segunda-feira, 17 de abril de 2017

Provedor/Carlos Moreira



O Brasil vive num triste estado de confusão filosófica, que é quando o espaço é ocupado por um objeto inapropriado. Em suma, é quando uma coisa errada é colocada no lugar errado. Popularmente, se diz que o brasileiro contemporâneo guarda a panela debaixo da cama e o penico dentro fogão.
Quando a Lei da Ficha Limpa cassa os direitos políticos do mau gestor, o tornado inelegível, ela busca, justamente, resolver parte da confusão filosófica em que o Brasil se encontra metido, principalmente, no setor da política, afastando o político, comprovadamente, corrupto do poder, vez que o sistema político brasileiro favorece o contrário.
Quando o nome do ex-prefeito Carlos Moreira foi lançado nos rol dos inelegíveis, o recado dado pela Justiça era de que o radialista devia ser mantido longe do poder, por ter se revelado um gestor improbo quando teve a oportunidade de chefiar o Executivo municipal. Manter o político com histórico de condenação por ato de improbidade administrativa longe do poder é também prevenir a corrupção. 
Mas, infelizmente, muitos não vem a corrupção como um problema a ser combatido. O atual provedor do Hospital Margarida, por exemplo, o José Roberto Fernandes já demonstrou que não tem a menor aversão contra corrupto. E mais, também já demonstrou que, ao contrário, é um agente da confusão filosófica que impera em nosso cotidiano, na qual as coisas se encontram de ponta-cabeça, a ponto de um corrupto ser alçado à condição de garoto-propaganda nos meios de comunicação, ou seja, de exemplo para toda a sociedade.
Quem não se lembra quando, José Roberto Fernandes, promoveu campanha publicitária das óticas Americanas em que Carlos Moreira, apesar de já condenado, figurou como garoto-propaganda, em vários out-doors fixados pela cidade afora (foto)? Com isso, além de proceder como agente de confusão filosófica, José Roberto, também revelou outras duas coisas: que não vê problema algum na corrupção e que, é, extremamente, próximo de Carlos Moreira ou vice-versa.
O problema da proximidade do atual provedor com o inelegível Carlos Moreira e que a mesma sempre vai resultar em comunicação entre ambos. E toda vez que os dois se comunicarem, politicamente, o resultara não será muito diferente daqueles que levaram Carlos Moreira à condição de inelegível.
Veja só como não é consciência. O grupo de Carlos Moreira, que, costumeiramente, apresenta incontrolável inclinação para contratação de empreiteiras, gastou 22 milhões para adaptar o prédio do antigo Terminal Rodoviário num pretenso hospital de 100 leitos. Resultado: o monlevadense perdeu uma boa Rodoviária, 22 milhões e o PA que lá funcionou até ser fechado. Hoje o prédio está interditado e ninguém sabe o paradeiro dos 22 milhões de reais. José Roberto Fernandes brigou com a Associação dos Amigos do Hospital Margarida, entidade sem fins lucrativos que promovia o Bingo do Hospital e contratou empreiteira para realizar o evento. Resultado: o Bingo foi suspenso pela Justiça a pedido do Ministério Público e o Hospital perdeu uma importante fonte de recursos. Hoje, ninguém acredita mais no Bingo e ninguém sabe onde foi parar o valor correspondente à venda das cartelas, calculado em 1 milhão de reais.

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