quinta-feira, 14 de novembro de 2019

NOTA ÀS CITAÇÕES DE MEU NOME NA EDIÇÃO DE HOJE DO JORNAL A NOTÍCIA




Não formo minha opinião por meio do jornal A Notícia, sobretudo quando o tema é a política local ou a de qualquer outro lugar. Tecnicamente, não se pode ver instalada a Democracia, quando não se tem uma Imprensa, verdadeiramente, livre. No quesito da isenção, o jornal A Notícia perde muito ao embutir marqueting político nas notícias que faz circular. É que o fundador e sempre editor-mor do jornal se auto-declara jornalista, mas ao mesmo tempo também se dedica ao ofício de marqueteiro de muitos políticos da região. E não adianta dizer que está se aposentando porque profissional liberal não se aposenta. Basta uma rápida pesquisa em seu perfil no Facebook para ler tantas de suas glórias, quantas as eleições ele diz já ter vencido na região. Ocorre que o jornalismo e o marqueting são profissões incompatíveis. Não se podem ser os dois ao mesmo tempo. Quando isto acontece, o marqueting engole o jornalismo e o resultado são peças publicitárias, travestidas de notícia, o que dificulta muito ao eleitor a consciência sobre a verdade fática que conduzirá seu voto na urna. Aliás, a maior inimiga do marqueteiro é a verdade. Ora, se tudo aquilo que o marqueteiro faz circular fosse verdade de fato, ele não precisaria ser contratado para fazê-lo. Todos veriam por si só. Não tenha dúvida, o marqueteiro jamais denunciará o seu cliente. É sempre uma no cravo e outra na ferradura: Monlevade virou a “casa da mãe Joana”, mas ninguém pode negar que a “prefeita é uma simpatia de pessoa”. Veja bem! Quando foi que o jornal A Notícia fez circular a a verdade sobre o interditado e inacabado hospital de 100 leitos improvisado no prédio do antigo terminal rodoviário, ao desperdício de muito mais de 22 milhões de reais (interrogação). Quando foi que mostrou a verdade sobre o calote de 1 milhão o Bingo do Hospital Margarida (interrogação). Quando foi que mostrou a verdade sobre a crise da provedoria com os médicos do hospital (interrogação). Nunca, nem vai mostrar. O jornal já recebeu até uma sede em terreno público de presente Carlos Moreira.
Hoje, ao comentar sobre a Farra do Lixo, etc, o jornalista e marqueteiro Marcio Passos, citou meu nome como autor da denúncia e logo em seguida, como sempre, imbuído do marqueting que o caracteriza, fez juízo de valor ao me identificar como “do grupo político do então prefeito Gustavo Prandini e que sucedeu Carlos Moreira no comando da prefeitura”. Em outra matéria da mesma edição, ainda me identificou como filiado ao PT, como se a denúncia se tratasse de revanchismo partidário. Lembro-me muito bem que na ocasião, o ex-prefeito Gustavo Prandini chegou a me desaconselhar a fazer a denúncia, o que não acatei. Fiz a denúncia porque vi que se tratava de esquema de corrupção, que causou prejuízo de mais de 3.9 milhões de reais em recursos públicos. E se o jornalista se dedicasse menos ao marqueting, saberia que a denúncia da Prandinet, que recentemente rendeu condenação a Prandini, também foi de minha autoria. Vereador não pode contratar com o Município. Quando vi o contrato de aluguel entre Djalma e Prandini, também representei, formalmente, junto ao Ministério Público. O resultado é a devolução de mais valores aos cofres públicos.
O Brasil precisa de uma profunda reforma nos meios de comunicação para varrer de vez o hábito de se misturar notícia com marqueting político, que vem desde o último período da ditadura militar na década de 80. Mas, enquanto isso não acontece, faça sua leitura com senso crítico, ciente de que o marqueting e o jornalismo são como água e óleo. Não forme sua opinião por meio de peças publicitárias. O verdadeiro jornalismo divulga, justamente, aquilo que os poderosos não quererem.

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