sábado, 31 de outubro de 2009

A Linha Azul e o Trânsito Nosso Caótico de Cada Dia

A entrada para a Linha Azul, ao lado do Centro Educacional ficou ótima. Já o semáforo instalado na Av. Getulio Vargas já está embaraçando ainda mais o caótico trânsito no centro da cidade. Parece que o benefício trazido pelo novo acesso construído no Centro Educacional será perdido no embaraço do semáforo instalado na esquina da casa do Prefeito. Além do mais, convenhamos, a Linha Azul é um projeto que já nasce estrangulado, vês que entre o Bairro de Lourdes e o Nova Esperança existe um ponto onde só passa uma carro por vez.
A verdade é que a Linha Azul, apesar de demonstrar a preocupação da Prefeitura para com um problema recorrente em Monlevade, não vai resolver a questão do trânsito de Carneirinhos, como tem ansiosamente esperado a população. E, politicamente, isso é preocupante. Parece que faltou explicação por parte da prefeitura a respeito do verdadeiro papel da Linha Azul nosso trânsito. A linha Azul nada mais é do que um acesso alternativo do o centro à Av. Alberto Lima. O problema político é que o povo tem a impressão de que ela vai resolver todo o problema do transito de Carneirinhos. Como é certo de que apenas a Linha Azul não vai resolver um problema tão complexo, depois de pronta, o povo vai ter a sensação de que ela não serviu de nada. De que foi gasto uma fábula de dinheiro e que nada mudou. Aí , politicamente, a vaca vai pro brejo.
Basicamente, o problema emergencial do trânsito é muito mais complexo do que se imagina e pode ser dividido em três elementos: falta de espaço, falta de sinalização, principalmente a horizontal; e falta de educação para o trânsito.
Temos que escolher: ou destinamos o pouco espaço que temos em nossas vias para o estacionamento de veículos ou o destinamos ao trafego. O estacionamento de veículos, prinipalmente, ao longo da Av. Wilson Alvarenga, entre a Embrauto e a Praça do Lindinho está emperrando por completo o trânsito no centro. O CETRAN tem que proibir o estacionamento naquele trecho da avenida. Obviamente, tirar os carros estacionados da avenida gera um outro problema: onde coloca-los? A solução é construir estacionamentos públicos, onde o cidadão possa deixar seu carro. Existem dois lugares ótimos pra isso: o terreno ao lado do Zamburguer e o prédio inacabado em frente ao Centro Educacional. Ambos os lugares permitem acesso, tanto à Av. Getúlio Vargas, quanto à Av. Wilson Alvarenga e são bastante amplos a ponto de comportarem centenas de carros.
Feito isso, devemos instalar a sinalização horizontal de forma a dividir o leito da via em quantas pistas for possível. Temos que extinguir de vez do trânsito monlevadense a política da fila única que sempre vigorou na cidade. É incrível! O molevadense se recusa a ocupar todo o espaço da via. Ou ele trafega pelo meio da rua, ou ele trafega apenas pela esquerda. O que tem acontecido é que numa via onde passam dois ou três carros por vez, tem passado apenas um. Essa situação tem colaborado muito para os engarrafamentos. Onde houver espaço para dois ou três carros trafegarem um ao lado do outro, é assim que deve ser. Em Belo Horizonte e nas outras metrópoles, o transito é assim -simultâneo- e não como o da daqui, onde se trafega apenas um carro por vez. Onde passa um boi, passa uma boiada. Onde passam dois bois, passam uma boiada na metade do tempo e niguem tem tempo pra perder no trânsito.
Por fim, é preciso educação para o trânsito. Os guardas de transito do CETRAN não devem apenas ter o papel de fiscalizadores. Devem também exercer uma abordagem mais educativa junto aos pedestres e motoristas. Devem, por exemplo, orientar os motoristas e transeuntes para que respeitem a faixa de pedestre, devem orientar os motoristas a trafegarem de forma simultânea, devem orientar o trânsito em pontos em complicados, nos quais os engarrafamentos são constantes e etc. Já passou da hora do guarda de trânsito assumir seu papel de educador e orientador do trânsito em Monlevade. Onde houver engarrafamento o SETRAN deve agir. E.... claro, a médio e longo prazo, é preciso planejamento e ensinar nas escolas municipais os valores e a legislação de transito, afinal a escola não deve apenas alfabetizar, deve, sobre tudo, produzir cidadãos.

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