quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O Próximo Prefeito de João Monlevade



O próximo prefeito de João Monlevade, seja ele quem for, deve compreender que, para haver a retomada do processo de desenvolvimento do Município, se fará indispensável o desmonte de uma série de estruturas de poder montadas e mantidas por Carlos Moreira e Mauri Torres.
Os desafios que ele enfrentará serão, portanto, dois: primeiro, vencer as eleições; segundo, conseguir de fato implementar um projeto verdadeiramente desenvolvimentista para Monlevade. Não se gera desenvolvimento senão através do bom funcionamento das instituições governamentais locais. Contudo, já há algum tempo, as instituições governamentais monlevadenses se encontram aparelhadas apenas para servir ao projeto de poder de Mauri e de Moreira. E não se engane. Ou as instituições monlevadenses servem ao povo ou elas servem a projetos pessoais de poder. O resultado do que se vê na atual administração comprova que, aos dois, elas não podem servir. Então, será preciso muita coerência política dos pré-candidatos no momento de composição das chapas majoritárias que concorrerão ao pleito, pois ganhar as eleições até o Prandini ganhou. Mas, estabelecer um projeto de desenvolvimento para o Município, ele também não conseguiu, pois que depois de eleito optou por abrir mão da coerência política e conviver com tais estruturas.
Verifica-se agora uma forte dissidência dentro do grupo da Simone, que não pode ser confundida com oposição, pois ela pertence ao mesmo espectro político conservador da turma da prefeita. Guilherme Nasser e Fabrício Lopes não são oposição, são dissidentes da atual administração, eis que se consideraram preteridos ou pouco valorizados por ela. O péssimo resultado da administração da prefeita também alimenta a dissidência. Uma aliança para composição de chapa com o conservador Guilherme Nasser, por exemplo, representará grande obstáculo para a retomada do desenvolvimento do Município, pois que depois de eleito, ele certamente jamais desmontará aquilo que também serve a seu próprio projeto de poder. O momento demanda, sobretudo, coerência política para que o povo de João Monlevade não seja submetido a uma nova prandinada. Lembrando que Prandini deixou seu mandato com mais de 80% de reprovação popular, em meio a uma série de crises que o levaram a nem tentar a reeleição, apesar de jovem na época e a um auto-exílio de quase uma década em Juiz de Fora.

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