quarta-feira, 1 de março de 2023

Asfaltamento Inconsequente Agrava Risco de Afogamento na Trincheira do Moreira


Monlevade sofre com os efeitos das inundações sazonais não é de hoje. A abominável trincheira do Moreira, cavada no entorno do Posto Castelinho, é prova disso. Trata-se de uma galeria pluvial cavada sobre parte do leito da Avenida Wilson Alvarenga, ainda no desgoverno Carlos Moreira, com o intuito de resolver as freqüentes inundações naquele ponto da região central da cidade. Contudo, a trincheira jamais alcançou seu objetivo, porque foi mais uma obra realizada sem estudo técnico, hidrológico ou científico. A trincheira só fez com que grande quantidade da água da chuva corresse, velozmente, sobre o leito avenida, até encontrar uma saída para o ribeirão, o que passou a ocorrer no acesso à Estrada do Forninho, situação que muito possivelmente deve ter contribuído para aquele triste episódio em que um carro foi arrastado pela enxurrada naquele local, matando duas estudantes. Mas, a chamada Trincheira de Moreira não passou a representar um risco potencial apenas para aqueles que transitam no período de chuvas pelo acesso da Estrada do Forninho. Ela hoje representa um risco real de morte por afogamento a todos que por ela transitam no período chuvoso, considerando que se encontra instalada numa das principais artérias viárias do Município. A trincheira do Moreira é a única galeria pluvial que conheço, isto é, uma passagem de grande quantidade de água da chuva, que ao mesmo tempo também é, inadvertidamente, aberta ao tráfego de veículos automotores, uma receita, potencialmente, perigosa. Como demonstra o vídeo anexo, na semana retrasada, um ônibus da Enscon, repleto de passageiros, ficou ilhado por horas, em meio ao alagamento, bem ao lado da trincheira, enquanto a altura da água subia. Por muita sorte e experiência, o motorista não passou com o ônibus pela pista de dentro da trincheira. Se o tivesse feito, o que não é incomum, o risco de morte por afogamento dele e dos daqueles passageiros teria sido real, já que a galeria tem mais de 4 metros de profundidade.
De outro lado, no governo Laércio/Fabrício, além da ausência completa de política pública para lidar como as inundações, para preparar o Município para as mudanças climáticas, etc, o que se vê é o asfaltamento eleitoreiro de novos loteamentos e de ruas já calçadas, o que, numa cidade normal já agravaria os prejuízos causados pelos alagamentos, mas que, em se tratando de João Monlevade, potencializa ainda mais o risco já existente de morte por afogamento na trincheira.
Fabrício tem que compreender que a cada rua que ele asfalta à montante da trincheira para pavimentar sua campanha à Prefeitura em 2024, sem tomar providências para mitigar a ocorrência de inundações, ele e Laércio potencializam o risco de morte por afogamento dentro daquela galeria pluvial, aberta ao trânsito de veículos.
Governar é, sobretudo, agir com responsabilidade. Como o atual secretário de planejamento que é, não vejo Fabrício elaborar um plano de contingência para impedir que veículos adentrem a trincheira, momentos antes dela transbordar, nem para treinar os socorristas caso o pior aconteça. É muita irresponsabilidade asfaltar à torto e à direita (literalmente), sem um plano de manejo para a perigosa trincheira do Moreira, estabelecido no âmbito da Defesa Civil, etc. Como sempre, estão aguardando o pior acontecer para tomarem nenhuma providência. E lembre-se, ao menor sinal de chuva, jamais passe pela trincheira do Moreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.