A charge veiculada na edição da última sexta-feira do Jornal
A Notícia, estampada com figuras de ratos em meio ao lixo, comemorando a suspensão
da licitação da limpeza urbana, ocorrida recentemente, apenas confirma a vigência
da Teoria do Bode em
João Monlevade.
Isto é, a imundice em que se encontra a cidade não deve ser creditada
apenas à incompetência e à falta de liderança do governo torresmista, mas também
à estratégia de se levar essa situação a um extremo insuportável para que
contratos com grande potencial lesivo aos cofres públicos passem a ser
justificáveis, frente o senso comum.
Esquecem-se os adeptos da Teoria do Bode que no Estado
democrático de Direito, apenas a lei é capaz
de criar a liberdade, a igualdade e a fraternidade e para aqueles que se
valem de tal estratégia para atingir objetivos desassociados do interesse público
tem-se sobrado apenas a inelegibilidade, a cassação dos direitos políticos, além
de várias outras severas sanções.
Somente a lei pode trazer exceções à sua aplicabilidade e no
bojo da Lei de Licitações não está consignado que se pode proceder a uma concorrência
pública com fortíssimos indícios de direcionamento e de superfaturamento para
contratação de empresa para limpeza urbana local, caso a cidade se encontre,
por exemplo, em completo estado de uma imundice geral. Aliás, limpeza pública trata-se de um serviço
essencial que deve ser prestado pelo administrador já no primeiro dia de seu
mandato.
Certo é que neste episódio de suspensão da licitação não foram os ratos que comemoraram. Os ratos foram contrariados e devem estar muito irritados. Foi o povo quem comemorou a salvaguarda de recursos públicos que devem ser convertidos para o bem comum e ninguém mais.
Certo é que neste episódio de suspensão da licitação não foram os ratos que comemoraram. Os ratos foram contrariados e devem estar muito irritados. Foi o povo quem comemorou a salvaguarda de recursos públicos que devem ser convertidos para o bem comum e ninguém mais.
Parabéns à turma do Transparência Monlevade por estar representando bem a comunidade de nossa cidade, fazendo o trabalho de vereadores e da oposição, na fiscalização e denúncia pública de possíveis irregularidades da administração municipal. Muito bem destacado o fato da limpeza passar a ser uma emergência, ao invés de ser uma obrigação diária.
ResponderExcluirSigam em frente.
Ricardo Menezes