quarta-feira, 25 de julho de 2018

Relatório Brasil 2018




Devemos avaliar tudo que nos é colocado pelo seu resultado, jamais pela sua aparência. É o exercício a que a filosofia (disciplina que ensina a pensar) se ocupa de extrair a essência do objeto, a verdade por detrás das aparências e das fachadas, que é o que interessa para o pensamento humano. O resultado é o verdadeiro espelho de tudo, pouco importando se a fachada é em mármore carrara ou se o sujeito usa terno Armani. Se alguém, por exemplo, se declara seu amigo, mas te prejudica deliberadamente, para razão humana ele é seu inimigo. É com este parâmetro que passo a registrar o que tenho testemunhado no Brasil nos últimos quase quatro anos. E não vou entrar em questões partidárias. Apenas no resultado que se apresenta, depois de quase quatro anos do tremendo impasse político que vive o país.
Neste tempo, o Brasil deixou uma situação de pleno emprego e aquecimento econômico para despencar no abismo do desemprego e da recessão econômica. Apesar de a televisão anunciar expectativa de melhora, a percepção que se tem é que a crise se aprofunda, com outras graves conseqüências, como o aumento da violência. Agora, podemos dizer que somos todos testemunhas de que o aprofundamento da desigualdade social aumenta o nível de violência que já é muito alto no Brasil.
Sem qualquer discussão política, vi o Brasil revogar o fundo soberano vinculado aos royalties do petróleo do Pré-sal, que possibilitaria o país mais do que dobrar o investimento em educação nas próximas décadas. Perceba que o fundo se tratava da receita que levou, por exemplo, a Noruega a alcançar o elevado nível de desenvolvimento que tem: investir a renda do petróleo em educação. E o Brasil rasgou a receita norueguesa de desenvolvimento ao meio, sem qualquer discussão política, nos últimos quatro anos. 
Vi também o Brasil entregar o petróleo do Pré-sal numa bandeja de prata para a Shell e a base de foguetes de Alcântara para os EUA. Vi o almirante da marinha responsável pelo programa dos submarinos nucleares desenvolvidos para o patrulhamento do Pré-sal, ou seja, uma das autoridades mais importantes da geopolítica do continente, ser preso e o projeto, suspenso. Vi um país que contou com 350 anos de trabalho escravo e pouco agiu para solucionar seu pesado legado da Escravatura flexibilizar, sem a devida discussão política, sua legislação trabalhista. Vi a Embraer ser entregue à estadunidense Boeing .
Pude ver que a política no Brasil é determinada por um vergonhoso conflito de classes: de um lado as classes C, D e E, que representam mais de 75% da população e, de outro, as classes A e B, que representam menos de 25% da população e não aceitam a ascensão das primeiras. Como pode a classe-média desejar um país melhor, sem a ascensão social das demais classes?! Vi, portanto, que, assim como a elite brasileira, a classe-média não tem um projeto de país para o Brasil. 
Vejo hoje um país desesperançoso, violento, estagnado, incerto e muito difícil de qualquer previsão sobre o que o destino lhe reserva para os próximos meses, que serão de eleições gerais, se é que ocorrerão. Vejo que, inconformada com a ascensão social dos anos anteriores, a mesma classe-média que foi às ruas derrubar a Dilma, agora, está em peso a apoiar a candidatura do ultra-conservador Bolsonaro, que, assim, corre um risco imenso de ser eleito presidente do Brasil, se as eleições ocorrerem. Se Trump foi eleito nos EUA, onde diziam haver um sistema que nunca permitiria a eleição de alguém como ele, no Brasil, a eleição de Bolsonaro parece a mais provável, principalmente, diante da prisão de Lula. 
Como se vê, o resultado de tudo que tem ocorrido no Brasil nos últimos anos é péssimo! Ou será, que o país melhorou? Nem mesmo a classe-média pode dizer que melhorou, pois, apesar de seus privilégios, o desemprego e a recessão econômica também a afetam e é ela a classe que mais sofre com o aumento da violência. A classe A anda de helicóptero, de carro blindado e mora em condomínio fortificado. Como é burra essa classe-média!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Carlos Moreira: neutralizar o Conselho para Abafar o caso do CNPJ Baixado



A seguir passo a analisar o que vem acontecendo no cenário político local, a envolver um ex-prefeito inelegível, com os direitos políticos cassados, a liberdade de imprensa, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) e o CNPJ baixado da Associação São Vicente de Paulo (ASVP), que administra o Hospital Margarida. 
Sabe-se que não se pode ter instalada uma Democracia, em ambiente de manipulação dos meios de comunicação. A liberdade de Imprensa é um dos pilares da Democracia. Em João Monlevade, um ex-prefeito, que apenas conseguiu ascender ao poder mediante a prática de uma manipulação histórica da rádio Cultura, tendo sido condenado em múltiplos atos de improbidade administrativa que o tornaram inelegível, não cumpre a Lei da Ficha Limpa e segue a ditar as ordens no Prefeitura através de uma prefeita entreposta a seus interesses de poder. Apesar de, judicialmente, proibido de ocupar cargo eletivo e de contratar com poder Público, o ex-prefeito Carlos Moreira também segue a elaborar e a prestar o serviço público de rádio difusão, dando seqüência à histórica, livre, leve, solta e, agora, desenfreada, manipulação do conteúdo político da Rádio Cultura. Moreira não tem limites. A lei para Moreira é apenas para os inimigos, como ocorreu, recentemente, quando o ex-prefeito inelegível protagonizou, com a participação da secretária de saúde, Andrea Peixoto, mais um absurdo episódio de manipulação, de mentiras e de demagogia na rádio Cultura.
Desde que houve a denuncia dos milhões de reais em recursos públicos da saúde repassados pelo Município ao Hospital Margarida, por meio de CNPJ baixado e uma filial baixada da ASVP, o CMS se tornou o grande fronte de disputa política da atual administração. De um lado, os conselheiros, buscando elucidar a situação do CNPJ baixado, investigando, etc; de outro, Carlos Moreira & Cia, tentando impedir a todo custo a atuação do conselho e a investigação sobre os muitos milhões em recursos públicos repassados para CNPJ baixado da ASVP.
Na semana passada, o governo Simone/Carlos Moreira, autoritariamente, impediu a realização das eleições, no âmbito do CMS, dos conselheiros do posto de saúde do Bairro Laranjeiras. Logo após, em seu programa homônimo na rádio Cultura, Carlos Moreira, fez uso do microfone da manipulação para desinformar e fazer a população acreditar que tais eleições se davam em suposta irregularidade, chegando a citar um artigo impertinente da Lei Orgânica para justificar um pedido de suspensão do pleito, aviado ao conselho pela secretária de saúde, Andrea Peixoto, que tem tido participação recorrente na programação da rádio, demonstrando-se convivente e participe no controle político-ideológico do veículo de comunicação, que tanto corrompe a democracia monlevadense.
É preciso ter o entendimento de que árvore ruim não dá bons frutos. Um projeto de poder que tem origem na distorção da Democracia não pode produzir algo de bom para o Município. O interditado H. Santa Madalena, improvisado ao desperdício de muito mais de 22 milhões de reais no prédio do antigo terminal rodoviário é a mais concreta prova disto. E ainda tem a Farra do Lixo, a Farra dos Permissionários, além da paralisia administrativa própria daqueles governos nos quais quem dá a palavra final não é o ocupante da chefia do Executivo. 
Agora, a manipulação política se recai sobre o CMS. Moreira que calar os conselheiros e impedir o funcionamento do conselho a todo custo. As palavras de ordem de Carlos Moreira na Prefeitura são: neutralizar o CMS para abafar o caso dos milhões de reais repassados para o CNPJ baixado da filial criada e extinta pelo próprio Carlos Moreira, enquanto foi prefeito.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Um Brumal na Serra


Do Vale da Serra, em João Monlevade, se avista um divisor de águas muito peculiar. De um lado a micro-bacia do Córrego Carneirinhos, que é afluente do Rio Piracicaba; de outro, a micro-bacia do Córrego Boa Vista que, por sua vez, é afluente do Rio Santa Bárbara. No exato ponto deste divisor de águas, a natureza fez rebaixar as serras tanto de um lado, descendo dos altos dos Carneirinhos, como do outro, dos Coelhos. E quem diria que desta moldura natural se avistaria Brucutu, em São Gonçalo! É verdade, de Monlevade se avista Brucutu! Então a vista se fez assim: Brucutu ao longe, no centro, emoldurado pelas serras locais. É sempre muito bom, em meio a estas serrarias, poder se avistar ao longe, até onde a vista alcança. 
Mas, não era o suficiente para a natureza. Afinal, pode existir coisa mais monótona do que uma montanha estática, lá longe, cerrada de serras, igualmente, estáticas? Para quebrar aquela literal monotonia a natureza, então, resolveu colocar o poente como pano de fundo daquela paisagem. Assim , ao final do dia, a cada por do sol, tudo aquilo adquiria variadas matizes de cores, do amarelo ouro, passando por vários tons pasteis, até o azul-anil bem clarinho. Estaria satisfeita a natureza? A natureza nunca está satisfeita. Não bastasse aquele colorido por do sol emoldurado, a natureza resolveu instalar ali um dinâmico brumal. 
Brumal é onde se dá a ocorrência da bruma, ou seja, da neblina, do nevoeiro. Do Vale da Serra se pode observar um brumal muito dinâmico que produz a sua bruma, sempre, na calha do Rio Santa Bárbara, onde ela se avoluma e transborda pelas serras em direção aos bairros, cobrindo-os de um véu branco e umedecendo tudo por onde passa. A bruma é um fenômeno muito interessante de se observar, porque é muito fluida, forma redemoinhos, ilhas nos topos dos morros e, principalmente, porque é muito úmida. Quando há ocorrência da bruma, os telhados cotejam água. Tudo fica molhado! Acho que a bruma deve ser fundamental para umedecer as matas da região, principalmente, na época do inverno, que é de seca, quando sua ocorrência é muito mais freqüente e necessária. É , realmente, incrível ver como o Rio Santa Bárbara, através da formação da bruma, consegue desafiar a geografia local e levar grande quantidade de umidade de sua calha para umedecer regiões fora de sua própria bacia, além do divisor de suas águas. Sob o ponto de vista do abastecimento hídrico, trata-se de um fenômeno fantástico do rio. Seguem, em anexo, várias fotos deste emoldurado, dinâmico e nada monótono Brumal que pode ser observado entre Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo.


























Aumento dos Vereadores


Quanta falta de sensibilidade dos vereadores de João Monlevade em aprovarem o reajuste dos próprios salários, retroativo ao mês de janeiro, neste momento de profunda crise econômica, recessão e vertiginosa queda da arrecadação! 
Deram a entender que não pensam em outra coisa a não ser no próprio pagamento e que não perdem a oportunidade de majorá-lo, pouco importando se há ou não condições para tal. Aliás, a verba que o vereador recebe não tem natureza salarial. Trata-se, na verdade, de subsídio para a atividade parlamentar. Reajustado em 2%, como foi o caso, o subsídio do vereador que era de R$ 7.673,91, será aumentado em cerca de R$ 150,00. 
Gostaria de conhecer qual a atividade parlamentar que cada vereador subsidiará com os R$ 150,00 reais que eles mesmos se deram de aumento.

Linda Copa da Rússia



Linda a Copa do Mundo na Rússia! Que país maravilhoso! Tudo limpo, organizado, os jardins bem cuidados, praças maravilhosas, arquitetura soberba, o barroco, muita história, cultura, palácios, muralhas, etc. Sem falar na imensa extensão do país que vai da fronteira com a Finlândia até o mar do Japão, do outro lado do mundo. Além da vodka, a Rússia ainda é famosa pela literatura, filosofia, ópera, o balé e pelas tecnologias militar e aeroespacial. Pena que os brasileiros foram lá se dar ao vexame diante das moças russas, fazendo-as repetir os palavrões sexuais que a mídia tupiniquim tanto direciona para a juventude brasileira. Quanta grosseria com aquelas loiras-czarinas! Que vergonha de ser brasileiro!
Que ótimo que a França ganhou a Copa! E no dia seguinte ao aniversário da Queda da Bastilha, a mensagem transmitida foi muito boa. O Brasil não merecia ganhar a Copa por dois motivos. Primeiro, que o futebol é utilizado para alienar as massas no Brasil. Todo mundo conhece as regras do futebol, mas ninguém conhece o próprio direito. O Brasil só é o país do futebol porque o futebol é o assunto mais pautado pela mídia. Se amanhã a mídia deixar de pautar o futebol e passar a pautar o críquete, por exemplo, em pouco tempo o Brasil se tornará o país do críquete. O craque de futebol é idolatrado pelas massas e é assediado, automaticamente, por onde passa por multidões que nunca o viram, a não ser por meio da tela da televisão, das revistas. Trata-se de um poder imenso de condicionar comportamento que não tem sido utilizado na construção do Brasil, pois da mesma forma que a televisão transformou o Brasil no país do futebol, nos últimos 50 anos, também poderia tê-lo transformado no país da educação, da honestidade, dos direitos humanos, da igualdade, etc. 
Segundo, que o craque da seleção brasileira, o Neymar, não mereceu ser elevado à condição de grande herói nacional, como fez a mídia. Enquanto Cristiano Ronaldo leiloa suas chuteiras e reverte o dinheiro arrecadado à Palestina, Neymar deve à Receita Federal o suficiente para a construção de 05 hospitais. Neymar demonstra que entra em campo despido do espírito desportivo quando se dirige aos demais participantes com palavrões e xingamentos. Também demonstra apreço pela fraude quando está sempre caindo, tentando forjar uma falta. São coisas que o Brasil não quer ver circular na mídia. Enquanto a mídia seguir a apresentar como herói tipos como Neymar, continuará muito difícil o brasileiro voltar a acreditar na honestidade.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Circuito Gastronômico da Estrada Real de João Monlevade




Imagine que o traçado da Avenida Getúlio Vargas,  em João Monlevade, corresponde a um antigo e muito particular ramo da Estrada Real, por onde circulavam numerosas tropas e havia intenso trânsito de carretões de quatro rodas, puxados por muitas juntas de bois, que escoavam a produção da Fábrica de Ferro de João Antonio de Monlevade, principalmente, as cabeças de ferro dos trituradores que eram enviados com freqüência  para as várias Minas de Ouro que as utilizavam para processar o quartzito aurífero.  Há registro de carretão de Monlevade que transportou peça de ferro de mais de 900 quilos de peso para a Mina do Morro Velho, em Nova Lima, a mais de 150 quilômetros de distância.   Nos séculos passados, pelo traçado da Avenida Getúlio Vargas também circulavam muitas topas que mantinham negócios com a Fábrica de Ferro de Monlevade  e outras tantas que eram atraídas pelas pontes erguidas e mantidas por Monlevade para a travessia dos rios Santa Bárbara e Piracicaba. Como também produzia cravos, ferraduras e ferramentas de ferrar, de qualidade excepcional, a Fábrica de Ferros de Monlevade era uma verdadeira Meca para os tropeiros, atraindo tropas de toda a região. Muitos tropeiros viviam exclusivamente da revenda dos artefatos de ferro de Monlevade por toda a província de Minas Gerais.  O Solar Monlevade se encontrava, então, no centro de uma vasta rede de estradas carroçáveis, dotada de pousos específicos e pontes, que era indispensável para o escoamento da pesada produção da Fábrica de Ferro, o que muitas das vezes se fazia por meio dos carretões de quatro rodas, movidos a tração animal. Podia-se dizer que, em determinado raio de distância, todos os caminhos levavam ao Solar Monlevade. Não é por menos que é chamado de Solar. Solar é aquilo que é posto no centro, tal qual o Sol.  
 Para oeste do Solar, esboçando o que hoje corresponde ao atual traçado da Avenida Getúlio Vargas, tinha início a estrada carroçável que passava  por onde hoje são os bairros Areia Preta, Baú, Belmonte, Carneirinhos e Santa Bárbara, descendo até o fim do Bairro Cachoeirinha, de onde seguia para Itabira, pela ponte erguida por Monlevade sobre o Rio Santa Bárbara ou, pela esquerda, para a região de Santa Bárbara, Gongo Soco ( Barão de Cocais) e de Sabará através do entroncamento hoje existente na Ponte Coronel, na BR 381. Para sul do Solar havia a estrada que dava acesso a São Miguel do Piracicaba, Catas Altas, etc. Pelo sul, ainda dentro da propriedade de Monlevade, tinha-se acesso a uma ponte lançada sobre o Rio Piracicaba que possibilitava acesso a São José (Nova Era) , S. D. do Prata, Antônio Dias, etc.   
Não é por menos que o SESC instalou marco da Estrada Real entre confluência das avenidas Getúlio Vargas e Armando Fajardo (fotos).  O problema é que ninguém sabe o porquê  daquele marco se encontrar ali. O ramo monlevadense da Estrada Real nunca foi divulgado ou promovido em João Monlevade.  Aliás, ele é totalmente desconhecido do público monlevadense, o que demonstra o preocupante grau de alienação histórico-cultural do gentílico local.   Logo Monlevade que,  produzindo artefatos de ferro e, principalmente, as cabeças dos trituradores do quartzito aurífero,  viabilizou a última fase do Ciclo do Ouro em Minas Gerais, que se distinguiu pelo emprego da mecanização no processo de mineração aurífera, o que coloca Monlevade como peça-chave na economia mineradora durante o Brasil - Império.
Assim, como forma de chamar atenção para este muito específico e outrora tão importante e movimentado trecho da Estrada Real que proponho o Circuito Gastronômico da Estrada Real de João Monlevade, apontando alguns pratos e produtos típicos da culinária mineira que podem ser saboreados em estabelecimentos localizados ao longo da Avenida Getúlio Vargas.  E começo subindo pelo Bairro Nova Cachoeirinha, com o queijo frescal do Aloísio. Muito adiante, já no Bairro Santa Bárbara, indico o pé de porco do bar homônimo. Já no centro, a empada de frango da lanchonete Bocata. Na esquina,  os miúdos, a moela e até o chouriço do Bar Sinal Verde, coisa de mineiro valente. Mais adiante, a maçã de peito do Bar do Nirto.  Mais além, o Restaurante Búfalo Bill, o único que conserva casarão típico, onde se podem degustar variados pratos da culinária mineira. Mais a frente, o pastel JK do Comercial Monlevade, etc.    E,por ora, termino aqui sem a pretensão de esgotar os produtos e pratos gastronômicos mineiros que podem ser encontrados ao longo da Avenida Getúlio Vargas. Mas, apenas como forma de se fazer conhecer o antigo ramo da Estrada Real que, literalmente, corta o Município e que tem como grande atração temática o Solar Monlevade, amplo sobrado do século XIX, onde viveu nosso ilustre fundador, e o muito interessante Museu Monlevade, recentemente, reaberto à visitação e constituído pelas formidáveis máquinas que equiparam a Fábrica de Ferro de Monlevade, ao longo de eras, além do potencial gastronômico de seu entorno.      

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Cinco meses não foram suficientes para o provedor




Passados quase cinco meses da denúncia sobre os repasses de milhões de reais em recursos públicos da saúde para o Hospital Margarida através de CNPJ baixado de uma filial extinta da Associação São Vicente de Paulo (ASVP), o provedor da casa de saúde, José Roberto Fernandes, ainda não apresentou os extratos bancários da ASVP que pudessem confirmar que o caso se tratou de mero erro material na lavratura das movimentações de empenho, como alegado e também não comprovado pelo governo da prefeita entreposta Simone Carvalho/Moreira. 
O provedor também não explicou porque houve a necessidade administrativa de se criar uma filial da ASVP em 2004 nem porque durante 3 anos ela conviveu ao lado da matriz ou porque ela foi extinta em 2007, tudo durante o governo Carlos Moreira, de quem o provedor José Roberto Fernandes é braço direto. 
Como está tudo devidamente contabilizado em conta bancária da ASVP, por que o provedor não apresenta os extratos bancários correspondentes? Será que 05 meses não foram suficientes para tal? Ou de fato, a ASVP não tem como comprovar a regularidade dos repasses?

terça-feira, 10 de julho de 2018

Roubo do Ouro


O que chama a atenção a respeito do episódio recente de “roubo de ouro” na região são as vítimas, sempre mineradoras estrangeiras como a Anglogold, a Jaguar Mining, etc. O mineiro hoje não é mais proprietário das Minas de Ouro. Quanta saudade do jugo português! Como são saudosos aqueles tempos, quando o Brasil era colônia de Portugal e o mineiro podia ser proprietário das minas auríferas e minerá-las! Pois é... naqueles idos, quem descobrisse o ouro era dono dele. Hoje, as minas são dos estrangeiros. Os mineiros participam da mineração apenas por meio de cada vez menores postos de trabalho. 
É realmente assustador como o mineiro deixou de ser mineiro, deixou de minerar. Não se vê mais ninguém minerando, além das grandes mineradores estrangeiras. O ouro bate recordes de preço, chegando a R$ 150,00 o grama, mas o mineiro não pega na bateia para minerar. A região é muito rica em ouro e mãos treinadas podem apurar na bateia o rendimento de 2 gramas de ouro diários, o que representaria a renda de R$ 300, reais. Em dez dias de trabalho, daria um a renda de R$ 3.000,00, nada mal num país em crise econômica. 
Está desempregado? Adquira já a sua bateia e dirija-se para as aluviões. Procure conhecer as técnicas. Em Minas o ouro ocorre sempre associado ao minério de ferro. São dois os movimentos. O primeiro deve fazer com que o material coletado se desagregue sobre a bateia. A pinta de ouro que cair na bateia jamais deve sair dela. A função da bateia é aprisionar o ouro e descartar todo o restante do aluvião. O segundo é circular e deve fazer com que o material processado, que é mais leve, seja descartado pela tangente, concentrando o ouro, que é muito mais pesado, no fundo da bateia. E nada de uso de mercúrio. 200 anos de mineração do ouro nos aluviões não destruíram os rios e ribeiros de Minas, situação muito diversa do que já aconteceu com a mineração do ferro e o Rio Doce.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

As 5 Coisas que a Rede Globo mais Detesta e Porquê

UM TRATADO SOBRE A REDE GLOBO: AS 05 COISAS QUE A GLOBO MAIS DETESTA E PORQUÊ
Como qualquer outro objeto, a Rede Globo poder se avaliada por seu histórico de existência enquanto poderosa emissora de televisão, pelas características de sua programação e pelo que, razoavelmente, se espera de quem ocupa o papel de grande mídia de um país que se pretende democrático como o Brasil . E é, fazendo isto, ou seja, avaliando a história e o conteúdo da emissora global, etc, que aponto as 5 coisas que a Rede Globo mais detesta e porquê. 
A primeira coisa que a Rede Globo mais detesta é, sem dúvida, a política. Pode-se dizer que o repúdio à política está no DNA da Globo. É preciso relembrar que a Globo foi fundada em função do Golpe Militar de 1964 que, por sua vez, foi sem dúvida a mais violenta interrupção do processo político-democrático brasileiro. E a Rede Globo só foi fundada em razão e em função do Golpe, com a participação decisiva do poderoso grupo de mídia estadunidense, Time-Life. Se por um lado, o Golpe impediu a realização das reformas de base então anunciadas por João Goulart, que buscava implementar profundas transformações na sociedade brasileira, por outro, a Rede Globo se estabeleceu como a força de mídia destinada, justamente, a garantir que o processo político brasileiro jamais resultasse na efetiva realização de tais reformas nos anos que viriam. Vale dizer que, sob o aspecto político, a Rede Globo é o meio de mídia mais conservador já instalado no Brasil. A Globo é a mídia anti-reforma do Estado Brasileiro. A Globo flexibiliza os costumes, o modelo de família, mas jamais a estrutura de poder brasileira. Não é por menos que, em se tratando da política, a Rede Globo só pauta a corrupção. Pode parecer difícil de acreditar, mas Brasil afora e até mesmo em Brasília, diariamente, são realizados vários fóruns de discussões políticas sobre os mais diversos temas nacionais, mas a Globo não pauta nenhum deles. Das 5 maiores redes de televisão do mundo -as primeiras 4 maiores não estadunidenses - a Rede Globo é a única que não conta com, pelo menos, um programa para se debater as questões políticas nacionais de forma séria. A Globo não se engaja no debate político necessário à compreensão sobre as causas das mazelas nacionais e sobre as mudanças que devam ocorrer para solucioná-las. Ao contrário, a Globo pauta apenas a corrupção na política, como meio de manipular sua audiência, convencendo-a, sistematicamente, de que a política é um terreno pantanoso e sujo demais para o envolvimento do cidadão de boa-fé. Assim, aliena as grandes massas, politicamente. E, pelo amor de Deus, a Globo News, não é a Rede Globo que se encontra detentora, sabe-se lá por força de qual cláusula do testamento de Adão, de 70% do faturamento da TV brasileira, alcançando 80 milhões de telespectadores, diariamente. E tudo isso faz a Rede Globo, porque tem ela o interesse de esvaziar o país dos debates políticos, pois sabe que nas democracias verdadeiras apenas o processo político pode transformar as sociedades. A Globo é a mídia anti-transformadora do Brasil. E tem sido tão bem sucedida em sua função anti-política, que passados 54 anos do Golpe Militar, o Brasil segue sem realizar as reformas propostas por João Goulart em 1964, apesar de demandá-las, desesperadamente, desde aqueles tempos: as reformas política, a dos meios de comunicação social, a tributária, a educacional, a financeira, a econômica, etc, etc. 
A segunda coisa que a Globo mais detesta é a ética. E mais uma vez, para se avaliar a postura ética da Rede Globo, é preciso regressar ao contexto em que a mesma foi fundada, ou seja, ao regime de ditadura militar instalado no Brasil, a partir de 1º de abril de 1964. Poucos atos podem ser considerados mais antiéticos do que a violenta interrupção do processo político-democrático de um país. Ao depor o presidente, legalmente, conduzido ao cargo e ao revogar a Constituição de 1946, editando atos institucionais autoritários, etc, o regime militar, literalmente, rasgou em frangalhos o senso ético brasileiro de então. Não há ruptura violenta e autoritária do pacto social, como ocorrido em 1964, que possa ser considerada ética para aquela sociedade. E é claro que para se manter um regime ilegítimo e antiético de dominação no poder por mais de 20 anos se fez necessário flexibilizar os parâmetros éticos dos dominados. Era preciso fazer circular a convenção do político que “rouba, mas faz”. Era preciso convencer que “não se ganha nada sendo ético no Brasil”. Era preciso fazer circular a “Lei de Gerson”, etc. É óbvio que a imensa corrupção que se vê instalada em Brasília nada mais é do que o reflexo fiel da desonestidade geral que afeta todo o cotidiano do país. Mas, nem sempre o brasileiro foi tão desonesto como ocorre hoje. O Brasil foi um país fundado pela ética cristã que, religiosidade a parte, é a mesma ética aristotélica. O Brasil já foi um país carola. Não é coincidência que, justamente, da fundação da Rede Globo até os dias atuais, o Brasil tenha se flexibilizado tanto sob o ponto de vista ético. E a Globo vem flexibilizando o parâmetro ético do brasileiro não apenas para viabilizar a convivência com o regime militar de outrora ou para fazer com que se tenha tolerância com a gritante corrupção instalada após a redemocratização do país, mas também porque se submete a interesses que não são os brasileiros. Aqui, voltamos novamente ao contexto de fundação da Globo. Registra-se novamente, que a rede Globo foi fundada no Brasil com participação decisiva do poderoso grupo de mídia estadunidense Time-Life, em regime de monopólio que vigora até hoje. E qual será o interesse dos EUA em controlar a grande mídia no Brasil? Seria humanitário? Seria interesse em fazer o Brasil desenvolver todo o seu imenso potencial humano, cultural e econômico? Claro que não. Do contrário não teriam também apoiado, em 64, decisivamente o golpe que impediu o Brasil de realizar as reformas política, tributária, etc, etc, que são, justamente, as condiciones para o desenvolvimento pleno de todo potencial brasileiro como nação. A sina que os EUA tem com o Brasil é geopolítica. O Brasil é o único país da Américas que possui condições de ultrapassar a hegemonia estadunidense na região. E a forma mais barata e viável que os EUA tem de limitar o potencial brasileiro é controlando o monopólio de grande mídia nacional. O wikiliks já revelou que jornalistas da Rede Globo se reúnem, regularmente, com diplomatas estadunidenses para, juntos, definirem o conteúdo editorial do jornalismo da emissora. E tão ruim quanto o controle do teor editorial da Globo é o conteúdo anti-ético que a emissora faz circular principalmente em suas novelas. A melhor forma de sabotar uma sociedade é torná-la corrupta e desonesta. Nada funciona onde tudo é corrompível! O custo maior da corrupção não está nos valores pecuniários desviados, mas na neutralização das instituições democráticas. A corrupção faz com que o Judiciário não funcione, o Legislativo não funcione, a Imprensa não funcione, etc. E sem o funcionamento das instituições democráticas, não há Democracia. Neste particular, é preciso ter em mente que todo comportamento que é veiculado pela grande mídia tende a ser copiado e replicado na sociedade. A novela da Globo, principalmente, a das 21 horas, não é uma mídia comum. Ela é aquilo a que se possa chamar de mídia-espelho, onde o brasileiro se vê e se reconhece como parte daquilo que é ali exposto. Portanto, tem um feito muito mais poderoso em condicionar o comportamento do telespectador. Se por um lado as novelas da Globo exibem grande qualidade de produção de som e imagem, o que é perigosamente muito sedutor, por outro, o conteúdo nelas veiculado é de baixíssimo nível ético . As novelas da Globo veiculam os piores exemplos de ética possíveis. Quem assiste à novela das 21 horas da Rede Globo, que é o suprassumo de sua programação, termina aquele capítulo convencido de a ética não leva a lugar algum no Brasil. É só trapaça, desonestidade, receitas de golpes, Lei de Gerson, traição, mercenarismo e até a trama impune da morte das pessoas. Os Nardoni , a Suzane Von Richthofen, o goleiro Bruno, certamente, são noveleiros assíduos da Rede Globo, daqueles que não perdem um capítulo sequer, pois segundo os enredos da novelas da Globo devemos solucionar os problemas da vida tramando a morte das pessoas. O brasileiro fica extremamente confuso quando vê no Jornal Nacional toda aquela reprovação - mesmo que seletiva - em relação à detestável corrupção de Brasília e, logo após, na novela das 21 horas, assiste a todos aqueles expedientes de desonestidade, enganação e canalhice. Afinal, é para ser honesto ou não, Rede Globo? Frisa-se: todo comportamento exibido pela grande mídia tende a ser replicado pela sociedade. 
A terceira coisa que a Rede Globo mais detesta é o pensamento filosófico. Difícil é encontrar na programação da Rede Globo algum conceito filosófico a circular. Na questão das novelas, que são a grande atração da emissora, a situação se agrava. Os conceitos filosóficos, que são a base do pensamento humano, não circulam nas novelas. Invariavelmente, o enredo das novelas globais se desenrola numa imensa trama de passionalidade, conduzida pela raiva, pela inveja, pelo ciúme, etc. É pavoroso! O Brasil tem um modelo de grande mídia que induz o brasileiro a agir imbuído de raiva, inveja e ciúme, quando que na verdade, tais passionalidades deveriam ser reprimidas, sob pena de se agir, desumanamente. É humano sentir inveja, mas é desumano agir imbuído nela. Inveja, orgulho, ciúme, raiva, são o que se pode chamar de chagas sócias, porque ninguém tem um acesso de raiva ou de ciúme sozinho. A raiva ou o ciúme é sempre em relação ao outro. Trata-se de um mecanismo evolutivo herdado pelo ser humano de quando o homem ainda não havia desenvolvido a plena capacidade de pensar, raciocinar e ainda vivia com muita dificuldade em grupos de indivíduos nas agruras das savanas africanas. Eram hominídios irracionais, não havia, por exemplo, alimentos para todos, apenas os mais fortes comiam, se abrigavam e se reproduziam. Funcionava assim: o grupo conseguiu abater uma caça pequena, não há alimento para todos.Um dos indivíduos toma para si a caça e começa a devorá-la. Então, há o acesso de raiva daqueles que não estão se alimentando. Eles entram em disputa pelo alimento. O mais forte e mais apto vencerá seus oponentes e terá toda a caça para si. É a chamada Seleção Natural de Charles Darwin. Passionalidades como raiva, ciúme e inveja servem como gatilho para se colocar em prática, dentro do grupo social, a Lei da Selva, ou seja, a lei do mais forte. É a Seleção Natural de Darwin: o mais apto e mais forte sobreviverá e transmitirá seu legado genético a diante. É o que ocorre em matilhas de cães, alcateias de lobos, bandos de chimpanzés e em todos os animais que vivem em grupos sociais. Uma cadela de uma matilha entrou no cio. Os machos daquele grupo, imediatamente, sofrem um acesso de ciúme por ela e um matará ou outro se for necessário para copular. O mais forte e mais apto vencerá a disputa e terá sua oportunidade de transmitir seu legado genético para a próxima geração. O mais fraco e inapto morrerá e não transferirá sua fraqueza e sua inaptidão para as próximas gerações. É a lei da Selva, é a Lei de Darwin. Ocorre, que não podemos transformar a sociedade humana numa selva. Não podemos submeter um ser humano à Seleção Natural. Segundo consta de nossa Constituição, todos são iguais perante a lei e a construção de uma sociedade justa e solidária são objetivos da República Federativa do Brasil. É, realmente, perturbador o fato de o Brasil contar com um modelo de grande mídia que induz o brasileiro a agir imbuído de raiva, de ciúme e de inveja. Todas as noites, a Rede Globo conduz o brasileiro a voltar à irracionalidade de quando o homem vagava em bandos pela savana africana, há mais de 300 mil anos. Não é por menos que o Brasil é o país com a maior ocorrência de crimes passionais do mundo, onde não se pensa, não se tomam decisões racionais, etc. Outra conclusão que se pode ter ao final de mais um capítulo da novela da Globo é que devemos deixar de nos engajar em atividades produtivas para nos envolvermos em tramas passionais, em que um é colocado contra o outro, etc. No Brasil contemporâneo - sou testemunha - temos sempre que adotar posturas evasivas para não permitir que nos envolvam nessas tramas passionais que, com efeito, estão por toda parte. Aliás, analisando o conteúdo da programação da Globo, a conclusão que se chega é que o projeto de nação que a Rede Globo tem para o Brasil é o de conduzi-lo a se firmar como uma grande produtor e exportador de alimentos e, absolutamente, nada mais. Refiro-me ao Globo Rural. A Globo não é de toda ruim, ela tem o Globo Rural. O Globo Rural é de longe o melhor programa da Globo. É um dos poucos ou senão o único em que os conceitos filosóficos, os protocolos técnicos e a ciência circulam. E por que existe tanta qualidade no conteúdo veiculado pelo Globo Rural e nenhuma nos demais? Porque a China é financiadora da dívida pública estadunidense e a maior compradora do agronegócio brasileiro. A China não tem como manter seu crescimento econômico sem os alimentos produzidos pelo Brasil. Ela tem grande exportação de manufaturados para os EUA e, em contra-partida, compra os títulos da dívida pública estadunidense. Assim, o projeto de nação que a Rede Globo tem para o Brasil é apenas vender alimentos para a China para que o país asiático banque o déficit público estadunidense.
A quarta coisa que a Rede Globo mais detesta é a grandeza do Brasil. Nada que tenha relação com a grandeza do Brasil é pautado pela Rede Globo, pode ser uma tomada aérea dos arranha-céus da Avenida Rio Branco ou a própria vastidão da cultura e do território brasileiros. Para a Globo o Brasil se resume a loucura de São Paulo, a malandragem do Rio de Janeiro, Minas Gerais é uma roça caipira sem importância cultural e os demais estados, simplesmente, não existem. Culturalmente, a Globo não pauta o Nordeste, o Norte, o Sul, o Centro Oeste nem as Minas de Ouro. Ela não pauta, integralmente, o Brasil porque não pode fazer o brasileiro se dar conta da imensa grandeza geográfica e cultural do Brasil. O Brasil tem de ser pequeno para caber na sombra dos Estados Unidos. É inacreditável, por exemplo, como a Rede Globo não pauta os festivais do boi-bumbá em Parintins ou as festas de são João no interior do Nordeste. Não noticia nada que acontece na Bahia, em Pernambuco, em Belém ou em Manaus. Tudo para não permitir ao brasileiro a noção correta da imensa grandeza de seu país. Para a Globo o centro do universo são os Estados Unidos, a Inglaterra e nós, brasileiros, somos cidadãos de segunda classe no mundo. Daí, o complexo de vira-latas, que é muito circulante na programação da Globo. Não é por menos que as trilhas sonoras internacionais das novelas são sempre preenchidas com músicas dos EUA ou da Inglaterra. Por que não se tocam nas novelas músicas portuguesas, francesas, italianas, japonesas, etc? Precisa responder!? Os filmes da sessão da tarde, invariavelmente, são de origem estadunidense. Por que não se passam filmes portugueses, italianos, iranianos, russos, colombianos na programação da Globo? E a América Latina, a vizinha África? Simplesmente, não existem para a Rede Globo. Trata-se de uma modalidade de censura muito grave. A grande mídia brasileira tem que pautar, culturalmente, todas as regiões do país, tem que apresentar o mundo por completo ao brasileiro e não apenas aquela parte que lhe interessa, dentro de suas conveniências. E o modelo de monopólio de mídia em que se assenta a Rede Globo ainda dificulta a veiculação de conteúdo regional e, praticamente, faz inexistir o conteúdo local. São raras as televisões nos municípios, apesar de toda a facilidade tecnológica de hoje em dia, o que prejudica muito a formação da identidade local. 
Por fim, a quinta coisa que a Rede Globo mais detesta é a história do Brasil. A Globo, assim como várias editoras, deturpa a história do Brasil e a utiliza assim, deturpada, como bode-expiatório para justificar a dificuldade apresentada pelo país nas ultima décadas e desenvolver todo o seu potencial humano e econômico. A Globo deturpa a história do Brasil porque ela foi igualmente grandiosa, sem paralelo na Américas e se o brasileiro vier a conhece-la, isso pode inspirar atos de grandeza no futuro, o que pode ser muito preocupante sob o ponto de vista da reacionária Globo. Se o brasileiro, por exemplo, tivesse consciência de sua história, jamais poderia ser racista, pois saberia que sua bisavó foi índia ou negra. Mas será que a Rede Globo está de fato preocupada com a igualdade de raças nos Brasil? Claro que não, ela é conservadora. A história brasileira, nas raras ocasiões em que é pautada pela Globo, é apresentada para o brasileiro de forma deturpada, como foi o caso recente daquela novela sobre uma filha de Tiradentes sobre a qual não se tem registros, ambientada numa Vila Rica nada ordenada, nada padronizada, nada barroca e nada mineira. A Globo detesta tudo que tem relação com a história do Brasil, o que inclui a família tradicional, a Igreja, Portugal, etc. O Brasil, por exemplo, é o único país das Américas que possui sua própria Família Real. Não se trata de defender a volta da monarquia. Mas, D. João VI, Pedro I, Dona Leopoldina, Pedro II, a Princesa Isabel, etc, foram personagens históricos decisivos para o Brasil e a Globo não pauta nada da Família Real brasileira. Não conhecemos nossos próprios príncipes, mas quando a rainha da Inglaterra leva um tropeção nos jardins do palácio de Buckingham, logo é manchete na Globo. E se formos estudar a história verdadeira do Brasil, concluiremos que nem sempre o Brasil foi este país desorganizado e desonesto que vemos hoje, o que seria um terror para a Globo, pois ela busca nos fazer acreditar que foi a colonização portuguesa que desgraçou o Brasil, quando na verdade foi o contrário, Portugal acertou muito mais do que errou no Brasil. A colonização portuguesa no Brasil foi uma das maiores e mais bem sucedidas aventuras da história da humanidade. Não foi enquanto colônia de Portugal que o Brasil perdeu o bonde de sua história. O caso é mais recente. Se em 1964 João Goulart foi impedido de realizar as reformas política, dos meios de comunicação, tributária, econômica, educacional, etc, e, ainda hoje, passados 54 anos, o Brasil segue demandando pelas mesma reformas, como foi que o país perdeu o bonde da história? Ora, com o Golpe de 64 e a instituição da Rede Globo. Fora Globo, o povo não é bobo!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2018

05 Equipes de Saúde da Família Descredenciadas: Com a Palavra a secretaria Andreia Peixoto


Segundo a portaria de nº 1.717, publicada pelo Ministério da Saúde em 18 de junho passado, 05 equipes de saúde da família foram descredenciadas em João Monlevade por descumprimento de prazo estabelecido na política nacional de atenção básica.
É a medicina preventiva indo para a cucuia em João Monlevade. Também, depois que o José Roberto Fernandes assumiu a presidência da Associação São Vicente de Paulo no Hospital Margarida, terceirizando e contratando empreiteiras mil, laboratório, etc, você acha que o governo vai gastar recursos públicos da saúde com medicina preventiva? Claro que não! A prioridade agora é gastar o máximo possível de recursos públicos com a medicina curativa, exames , plano de saúde Top Vida Card e outros serviços médicos prestados por uma série de empreiteiras contratadas no Hospital Margarida. O que importa é o faturamento das empreiteiras do coronel, nada mais. Foi o que, por exemplo, aconteceu com o inacabado e interditado hospital Santa Madalena, improvisado no prédio do antigo terminal rodoviário ao custo de mais de 22 milhões de reais em recursos públicos da saúde. Ali, pouco importava o que estava sendo construído, se era um hospital de 100 leitos ou um Frankenstein de concreto, desde que as empreiteiras do coronel faturassem aqueles muito mais de 22 milhões de reais. 

Com a palavra a secretária de saúde, Andreia Peixoto, que não cumpriu o prazo estabelecido em lei, dando conveniente causa ao descredenciamento de nada menos do que 05 equipes de saúde da família em João Monlevade