venda.   
Alguém deveria esclarecer ao FHC que o povo brasileiro empenhou o grande esforço de empreender uma das maiores petroleiras do mundo para, essencialmente, prover o país de energia a preços razoáveis e não para ficar remunerando de forma exorbitante o investidor estrangeiro ao custo da gasolina mais cara do mundo.  
Quanto as graves denúncias de corrupção que pairam sobre a Petrobrás o caminho é a Justiça. É assim que deve acontecer na Democracia: errou, pagou. Ocorre que, infelizmente, a Justiça brasileira não atinge a todos. Prova disso é que no caso do Mensalão de Brasília, por exemplo, os envolvidos foram todos julgados e os culpados tiveram sua pena, de acordo com a lei brasileira, encontrando-se os mesmos, inclusive, inelegíveis, fora da disputa eleitoral, coisa até então inédita neste país. Já os mensaleiros do PSDB estão todos livres, impunes, aptos a reincidir e muitos foram reeleitos no domingo passado.