quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Incoerência Editorial: jornais que comemoram os 200 anos da chegada de Monlevade se calam diante da destruição do patrimônio histórico



Neste ano de 2017, em que são comemorados os 200 anos da chegada de João Monlevade ao Brasil, vi muito jornal local escrevendo sobre a história de Monlevade. Houve até os que comemoram os 200 anos da chega de Monlevade ao lugar que hoje é o município homônimo, o que não é verdade pois se acredita que o pioneiro só tenha se instalado aqui, a partir de 1824 ou 25. Evidência histórica que se tem sobre a instalação de Monlevade em São Miguel remete ao ano de 1828, que também é o ano da chegada do Martelo de Forja a Vapor e demais equipamentos. O que ouvi de bobagem sobre a história de Monlevade neste ano! Os que se saíram melhores foram os que plagiam textos, descaradamente.
Estranho é que, neste mesmo ano de 2017, só não vi os mesmos jornais denunciarem a situação de abandono e de depredação por omissão em que se encontra o Museu Monlevade, destelhado, fechado e com o acervo se perdendo na chuva, como é o caso do Engenho de Pilões de Monlevade, cuja roda d’água desabou, recentemente. 
Donde se conclui que o interesse dos jornais locais pela história de Monlevade não passa de um vergonhoso engodo editorial, pois se de fato apreciassem a história e a identidade locais, não se furtariam ao papel de Imprensa para denunciar a destruição das peças do Museu, como tem ocorrido. Falta coerência ao editorial de jornal que, oportunistamente, comemora os 200 anos da chegada de Monlevade ao Brasil e, ao mesmo tempo, se calam diante da irreparável perda do patrimônio histórico monlevadense.

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