terça-feira, 10 de junho de 2025

LAÉRCIO: UM GOVERNO DA TANGENTE

O prefeito de João Monlevade, Laércio Ribeiro, PT, chega perto de exercer 1/8 de seu terceiro exercício como chefe do executivo municipal, sem cumprir boa parte de suas promessas de campanha do mandato anterior.

E não são apenas vagas promessa que não são cumpridas. O PT e o gabinete de Laércio não abordam os maiores problemas do Município. Já há algum tempo é possível elencar o seguinte eixo de problemas centrais de João Monlevade: a péssima qualidade de um transporte público caro; a sujeira da cidade e a disposição inadequada do lixo doméstico, com reflexos para a dengue e, por fim, a falta de atendimento humanizado e profissional no Hospital Margarida.

Esses não os três maiores problemas enfrentados pelo Município há tempos. No entanto, o governo do petista Laércio Ribeiro age como se eles não existissem. O gabinete de Laércio, empossado há quatro anos e meio, não tem qualquer estratégia para enfrentá-los. Diante, do eixo temático Transporte público, limpeza e ordenamento públicos e política pública de gestão hospitalar o que se vê é o gabinete de Laércio escapando pela tangente, ou seja, uma ausência completa de governo.

Mas vou além, no caso, por exemplo, da limpeza pública, não acredito que apenas a substituição da empreiteira que presta o serviço seja o suficiente para resolver a grave situação de imundice geral que afeta a cidade. O histórico administrativo do município demonstra que apenas houve limpeza de fato quando a prefeitura prestou o serviço diretamente por meio da frente de trabalho, que é o que se esperava em se tratando de um governo do PT: a valorização do servidor público.  Ademais, a limpeza pública de ser conjugada com o ordenamento público, coisa que não existe na atual administração. O mau cidadão que despeja seu lixo nas ruas, praças e logradouros públicos não vê no prefeito a autoridade de quem pode impedi-lo de fazê-lo. O que fazem para limpar a cidade é apenas caiar os meio-fios.

Seja sobre qual tema central for, o gabinete e os assessores de Laércio sempre saem pela tangente, nunca abordam a questão central dos temas.  Veja, por exemplo, o caso da Cultura, que também é um tema importantíssimo. Fazem festas, festivais gastronômicos, mas nada tem a ver com história e a identidade local. O Solar e o Museu Monlevade seguem alheios a qualquer política pública cultural. Não há política de preservação da Vila Operária. Não há socorro ao Colégio Santana (promessa de campanha). Como se pode promover um festival gastronômico no Município, sem se abordar a batata-doce que foi o principal produto agrícola e ingrediente das cozinhas das senzalas e do Solar Monlevade?

Sair pela tangente diante das questões administrativas do Município pode parecer o caminho mais conveniente para que é, tecnicamente, apolítico. Contudo, a saída pela tangente sempre leva à perda da trajetória.     

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