No Brasil tudo é proposital. Nada é coincidência. Como temos
uma elite que, historicamente, vive de desvios, essa mesma elite monta para o
país um sistema policial concebido apenas para alcançar e ainda sim, com muita
precariedade, os crimes tidos como comuns, deixando de lado modalidades
criminosas elitistas como os crimes do colarinho branco, contra o sistema
financeiro, contra a Administração Pública e etc.
Já viu delegado de polícia prender prefeito por crime contra
a Administração Pública? Eu nunca! É porque o nosso modelo policial foi feito
para não alcançar a elite. E ainda queriam retirar do Ministério Público a
prerrogativa para investigar...
Problema de segurança pública é, inicialmente, problema de
polícia. Enquanto for mantido o atual modelo policial, concebido para não
funcionar, constituído por duas polícias que se rivalizam: a Militar, que tem
sua origem no controle e punição de escravos indisciplinados nos centros
urbanos do Brasil Colônia e não investiga por força da Constituição e a Civil, que também não investiga por falta de aparelhamento,
condições de trabalho, cultura investigativa e etc pouco ou nenhum avanço se
terá em matéria de segurança pública.
Na violência urbana brasileira, por exemplo, são cometidos
anualmente 50 mil homicídios e destes menos de 10% são elucidados pela polícia.
É preciso modernizar a polícia brasileira, unificar os dois
contingentes em apenas uma polícia que seja investigativa, mais capacitada, submetida a um forte
controle externo, que gere dados e informações e que também passe a atingir a
elite corrupta deste país..
Fernando, ainda bem que estamos presenciando as prisões do Mensalão. "Companheiros" do PT que assumiram cargos públicos para roubar. É difícil delegados prender prefeitos, mas já vimos presidente, tesoureiro e outros do PT irem pra cadeia. Apesar de não acreditar nisso, a ação desses ladrões confirma o que alguns dizem que "um homem honesto entrar na política é fácil, difícil é sair honesto". Os companheiros não resistiram à oportunidade de ganhar um por fora. Não há partido político ileso nesse país, cada dia há novo escândalo com uma sigla. Victor G. Gomes
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