O prefeito
de João Monlevade, Laércio Ribeiro, PT, chega perto de exercer 1/8 de seu
terceiro exercício como chefe do executivo municipal, sem cumprir boa parte de
suas promessas de campanha do mandato anterior.
E não são
apenas vagas promessa que não são cumpridas. O PT e o gabinete de Laércio não
abordam os maiores problemas do Município. Já há algum tempo é possível elencar
o seguinte eixo de problemas centrais de João Monlevade: a péssima qualidade de
um transporte público caro; a sujeira da cidade e a disposição inadequada do lixo
doméstico, com reflexos para a dengue e, por fim, a falta de atendimento
humanizado e profissional no Hospital Margarida.
Esses não os
três maiores problemas enfrentados pelo Município há tempos. No entanto, o governo
do petista Laércio Ribeiro age como se eles não existissem. O gabinete de Laércio,
empossado há quatro anos e meio, não tem qualquer estratégia para enfrentá-los.
Diante, do eixo temático Transporte público, limpeza e ordenamento públicos e
política pública de gestão hospitalar o que se vê é o gabinete de Laércio escapando
pela tangente, ou seja, uma ausência completa de governo.
Mas vou
além, no caso, por exemplo, da limpeza pública, não acredito que apenas a
substituição da empreiteira que presta o serviço seja o suficiente para
resolver a grave situação de imundice geral que afeta a cidade. O histórico
administrativo do município demonstra que apenas houve limpeza de fato quando a
prefeitura prestou o serviço diretamente por meio da frente de trabalho, que é
o que se esperava em se tratando de um governo do PT: a valorização do servidor
público. Ademais, a limpeza pública de
ser conjugada com o ordenamento público, coisa que não existe na atual
administração. O mau cidadão que despeja seu lixo nas ruas, praças e
logradouros públicos não vê no prefeito a autoridade de quem pode impedi-lo de
fazê-lo. O que fazem para limpar a cidade é apenas caiar os meio-fios.
Seja sobre
qual tema central for, o gabinete e os assessores de Laércio sempre saem pela
tangente, nunca abordam a questão central dos temas. Veja, por exemplo, o caso da Cultura, que
também é um tema importantíssimo. Fazem festas, festivais gastronômicos, mas
nada tem a ver com história e a identidade local. O Solar e o Museu Monlevade
seguem alheios a qualquer política pública cultural. Não há política de preservação
da Vila Operária. Não há socorro ao Colégio Santana (promessa de campanha). Como se pode promover um
festival gastronômico no Município, sem se abordar a batata-doce que foi o
principal produto agrícola e ingrediente das cozinhas das senzalas e do Solar
Monlevade?
Sair pela tangente
diante das questões administrativas do Município pode parecer o caminho mais
conveniente para que é, tecnicamente, apolítico. Contudo, a saída pela tangente
sempre leva à perda da trajetória.
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