quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Artifício de Moreira para se manter no poder tem reprovação derradeira na omissão aos atingidos pelas chuvas




Para quem ainda restava alguma dúvida a sobre a viabilidade administrativa do artifício utilizado pelo ex-prefeito inelegível Carlos Moreira para se manter no poder , ou seja, o mandato da prefeita Simone, agora, depois das conseqüências do imenso volume de chuvas das últimas semanas, não resta mais.
Infelizmente, como pôde ser observados ao longo dos últimos 3 anos, a conquista da primeira mulher eleita prefeita de João Monlevade não se deveu a uma consciência sobre o avanço dos direitos políticos da mulheres, mas sim, tratou-se apenas de um artifício engendrado por Carlos Moreira para se manter no poder, apesar da cassação de seus direitos políticos.
Do primeiro dia de mandado até os atuais, não se viu acontecer na Prefeitura, absolutamente, nada que dependesse da liderança política da prefeita. A cidade está suja, imunda, registrou 4 óbitos por dengue no ano passado e segue, desnorteada, sem um plano de desenvolvimento, vivenciando um caos na saúde, sucateamento na educação, ausência total de atmosfera cultural, crise profunda no Hospital Margarida, etc, etc. E é obvio que um programa de prevenção e de atendimento aos atingidos pela chuva também é algo que depende de liderança política para acontecer. E não também houve nada neste sentido. Não houve um plano de contingência específico para os já conhecidos pontos de alagamento e de risco geológico da cidade. Não houve monitoramento do nível do rio, nem manutenção prévia da rede pluvial e das válvulas de contenção de enchentes no Bairro Santa Cruz. Não houve nada.   
E pior do que a ausência de prevenção foi a resposta do governo Simone/Moreira para o ocorrido. Depois de inundado, foram várias horas para que alguém da prefeitura aparecesse no bairro Santa Cruz. Não houve cadastramento dos atingidos, nem encaminhamento dos mesmos para abrigos, nem organização dos donativos ou coisa parecida.  No momento seguinte ao alagamento do bairro não havia sequer caminhão da prefeitura disponível para o socorro.  Tudo o que gerou bastante indignação dos atingidos e vídeos contundentes de cobrança que circularam pelas redes sociais. Aí, o governo saiu da posição de mero espectador e passou agir, mas não para socorrer os atingidos, mas sim para punir os que ousavam protestar. Absurdo derradeiro foi quando a prefeitura anunciou que os donativos feitos pela população para os atingidos do Bairro Santa Cruz seriam encaminhados para os centros comunitários de outros bairros. Em suma, foi um triste espetáculo de incompetência, omissão, perseguição, censura e completa ausência de liderança política por parte da prefeita.
É preciso que o cidadão enxergue que o estratagema utilizado por Moreira para se esquivar da cassação de seus direitos políticos e se manter no poder através de sua consorte conjugal, simplesmente, não funcionou, como já era esperado, até porque a inelegibilidade deve ser encarada de antemão como sinal esgotamento político. O monlevadense tem tido a oportunidade de aprender com a experiência própria que a liderança política necessária às ações de governo só pode acontecer quando a pessoa que ocupa a cadeira de Chefe do Executivo é a mesma  que comanda a administração pública, pois 2020 é ano de eleições municipais.  

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