É natural e necessário que o partido ou a coligação vencedora das eleições busque ampliar a sua base política, após o pleito. Contudo, tal ampliação deve observar princípios éticos mínimos no campo político. Não se pode, por exemplo, fazer alianças com adversários diametralmente opostos: água e óleo não se misturam. Um caso exemplificativo é o de Teles do PA. Teles tem raízes fortes no grupo de Moreira, um adversário diametralmente oposto ao governo Prandini. Mesmo assim, ele foi acolhido politicamente pelo prefeito. Pragmático, Teles assumiu um cargo no governo e, posteriormente, com a cassação de Robertinho, assumiu sua cadeira no Legislativo, junto aos oposicionistas na Câmara. Surpresa? Traição? Não. Teles simplesmente se demonstrou fiel ao grupo moreirista.
O mais sensato, politicamente, seria que o atual governo buscasse uma maior aproximação com Dona Conceição Winter e seu grupo, a final a peemedebista conquistou um patrimônio eleitoral de mais de 10.000 votos no ultimo pleito e sua sigla se caracteriza como um partido de centro, ou seja, não é diametralmente oposto ao governo. Dorinha é ótima, mas não possui o patrimônio político-eleitoral de Conceição.
Contudo, inacreditavelmente, o que se viu foi o contrario. O governo se aproximou sistematicamente dos morerista, agraciando-os com cargos e mais cargos, principalmente, na área da Saúde; na medida em que deprimiu e decotou a sua base original: aquela que elegeu Gustavo Prandini prefeito. Vários soldados de Prandini foram colocados de fora do governo. Vários..., inclusive presidente de importante partido integrante da coligação Monlevade em Boas Mãos. Sem falar no modo de governo que foi implantado na Prefeitura, no qual partido político não tem voz, onde quem toma decisões é Emerson Duarte, que não possui respaldo político e nem foi eleito para tal, o que colabora mais ainda para a redução da base política de Prandini, haja visto o inconformismo natural que tal situação gera numa base que não é ouvida e nem possui espaço político no governo.
De fato, hoje, a base que sustenta Prandini é formada praticamente pelo Partido dos Trabalhadores e ninguém mais, salvo raras exceções. Aquela base ampla e forte que se concretizou como a maior condicionante para a eleição do prefeito não existe mais.Tem base???
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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Fernando,
ResponderExcluirA única coisa que não tem base é barraco de favela. Aprendi com um amigo que em política, tudo é possível, em breve veremos até boi voar!