quinta-feira, 23 de novembro de 2023

NOZINHO IMPORTOU PARA SÃO GONÇALO MODELO DE MÍDIA MARQUETEIRA DE JOÃO MONLEVADE

 

Não é de hoje que o prefeito Nozinho importou para São Gonçalo o modelo de mídia marqueteira vigente há anos em João Monlevade. 
É sabido que, tecnicamente, para se ter instalada a Democracia são necessárias, concomitantemente, a tripartição do Poder, eleições periódicas e imprensa livre. Contudo, em Monlevade e em São Gonçalo, a Democracia se vê em situação muito dificultosa para se instalar porque, salvo exceções, a imprensa não é livre, pois se vincula a contratos de marketing político. É que o dono daquele jornal impresso que circula em ambos os municípios dia de sexta-feira se autodeclara jornalista, mas também é marqueteiro de políticos ao mesmo tempo. Então, o leitor abre o jornal acreditando que está lendo matéria jornalística, quando na verdade se trata de conteúdo de marketing político pago, seja por meio de contratação ou em troca de cargo no governo. Em Monlevade, o prefeito é patrão da filha do marqueteiro que tem cargo comissionado na Vigilância em Saúde. Em São Gonçalo, o dono do jornal é abertamente anunciado como consultor de marketing de Nozinho. Também há comprovantes de pagamentos para o marqueteiro nas contas do Município de São Gonçalo. Para se ter uma ideia, em 2016, para um período de apenas 10 meses, o povo de São Gonçalo do Rio Abaixo pagou R$ 69.000,00 para o marqueteiro publicar matérias de marketing no jornal impresso, conforme demonstra o documento anexo. O valor daria para comprar 69 mil exemplares do jornal impresso que custa na banca 1 real. Isto é, 7 exemplares do jornal para cada eleitor são-gonçalense. 
O problema é que marketing político travestido de matéria jornalística também é modalidade de “fakenews” ou notícia falsa. A imprensa possui papel fundamental para as democracias que é o de apresentar e pautar as questões municipais até que elas sejam resolvidas. Mas quando é contaminada pelo marketing, ela deixa de ser livre, passando muito mais a confundir do que a esclarecer, desfavorecendo a instalação da Democracia com “D” maiúsculo. Veja a seguir algumas graves questões jamais solucionadas em João Monlevade porque, ao invés de pautá-las, o jornal impresso só fez propaganda de político: 

-Tentativa fracassada de transformar o antigo terminal rodoviário num hospital de 100 leitos, ao custo de mais de 22 milhões de reais; 

-Paradeiro do dinheiro do Bingo do Hospital Margarida; 

-Paradeiro dos recursos para a conclusão do Matadouro Municipal inacabado; 

-Paradeiro dos utensílios da Cozinha Comunitária; 

-Poluição ambiental da Arcelormittal; 

-ETE do Novo Cruzeiro que não funciona;

-ETE de Carneirinhos que não sai do papel apesar das obras; 

-Último surto de dengue na cidade. 

Lembrando que pautar é muito diferente citar, porque toda pauta deve corresponder um desfecho. Quando importou para São Gonçalo o mesmo modelo de mídia marqueteira de João Monlevade, Nozinho não agiu como um democrata, mas sim com visível ânimo ditatorial de quem visa controlar os meios de comunicação. Desse modo, a democracia são-gonçalense passou a ter imensa dificuldade de se instalar e o município perdeu muito a condição de pautar e resolver os seus problemas. Ou será que São Gonçalo não tem problema algum? Obra inacabada?

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