quarta-feira, 13 de agosto de 2025

PREFEITO QUESTIONA SOBRE O OURO NAS BARRAGENS DE REJEITO DE ITABIRA


 

Itabira enfrenta o pesadelo das barragens de rejeito da mineração do ferro associado ainda ao fantasma do encerramento da atividade no município.  Em meio a tudo isso, o prefeito Marco Antônio Lage questionou recentemente a mineradora Vale sobre a ocorrência de ouro na lama depositada nas barragens de mineração.

Segundo registros do minerálogo francês João Monlevade, já de 1853, ferro e ouro são indissociáveis em Minas Gerais. Monlevade descreveu que as maiores minas de ouro são encontradas entre as camadas de ferro. Itabira já viveu uma febre do ouro em que muitos garimpeiros ocuparam uma das barragens de rejeito da Vale e tiraram dela muito ouro (foto). Quando o minério de ferro é lavado para beneficiamento e dele não se tira o ouro, o último vai parar no rejeito.

E não é só no rejeito, Minas Gerais ainda tem muito ouro, só que o mineiro de hoje não pode minerá-lo. Com o ouro a 600 Reais o grama, quando se vê algum mineiro minerando ele está sendo preso porque não conseguiu regularizar a atividade. É incrível como o mineiro parou de minerar o ouro. Na época em que vivíamos sob o jugo português, podíamos minerar, recebíamos a concessão da lavra e éramos donos das minas de ouro. Hoje não somos donos de nada, somos proibidos de minerar e somos presos quando mineramos. Quanta saudade de Portugal! Queremos a revogação do Código de Mineração atual e restauração da vigência do Regimento de Minas de 1710 que nos permitia minerar.

O prefeito de Itabira está certíssimo. Deveriam instituir uma cooperativa e deixar o povo de Itabira minerar o ouro que existe nos milhões de metros cúbicos de lama das barragens de rejeito do município. Seria muito bom para a economia e também uma compensação por parte da mineradora pelas décadas de exploração de Itabira.     

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