terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Magnetita

A Magnetita é o material magnético mais antigo conhecido pelos seres humanos. Ela é um mineral magnético formado pelos óxidos de ferro II e III (FeO, Fe2O3), cuja fórmula química é Fe3O4. A magnetita apresenta na sua composição, aproximadamente, 69% de FeO e 31% de Fe2O3 ou 72,4% de ferro e 26,7% de oxigênio. O mineral apresenta forma cristalina isométrica, geralmente na forma octaédrica ou granulada. Também é conhecida como pó de ferro ou areia negra (black sand). É um material de dureza 5,5 - 6,5, fortemente reagente a campo magnético como se vê no vídeo acima, de cor escura, brilho metálico, com peso específico entre 5,158 e 5,180, utilizado em diversas aplicações, como na siderurgia, absorção de microondas, detecção eletroquímica aplicada na indústria de alimentos, aplicação no tratamento de lixiviados em aterros sanitários, aplicação em nanopartículas magnéticas na indústria de petróleo, área da biotecnologia, ciência biomédica, armazenamento de energia, purificação de água, absorventes de metais pesados, separação e pré-concentração de poluentes ambientais em níveis vestigiais, revestimentos autolimpantes, magneto-eletrônica, baterias de íon lítio, produção de bússolas, imãs, motores elétricos e diversas outras aplicações que ainda estão sendo estudadas. Na área exotérica, a Magnetita ou “pedra de cevar” guarda propriedades místicas impressionantes, capazes de alterar positivamente a vida da pessoa, uma vez que consegue transmutar energias, ou seja, drena a energia negativa e absorve a energia positiva do ambiente. Também traz a pessoa amada.

A Magneton é um empreendimento especializado em fornecimento de Magnetita e derivados de alta qualidade no varejo, em quantidades acima de um quilo, para clientes dos diversos ramos de aplicação do mineral. A Magneton é referência no fornecimento de Magnetita e derivados com o melhor preço do varejo na plataforma Mercado Livre e outas.

Entre em contato com a Magneton através do Mercado Livre e solicite informações sobre a Magnetita.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

ENQUANTO LAÉRCIO TORRA QUASE 1/4 DE MILHÃO NA EUROPA CIDADE GÊMEA DE JOÃO MONLEVADE É SABARÁ LOGO ALI


 



Com o Euro a R$ 5,31, o prefeito Laércio Ribeiro e numerosa comitiva estão torrando orçamento publico na Europa, em visita oficial de 13 dias ao município luxemburguês de Esch. Segundo publicado no site da Transparência da Prefeitura, apenas o valor das passagens aéreas e das hospedagens é de R$ 235.000,00, quase 1/4 de milhão (imagens) em recursos públicos. O objetivo da viagem está relacionado com o projeto de geminação entre as cidades-irmãs de Esch e João Monlevade, em função da história comum de ambas na fundação da antiga Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (1935), que teve participação decisiva e fundamental dos luxemburgueses. 
Contudo, a cidade que, verdadeiramente, pode ser considerada irmã de João Monlevade é Sabará, a menos de 100 quilômetros de distância daqui. Sabará, além de ter sido, uma das principais cidades mineradoras do Ciclo do Ouro, também foi sede de usina da Belgo-Mineira, contando com a respectiva vila operária, etc, etc, tal qual João Monlevade. Sabará tem até um prédio do cassino como o de João Monlevade. Muito antes da Belgo Mineira, o francês João Antônio de Monlevade já havia sido responsável pela primeira corrida de alto-forno em Sabará. Depois de instalar sua fábrica aqui (1828), Monlevade vendeu muito ferro pesado para a mineração do ouro em Sabará. É possível encontrar documentação importante sobre Monlevade nos arquivos da Casa de Borba Gato em Sabará. O Museu do Ouro em Sabará guarda talvez o último exemplar do Engenho Mineiro de Pilões, cuja ferragem era toda forjada na Fábrica de Ferro Monlevade, inclusive as cabeças dos trituradores que eram blocos de ferro de 80 quilos e constituíam o principal produto do estabelecimento. Sabará, como já mencionado, vivenciou com muita propriedade o Ciclo do Ouro, tendo por conseqüência um barroco esplendoroso, excelente gastronomia, muitas tradições, festivais, etc. Recentemente, ocorreu o Festival da Jabuticaba. Igualmente famoso é o Festival do Ora-pro-nobis. 
Se o objetivo é, realmente, o estabelecimento de intercambio cultural, etc, entre cidades-irmãs, não compreendo porque Laércio ainda não esteve de visita oficial de longos 13 dias a Sabará. Lembrando que Luxemburgo tem um dos mais altos custos de vida na Europa.

OBRA DE NOZINHO NA BR 381 É EXEMPLO DE COMO UM MAU PREFEITO PODE PREJUDICAR TODA A REGIÃO


 

A obra do prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Nozinho Barcelos, para abertura de novo acesso municipal à BR 381 tem se tornado um verdadeiro tormento para passageiros e motoristas que trafegam pela rodovia. Nunca um prefeito perturbou e prejudicou tanto o Médio-Piracicaba quanto Nozinho.

A obra, que se encontra longe da conclusão, se arrasta há vários meses, causando lentidão e transtornos de toda ordem para os usuários da rodovia que liga a região à capital mineira. A viagem para Belo Horizonte está de meia a uma hora mais demorada, o que contribui para o descumprimento de compromissos dos viajantes. O trânsito lento e as muitas contenções também aumentam o consumo de combustível dos veículos e comprometem seu funcionamento. É possível ver muitos automóveis fervidos na beira da estrada nos dias quentes da obra de Nozinho.  Muitos motoristas estão preferindo passar por Itabira a fim de evitar a obra de Nozinho na BR 381, o que aumenta a quilometragem e o tempo da viagem em quase uma hora,  

Muito embora seja executada por empreiteira contratada, fica evidente a incapacidade da prefeitura de São Gonçalo em fiscalizar a condução da obra de modo a garantir a não interferência no tráfego da rodovia.  Para hoje, das 13 às 14 horas, está prevista nova paralisação nos dois sentidos da rodovia para detonação de rochas na obra de Nozinho. Pelo jeito o prefeito de São Gonçalo não pretende mais alçar vôo como suposto deputado da região.         

LAÉRCIO SÓ É CANDIDATO SE FABRÍCIO QUISER


 

Laércio já é candidato de uma ala do PT à reeleição em 2024. Fabrício, depois de exercer dois mandatos consecutivos de vice-prefeito, só pode ser candidato a prefeito ou a vereador.

Considerando a altura do campeonato e a estruturação do governo que é composto, majoritariamente, por apadrinhados de Fabrício, Laércio somente será candidato à reeleição com chances de vitória se Fabrício deixar.

Hoje, mais de 80% dos cargos comissionados do governo são indicações de Fabrício. Ora, se houver uma ruptura entre Fabrício e Laércio e ambos forem candidatos a prefeito, o que o PT vai fazer? Se mantém os cargos comissionados de Fabrício no governo, diminui muito a chance de reeleição de Laércio. Se exonera os cargos comissionados de Fabrício e os substitui por petistas aos 45 minutos do segundo tempo, também diminui a chance de reeleição de Laércio. O PT está na mão de Fabrício.          

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

NOZINHO IMPORTOU PARA SÃO GONÇALO MODELO DE MÍDIA MARQUETEIRA DE JOÃO MONLEVADE

 

Não é de hoje que o prefeito Nozinho importou para São Gonçalo o modelo de mídia marqueteira vigente há anos em João Monlevade. 
É sabido que, tecnicamente, para se ter instalada a Democracia são necessárias, concomitantemente, a tripartição do Poder, eleições periódicas e imprensa livre. Contudo, em Monlevade e em São Gonçalo, a Democracia se vê em situação muito dificultosa para se instalar porque, salvo exceções, a imprensa não é livre, pois se vincula a contratos de marketing político. É que o dono daquele jornal impresso que circula em ambos os municípios dia de sexta-feira se autodeclara jornalista, mas também é marqueteiro de políticos ao mesmo tempo. Então, o leitor abre o jornal acreditando que está lendo matéria jornalística, quando na verdade se trata de conteúdo de marketing político pago, seja por meio de contratação ou em troca de cargo no governo. Em Monlevade, o prefeito é patrão da filha do marqueteiro que tem cargo comissionado na Vigilância em Saúde. Em São Gonçalo, o dono do jornal é abertamente anunciado como consultor de marketing de Nozinho. Também há comprovantes de pagamentos para o marqueteiro nas contas do Município de São Gonçalo. Para se ter uma ideia, em 2016, para um período de apenas 10 meses, o povo de São Gonçalo do Rio Abaixo pagou R$ 69.000,00 para o marqueteiro publicar matérias de marketing no jornal impresso, conforme demonstra o documento anexo. O valor daria para comprar 69 mil exemplares do jornal impresso que custa na banca 1 real. Isto é, 7 exemplares do jornal para cada eleitor são-gonçalense. 
O problema é que marketing político travestido de matéria jornalística também é modalidade de “fakenews” ou notícia falsa. A imprensa possui papel fundamental para as democracias que é o de apresentar e pautar as questões municipais até que elas sejam resolvidas. Mas quando é contaminada pelo marketing, ela deixa de ser livre, passando muito mais a confundir do que a esclarecer, desfavorecendo a instalação da Democracia com “D” maiúsculo. Veja a seguir algumas graves questões jamais solucionadas em João Monlevade porque, ao invés de pautá-las, o jornal impresso só fez propaganda de político: 

-Tentativa fracassada de transformar o antigo terminal rodoviário num hospital de 100 leitos, ao custo de mais de 22 milhões de reais; 

-Paradeiro do dinheiro do Bingo do Hospital Margarida; 

-Paradeiro dos recursos para a conclusão do Matadouro Municipal inacabado; 

-Paradeiro dos utensílios da Cozinha Comunitária; 

-Poluição ambiental da Arcelormittal; 

-ETE do Novo Cruzeiro que não funciona;

-ETE de Carneirinhos que não sai do papel apesar das obras; 

-Último surto de dengue na cidade. 

Lembrando que pautar é muito diferente citar, porque toda pauta deve corresponder um desfecho. Quando importou para São Gonçalo o mesmo modelo de mídia marqueteira de João Monlevade, Nozinho não agiu como um democrata, mas sim com visível ânimo ditatorial de quem visa controlar os meios de comunicação. Desse modo, a democracia são-gonçalense passou a ter imensa dificuldade de se instalar e o município perdeu muito a condição de pautar e resolver os seus problemas. Ou será que São Gonçalo não tem problema algum? Obra inacabada?

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

A RESPONSABILIDADE DO PT NA NÃO CANDIDATURA DE FABRÍCIO E MUITO MAIS


 
Na campanha eleitoral de 2020 já se falava na candidatura de Fabrício a prefeito em 2024. Aliás, a candidatura de Fabrício foi praticamente uma condicionante para a aliança entre PT e os muitos partidos que comem na mão do vice-prefeito.
Até então, acreditava-se que Laércio montaria um governo progressista muito próximo daquele de 1996 e, a partir de um bom resultado obtido, se colocaria como o principal cabo-eleitoral de Fabrico em 2024. Até aí tudo bem, seria um governo legítimo.
Mas depois de eleito, não foi o que Laércio fez. Laércio e seu gabinete montaram um governo majoritariamente composto por apadrinhados de Fabrício, que na maioria das vezes são as mesmas caras do governo anterior que o eleitor, categoricamente, rejeitou nas eleições de 2020. Daí, porque ilegítimo: ao montar o governo, o PT virou a cara para a vontade popular.       
E não foi apenas isso. Depois de eleito, Laércio se engajou numa campanha pessoal para eleger Fabrício prefeito em 2024. Tudo muito bem registrado nas páginas do jornal impresso que vende conteúdo de marketing travestido de matéria jornalística em troca de cargo comissionado na Vigilância em Saúde. Durante os primeiros dois anos e meio de governo do PT, onde esteve Laércio, lá estava Fabrício à tira colo, posando para a foto no jornal do marqueteiro. O problema era newtoniano. Ou Laércio se colocava na posição de governar para o povo de João Monlevade ou ele governava para a candidatura de Fabrício. A falta de resultado de seu governo, demonstra que as duas coisa Laércio não poderia fazer, ao mesmo tempo.
Ocorre que, apesar dos muitos partidos que controla, da esmagadora quantidade de cargos que mantém na administração, do engajamento do prefeito e da campanha de marketing no jornal impresso, Fabrício não pontuou o suficiente nas pesquisas e sua candidatura a prefeito em 2024 já se encontra descartada, pelo menos a do lado do governo.
Nesse contexto, a pergunta que não se cala é a seguinte: qual é a responsabilidade política de Laércio e do PT na montagem de um governo que apenas priorizou uma candidatura que não mais ocorrerá?
Agora, depois descartada a candidatura de Fabrício a prefeito em 2024, já é certa a candidatura de Laércio à reeleição - coisa que o PT nunca conseguiu realizar em João Monlevade - acompanhada da ex-vereadora Dorinha Machado, como candidata a vice. A mudança de planos no gabinete de Laércio não deve alterar o aparelhamento do governo, já que os numerosos apadrinhados políticos de Dorinha e de Fabrício se confundem, o que leva à concluir que, pesquisas à parte, o que Fabrício, realmente, sofreu foi uma ligeira e vigorosa puxada de tapete.
E como se já não tivesse responsabilidade em montar governo para eleger uma candidatura inviável, agora, o que circula no gabinete do prefeito é que Laércio será candidato à reeleição em 2024 e Dorinha será a candidata a vice, como já mencionado. O absurdo é que, no caso de eleitos, segundo informações de dentro do gabinete petista, Laércio pediria afastamento do cargo e Dorinha assumiria como prefeito.  É preciso deixar isso registrado aqui, porque, caso aconteça de fato, será mais uma molecagem do gabinete do prefeito para com os setores políticos desenvolvimentistas de João Monlevade e para com o eleitorado.         

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

O PREÇO DA DENGUE NA MANIPULAÇÃO DO JORNAL IMPRESSO


 

Tecnicamente, para se ver instalada a Democracia são necessárias a tripartição do Poder em Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si, eleições periódicas e imprensa livre. E sempre que faltar apenas um daqueles elementos que a sustentam, a Democracia não se instala e o povo sofre. 
João Monlevade tem, por exemplo, uma longa trajetória de abusos e manipulações dos meios de comunicação locais. A mais gritante delas foi a utilização da extinta Rádio Cultura como instrumento político-eleitoreiro do radialista Carlos Moreira, que, abusando do principal veículo de comunicação do Município naqueles idos, se elegeu prefeito por dois mandatos, elegendo ainda prefeita até a sua consorte conjugal, depois de condenado por diversos atos de improbidade administrativa. E para o povo, onde ficou o prejuízo resultante da manipulação da rádio e da conseqüente deturpação da democracia monlevadense? Em muitas áreas, sobretudo no Santa Madalena. Hoje, é possível se afirmar, categoricamente, que aquela tentativa absurda e fracassada de adaptar o antigo Terminal Rodoviário num hospital de 100 leitos ao custo de muito mais de 22 milhões de reais foi o alto preço que o povo de João Monlevade pagou e ainda paga pela histórica manipulação da extinta -com muito gosto- Rádio Cultura. 
Contudo, a manipulação dos meios de comunicação em João Monlevade não foi uma exclusividade da rádiodifusão. Ela também circula no papel impresso, há décadas. Sabe aquele jornal que circula desde a ditadura em João Monlevade? Aquele mesmo que teve de devolver um terreno do Município, recebido ilegalmente em troca de serviços “marketing”, como acusou o Ministério Público na ocasião. É que o dono do sobredito jornal, além de se autodeclarar jornalista, também é marqueteiro de políticos. E tem mais, o prefeito é patrão da filha dele que ocupa cargo em comissão na chefia da Vigilância em Saúde. Será que pode haver imprensa livre assim? A resposta é não. Deve ser por isso que o jornal impresso não divulgou nada a respeito do óbito por dengue de uma moradora do Bairro Santa Bárbara, ocorrido no mês passado... até para ocultar a incompetência própria da filha, já que é a Vigilância em Saúde que deveria controlar o avanço da doença no Município.  Em outras palavras, o povo de João Monlevade já está colhendo o prejuízo resultante da manipulação do meio de comunicação impresso. E é no combate à dengue.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Aumento de Salário do Vereador: Doação que custa caro


 

Recentemente, os vereadores de João Monlevade reajustaram o subsídio do Legislativo local para R$ 13.909,85. O valor é mais de 3 vezes maior do que o piso nacional do professor que é de R$ 4.420,55. O aumento de salário, que passará a valer a partir de 2025, ocorre num momento em que as sessões da Câmara têm sofrido sucessivas interrupções por falta de quorum.   

Quando se tem vereador que faz doação de parte do subsídio/salário como promessa de campanha, a tendência será sempre de aumento de salário no Legislativo para compensá-la. É o resultado caro da desvirtuação do cargo, porque não é papel do vereador doar nada para ninguém. Além do mais, tal prática enfraquece a atividade parlamentar. Ou o vereador se dedica a exercer a função parlamentar do cargo ou ele doa parte do seu salário e posta nas redes sociais. As duas coisas ele não pode fazer ao mesmo tempo.

Assim, o Legislativo vai ficando cada vez mais caro e sem tempo para exercer as verdadeiras funções do vereador que são a de fiscalizar o Executivo e legislar.         

quinta-feira, 18 de maio de 2023

INSTITUTO QUE ADOTOU OUTRO NOME DEPOIS DE IMPEDIDO DE DIVULGAR PESQUISAS NA ELEIÇÃO DE 2008 FAZ NOVAS DIVULGAÇÕES EM JOÃO MONLEVADE







Sou testemunha ocular de que as eleições municipais de 2008 foram marcadas por um esquema duvidoso de divulgação de uma série de pesquisas de intenções de voto para prefeito, realizadas pelo Instituto de Pesquisa Datafato, conforme demonstram os documentos anexos.
Naquela ocasião, muitas das pesquisas eleitorais do Instituto Datafato foram impugnadas na Justiça Eleitoral, que impediu a divulgação de muitas das mesmas, sob o fundamento de “falta de clareza”, “questões tendenciosas” e ausência de “isenção” do instituto.
Agora, o mesmo instituto, só que identificado com outro nome, DataMG, volta a divulgar no mesmo jornal impresso resultado de pesquisa de opinião no Município, desta vez, em relação ao governo local. Segundo matéria divulgada recentemente no jornal impresso, “forma de Laércio e Fabrício Governarem é aprovada por 47%”, conforme resultado de pesquisa realizada pelo instituto DataMG, o ex-Datafato dos processos anexos.
Lembre-se ainda que o dono do jornal que divulga as pesquisas duvidosas também é marqueteiro de políticos. As eleições municipais se aproximam e os segundos são patrões de filha do primeiro, que é titular de cargo comissionado na Vigilância Sanitária.
Então, não permita que seu voto seja usado como massa de manobra de marqueteiro que presta serviço a políticos, em troca de cargo para parente na Prefeitura. Forme seu voto por aquilo que você testemunha na realidade do Município e não por aquilo que é divulgado nas capas de jornais travestidos de tabloides de “marketing” político pago, mesmo que indiretamente.

quinta-feira, 27 de abril de 2023

JOÃO MONLEVADE: 10 ASSUNTOS QUE O JORNAL NÃO PAUTA PORQUE O MARKETING NÃO DEIXA


 

Um dos requisitos da instalação da Democracia é o funcionamento da imprensa livre. Infelizmente, não é o que, historicamente, acontece em Monlevade. Aqui, o jornal impresso que circula há quase 40 anos não é livre, mas sim preso pelo marketing, sobretudo, político. Sim, é verdade, o domo do jornal impresso, além de jornalista declarado, é ao mesmo tempo marqueteiro de políticos. Assim, o leitor, esganosamente, abre as páginas do jornal, pensando que está a ler matéria jornalística, quando na verdade se trata de conteúdo de marketing contratado, direta ou indiretamente. Certa ocasião, o Ministério Público chegou até a sustentar que o dono do jornal de receber do Município um terreno público de maneira irregular, em troca de serviços de marketing político.

Obviamente, é uma fórmula que não funciona, pois na maioria dos casos, impede o órgão de imprensa de assumir suas funções democráticas que são a de informar, de trazer transparência sob os atos do governo e, sobretudo, a de pautar os problemas do Município. Nos locais onde é livre, a imprensa assume o papel de pautar as questões até que as mesmas sejam resolvidas. E pautar é muito diferente de citar. Pautar é acompanhar as questões, sistematicamente, edição após edição, até que elas tenham uma resolução definitiva. Em João Monlevade, a imprensa escrita apresenta imensa dificuldade em assumir tal papel porque não é livre; encontra-se vinculada, presa e acorrentada ao marqueting. E o marqueteiro não vai pautar nenhuma questão que possa comprometer a imagem de seu cliente de fato ou em potencial, seja ele político ou até mesmo uma siderúrgica.

A seguir, elenco 10 questões extremamente importantes para o Município, algumas atuais, outras não, que jamais foram pautadas pelo jornal impresso local:     

 

1-Demolição da Praça Ayres Quaresma e do Cine Monlevade;

2-Demolição da Cidade Alta e do casario da Rua dos Contratados;

3-Tentativa fracassada de transformar o antigo terminal rodoviário num hospital de 100 leitos, ao custo de mais de 22 milhões de reais;

4- Paradeiro do dinheiro do Bingo do Hospital Margarida;

5- Paradeiro dos recursos para a conclusão do Matadouro Municipal inacabado;

6-Paradeiro dos utensílios da Cozinha Comunitária;  

7-Poluição ambiental da Arcelormittal;

8-ETE do Novo Cruzeiro que não funciona;

9-ETE de Carneirinhos que não sai do papel apesar das obras;

10- Surto de dengue na cidade.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

MUNICIPALIZAÇÃO DO SOLAR MONLEVADE JÁ: HISTÓRICO DA ARCELORMITTAL É DE DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO


A Solar Monlevade e o acervo do museu homônimo são, sem dúvida, os maiores bens históricos do Município de João Monlevade. São eles que inserem Monlevade de modo muito especial no circuito turístico da Estrada Real, o maior do Brasil. É Estrada Real não apenas porque os seis ramos de estradas que partem do Solar Monlevade foram abertos pelo patrono do Município no século XIX, todos eles ainda hoje utilizados como ruas e avenidas da cidade, mas também porque a pioneira Fábrica de Ferro Monlevade foi a fornecedora preferencial de peças pesadas de ferro para as Minas de Ouro, o que a associa diretamente como a economia mineradora que originou a Estrada Real.
Mas para que o Município se integre à Estrada Real, alavancando o turismo local e gerando renda e postos de trabalho para o já bem estruturado setor hoteleiro e de serviços que tem, será preciso que o Solar e o Museu Monlevade se tornem atrações turísticas, aptas a receber visitantes de terça-feira a domingo, sem necessidade de prévio agendamento, coisa que nunca aconteceu. É preciso também que haja uma política de preservação e de restauração de ambos os bens, coisa que a Arcelormittal também não faz. Se os elementos históricos seguirem se perdendo, não haverá atrativos turísticos. Recentemente, a poderosa siderúrgica suprimiu duas luminárias da porteira principal do Solar Monlevade, depois de deixar perder sob a ação do tempo uma Roda d’Água do Engenho de Pilões do Museu Monlevade, a última ainda existente. Contudo, o histórico da Arcelormittal de supressão e de destruição do patrimônio histórico de João Monlevade é muito maior. A Arcelormittal já modificou muito o Parque Histórico da Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros do Jacuí, demoliu a Praça Ayres Quaresma, o Cine Monlevade, etc, demoliu a casario da Rua dos Contratados, demoliu sedes de clubes, demoliu os sobrados do entorno do Social Clube, demoliu a Cidade Alta e muito mais.
Assim, considerando o longo histórico de destruição do patrimônio histórico da Arcelormittal em João Monlevade se faz urgente uma completa mudança na administração dos dois mais valiosos bens históricos do Município. É preciso que tanto o Solar quanto o Museu Monlevade passem para a administração do Município. Não deve ser papel de uma siderúrgica a administração do Museu e a preservação e restauração dos bens históricos. Tais responsabilidades devem ser do Município. A siderúrgica, por motivos óbvios, jamais alavancará o turismo local, até porque seu histórico de demolições evidencia que ela não quer visitantes em seu entorno para que eles não possam testemunhar a sujeira e a poluição do local, apesar de histórico. Municipalização do Solar e do Museu Monlevade já (foto sem as luminárias da porteira)!

terça-feira, 25 de abril de 2023

Mudou para Pior




Muito embora o marqueteiro, dono do jornal impresso ande dizendo que o governo Laércio/Fabrício tem contado com boa avaliação popular, é sensível que fora das páginas dos tabloides de marketing impressos travestidos de jornais, a realidade é outra. Até porque quem tem filha em cargo comissionado do governo é suspeito para falar ou divulgar pesquisa feita por instituto que já até já mudou de nome depois de impedido judicialmente de divulgar resultado fraudulento de pesquisa eleitoral nas eleições de 2008.
E como em 2008, a partir quando também foi governo, o governo do PT monlevadense vem amargando impopularidade pela imensa dificuldade que, historicamente, apresenta de implementar o conteúdo programático do partido depois que assume a prefeitura. O terceiro lugar amargado pela candidatada da situação no último pleito demonstrou que o desejo das urnas era pela mudança. Contudo, não foi o que aconteceu, a mudança prometida por Laércio não veio e, em muitos setores, o que se vê é a piora da situação.
Veja a questão da limpeza pública de João Monlevade. Já há algum tempo, o Município de João Monlevade se encontra sujo, imundo, mal cuidado, com grande quantidade de lixo sobre as caçadas, águas de serviço escoando sobre as ruas, etc. Não é por menos que a cidade vive um surto de dengue. E veja que o compromisso do jornal como seus clientes de marketing é tão implacável que nem o surto de dengue por que passa Monlevade consegue ser objeto de pauta do impresso. O surto de dengue é velado porque o marqueteiro, dono do jornal não vai querer expor seus clientes de marketing político. O jornal até cita a dengue, mas fazer o papel de imprensa que é o de informar e o de pautar sobre o surto de dengue, sistematicamente, até a situação se reverter, isso o jornal impresso não faz, porque expõe o cliente e o papel do marqueteiro é outro.
Voltemos à questão da limpeza publica que é fundamental para o controle da dengue no Município. Apesar de a cidade parecer abandonada em meio a tanta imundície e falta de zelo, existe uma empreiteira contratada para executar o serviço que tem faturamento anual milionário junto ao Município. Contudo, é visível que a empreiteira não entrega o serviço. E o que faz a Prefeitura, cobra a execução do serviço pela empreiteira contratada? Não. Ao contrário, prefeitura tem a cara de pau de formar uma turma de limpeza, paga pelo contribuinte, para realizar o serviço que a empreiteira contratada recebe para fazer, mas não o entrega. Nas fotos anexas, podemos ver a turma formada pelo governo Laércio/Fabrício para realizar, diretamente, o serviço de limpeza urbana que a empreiteira contratada não entrega, atuando na Rua do Andrade, onde as touceiras de matos ultrapassam um metro de altura. É isso mesmo, a prefeitura formou uma turma para prestar, diretamente, um serviço terceirizado por ela mesmo. Qual seria o nome dessa figura jurídica? O fato de o contribuinte pagar duas vezes pelo mesmo serviço que não é entregue por si já é grave o bastante. E na questão da responsabilidade do emprego do dinheiro público e do manejo da dengue, posso dizer sim que as coisas também não mudaram nada no governo Laércio/Fabrício, penas piorou o que já estava ruim.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Filantropia de 650 Mil Reais em Dinheiro Vivo no Hospital Margarida




Muito já escrevi sobre a necessidade de um novo modelo de gestão no Hospital Margarida. A Associação São Vicente de Paulo (ASVP), criada pelo ex-prefeito inelegível Carlos Moreira (não confunda com a Sociedade São Vicente de Paulo), por várias vezes, já se demonstrou inapta a administrar o HM. Infelizmente, a ASVP não é especialista em gestão hospitalar; é, na verdade, uma entidade política, vinculada ao inelegível ex-prefeito Carlos Moreira, especializada em execução de obra de construção civil.  Desde que assumiu a gestão do HM, a ASVP não deixou de construir e de reformar lá. Há alas no hospital que já foram reformadas três vezes pela ASVP. E como é muito comum em João Monlevade, nem sempre a obra contratada é entregue. O telhado no Bloco Cirúrgico, por exemplo, também foi reformado pela empreiteira. Contudo, quando chove, é necessário que o médico cubra os aparelhos cirúrgicos com uma lona, para não perdê-los para as goteiras. 

Veja que a política hospitalar da ASVP no HM não é diferente daquela que produziu o Santa Madalena, a absurda e fracassada tentativa de adaptar o prédio do antigo terminal rodoviário num hospital de cem leitos, ao desperdício de muito mais de 22 milhões de reais em recursos públicos da saúde. Para eles, pouco importa o que vai se construir, desde que a empreiteira fature aqueles milhões.  Em junho do ano passado, enquanto a ASVP executava mais obras de construção civil, um bebê de 9 meses faleceu dentro do Hospital Margarida depois de 12 horas, sem atendimento pediátrico. Do que adianta construir prédios, se a entidade não contrata médicos para preenchê-los, a fim de atender a população? Teremos política pública de saúde voltada para o atendimento do povo ou para o enriquecimento sistemático de empreiteiros, os mesmos que acabaram com a antiga Rodoviária? Ao que parece, Monlevade não aprendeu nada com o Santa Madalena.

Outra questão grave da ASVP é que, apesar de se intitular como filantrópica, a entidade tem sido campo fértil para fenômenos nada filantrópicos. Veja o caso recente do último provedor do Hospital Margarida, José Roberto Fernandes. Conforme demonstra o Termo de Posse acima (clique no documento), em março de 2020, José Roberto Fernandes encerrou seu segundo mandato como presidente/provedor da ASVP, após quatro anos de filantropia à frente da entidade. Dois meses depois, em maio de mesmo ano, José Roberto Fernandes adquiriu no município vizinho de S.D. do Prata, um imóvel, pelo qual pagou o valor de 650 mil reais em dinheiro vivo, conforme demonstra a certidão cartorial anexa (clique no documento). Veja que a certidão diz o seguinte no item "Forma de Pagamento": "R$ 650.000,00,  pago totalmente em espécie, que neste ato confessam receber em moeda corrente nacional". Agora eu pergunto: que entidade filantrópica é essa, onde o sujeito passa 4 anos fazendo filantropia e sai de lá com uma mala de dinheiro recheada com mais de meio milhão de reais? Convenhamos a quantia de R$650.000,00 em espécie não cabe numa caixa de sapatos. Foi uma mala de dinheiro.

Filantropia é filantropia. Ou o cara faz filantropia ou ele sai com uma mala de dinheiro. Quem é provedor não pode ganhar dinheiro lá dentro, seja de que forma for, colocando empresa Top Vida Card no hospital, etc, ou prestando serviço de “coaching” para funcionários do hospital, etc. Se o provedor, por exemplo, é dono de rede de farmácia, ele jamais poderá vender medicamentos para o hospital, porque do contrário, não será filantropia, mas sim comércio, mesmo que ele seja espírita. Aliás, para a respeitosa doutrina do espiritismo, qualquer execução de política de saúde pública que priorize a contratação/faturamento de empreiteiros de construção civil em detrimento da contratação de médicos plantonistas, resultando na morte de uma criança de 9 meses, certamente, deve ser uma questão moral muito perturbadora.

Com a palavra, a ASVP de Carlos Moreira. O povo de Monlevade exige saber como alguém passa 4 anos fazendo filantropia no Hospital e sai de lá com uma mala de dinheiro. Repito, numa caixa de sapados não cabem 650 mil reais em espécie.       

         

segunda-feira, 13 de março de 2023

Arcelormittal Suprime Elementos Tombados do Solar Monlevade: "Não é a Primeira Vez"




Na entrada principal do intramuros do Solar Monlevade existe uma bela porteira, larga o suficiente para permitir o trânsito oposto de dois carretões de bois ao mesmo tempo.  Ela é de abertura dupla, tem o centro abatido e encontra-se instalada entre dois sólidos mourões de pedra lavrada, originalmente, encimados por um belo par de grandes lanternas, conforme demonstram as fotos acima. Contudo, como se pode ver pela fotografia abaixo, capturada na data de ontem, o par de lanternas que guarnecia a porteira principal do Solar Monlevade sumiu, recentemente.




O conjunto arquitetônico original do Solar Monlevade é tombado para fins de preservação pelo inciso IX do art. 170 da Lei Orgânica Municipal. Significa dizer que qualquer supressão ou modificação em elemento arquitetônico do Solar Monlevade, inclusive de tudo o que está em seu intramuros, só pode ser feita mediante a autorização do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, com o fim de preservação, o que eu acredito que não seja o caso. O Solar Monlevade tem passado por muitas intervenções ultimamente, que ocorrem totalmente à revelia do Conselho de Patrimônio Cultural e da Casa de Cultura. Há pouco tempo, a ArcelorMittal instalou uma grande estrutura em aço dentro do Museu Monlevade, que também se encontra instalado no intramuros do Solar, alterando o conjunto arquitetônico tombado. Enviei email para a siderúrgica e para a Prefeitura, requisitando cópia da autorização do Conselho para a instalação da mencionada estrutura de aço e não obtive resposta em ambos os casos.

Não é a primeira vez que a poderosa siderúrgica suprime elemento histórico tombado do conjunto arquitetônico do Solar Monlevade. Em 2017, a Arcelormital já havia deixado ruir um telhado rústico que existia sobre o engenho hidráulico de pilões que integrava o acervo do Museu Monlevade. No Relatório de 1853, o próprio Monlevade mencionou o citado engenho, conforme transcrevo a seguir:

“Um bicame, ou tanque d’água, colocado a 30 palmos acima do fundo do quintal e no meio da casa está recebendo a água toda do ribeirão, dando a força motriz para as duas rodas... há também duas mãos de pilões movidas por uma das rodas, as quais servem para reduzir em pó a pedra de ferro, quando não se emprega a jacutinga na fundição, assim como para sacar certas borras ricas de partículas de ferro, as quais lavadas e refundidas dão um ferro de superior qualidade.”

Sem o telhado e exposto à chuva, a roda d’água do engenho e seu o bicame de madeira se perderam e ruíram. E o que fez a Arcelormittal? Restaurou o bem tombado? Não. Ela apenas o suprimiu, como demonstra a postagem de novembro de 2017.  

Agora, foram as lanternas da porteira principal que sumiram. Obviamente, não é papel da Arcelormittal conservar os bens históricos do Município. Também não é papel da Arcelormittal organizar museu, mantê-lo aberto à visitação, nem restaurar os bens que se deterioram por omissão. O papel da siderúrgica é o de produzir aço. Contudo, se é a Arcelormittal que detém a propriedade dos bens históricos, ela deve providenciar a sua preservação, restauração e acesso ou, então, deve entregá-los para o seu verdadeiro dono que é o povo de João Monlevade. Manter os bens históricos fechados e se perdendo, quando não são alterados, é destruir a identidade monlevadense e o potencial turístico de João Monlevade. São, justamente, o Solar Monlevade, o Museu Monlevade e o Parque Histórico da Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros, no Jacuí,  que inserem o Município dentro do roteiro turístico da Estrada Real de Forma muito especial, pois ao contrario do discurso deturpado cunhado pela da própria Arcelormittal no sentido de “uma pequena forja catalã, fabriqueta de enxadas”, Monlevade, segundo os documentos históricos, foi a maior e mais importante Fábrica de Ferro a funcionar durante o Império Brasileiro, atuando como fornecedora preferencial de artefatos pesados de ferro para as Minas de Ouro do sec. XIX, alguns deles com mais de uma tonelada de peso, os maiores já forjados nos Brasil até então.

O Museu Monlevade, por exemplo, se bem administrado e aberto à visitação, tem o potencial de alavancar o turismo local, porque conta com acervo completo sobre a história da indústria do ferro em Minas Gerais. Mas, para que isso ocorra é preciso conservar e abrir os bens históricos à visitação, coisa que a Arcelormittal demonstra não estar apta a fazer, por motivos óbvios. Antes que não sobre nada, é preciso que o Município tome para si a administração dos bens históricos de João Monlevade, não somente para preservar a identidade local, mas também para alavancar o turismo. Existem muitos instrumentos jurídicos para tal. Contudo, a Prefeitura atual nem sabe onde fica o Parque Histórico do Jacuí. Registre-se, por fim, que foi na prefeitura do PT, que as lanternas do Solar Monlevade desapareceram.                      

       

 


quarta-feira, 1 de março de 2023

Asfaltamento Inconsequente Agrava Risco de Afogamento na Trincheira do Moreira


Monlevade sofre com os efeitos das inundações sazonais não é de hoje. A abominável trincheira do Moreira, cavada no entorno do Posto Castelinho, é prova disso. Trata-se de uma galeria pluvial cavada sobre parte do leito da Avenida Wilson Alvarenga, ainda no desgoverno Carlos Moreira, com o intuito de resolver as freqüentes inundações naquele ponto da região central da cidade. Contudo, a trincheira jamais alcançou seu objetivo, porque foi mais uma obra realizada sem estudo técnico, hidrológico ou científico. A trincheira só fez com que grande quantidade da água da chuva corresse, velozmente, sobre o leito avenida, até encontrar uma saída para o ribeirão, o que passou a ocorrer no acesso à Estrada do Forninho, situação que muito possivelmente deve ter contribuído para aquele triste episódio em que um carro foi arrastado pela enxurrada naquele local, matando duas estudantes. Mas, a chamada Trincheira de Moreira não passou a representar um risco potencial apenas para aqueles que transitam no período de chuvas pelo acesso da Estrada do Forninho. Ela hoje representa um risco real de morte por afogamento a todos que por ela transitam no período chuvoso, considerando que se encontra instalada numa das principais artérias viárias do Município. A trincheira do Moreira é a única galeria pluvial que conheço, isto é, uma passagem de grande quantidade de água da chuva, que ao mesmo tempo também é, inadvertidamente, aberta ao tráfego de veículos automotores, uma receita, potencialmente, perigosa. Como demonstra o vídeo anexo, na semana retrasada, um ônibus da Enscon, repleto de passageiros, ficou ilhado por horas, em meio ao alagamento, bem ao lado da trincheira, enquanto a altura da água subia. Por muita sorte e experiência, o motorista não passou com o ônibus pela pista de dentro da trincheira. Se o tivesse feito, o que não é incomum, o risco de morte por afogamento dele e dos daqueles passageiros teria sido real, já que a galeria tem mais de 4 metros de profundidade.
De outro lado, no governo Laércio/Fabrício, além da ausência completa de política pública para lidar como as inundações, para preparar o Município para as mudanças climáticas, etc, o que se vê é o asfaltamento eleitoreiro de novos loteamentos e de ruas já calçadas, o que, numa cidade normal já agravaria os prejuízos causados pelos alagamentos, mas que, em se tratando de João Monlevade, potencializa ainda mais o risco já existente de morte por afogamento na trincheira.
Fabrício tem que compreender que a cada rua que ele asfalta à montante da trincheira para pavimentar sua campanha à Prefeitura em 2024, sem tomar providências para mitigar a ocorrência de inundações, ele e Laércio potencializam o risco de morte por afogamento dentro daquela galeria pluvial, aberta ao trânsito de veículos.
Governar é, sobretudo, agir com responsabilidade. Como o atual secretário de planejamento que é, não vejo Fabrício elaborar um plano de contingência para impedir que veículos adentrem a trincheira, momentos antes dela transbordar, nem para treinar os socorristas caso o pior aconteça. É muita irresponsabilidade asfaltar à torto e à direita (literalmente), sem um plano de manejo para a perigosa trincheira do Moreira, estabelecido no âmbito da Defesa Civil, etc. Como sempre, estão aguardando o pior acontecer para tomarem nenhuma providência. E lembre-se, ao menor sinal de chuva, jamais passe pela trincheira do Moreira.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Licitação da Enscon Consolida Conservadorismo de Laércio/Fabrício


 

A péssima qualidade e o alto custo do transporte coletivo de passageiros em João Monlevade são fatores de visível desgaste da atual administração, porque, em se tratando de um governo do PT, o que se esperava era uma grande mudança no setor.  Agora, se vê, concretamente, que a mudança contratada nas urnas não será entregue, evidenciando mais uma vez a imensa dificuldade do PT local em executar seu conteúdo programático no Município e o quão conservador tem se revelado se governo no Município.

Teve início na data de ontem o procedimento licitatório que escolherá a concessionária que prestará o serviço de transporte público de passageiros pelos próximos 15 anos. A única empresa interessada a se habilitar na licitação foi a Enscon. É bom relembrar que o próprio prefeito Laércio já havia cantado a pedra no ano passado quando proclamou com todas as letras: “a licitação para escolher a nova prestadora do transporte público coletivo em João Monlevade pode não atrair interessados”. Na mesma época, empresa contratada pela prefeitura revelou que o sistema de transporte coletivo tarifado de João  Monlevade era um dos mais lucrativos de Minas Gerais, apresentado elevado indicie de passageiros transportados por quilometro percorrido.    

É muito incoerente sobre o ponto de vista político um governo do PT não conseguir produzir um procedimento licitatório, capaz de atrair mais participantes para o certame e, sobretudo, capaz de instaurar a concorrência entre eles, pois é a concorrência que abaixa o preço da tarifa. Isso porque o modelo tarifado, além de muito mais custoso, também funciona mal.  Registre-se que, em pleno governo do PT, Monlevade perdeu o momento histórico de adotar o modelo de ônibus fretados da Tarifa Zero, que é muito mais barato e funcional.  

De uma forma ou de outra, politicamente, pegou muito mal para o governo sua incapacidade de atrair interessados para concorrer a um dos sistemas de transporte público mais lucrativos do estado.  Se alguém ainda tinha dúvida de que Laércio constituiu no município um governo conservador e refratário às mudanças, ela desapareceu na “licitação da Enscon”.  Depois de ontem, não tem mais jeito: o patente e pre-anunciado desinteresse da prefeitura em mudar o transporte coletivo, indubitavelmente, consolida o governo Laércio/Fabrício como um dos mais conservadores e anti-populares dos últimos 20 anos.

Tudo resultado das “costuras” do gabinete do prefeito, aquele mesmo, cuja articulação política, ou a falta dela, produziu a vitória de Bolsnonaro no segundo turno no Município?