Como se vê, o dicionário tem uma definição de milícia muito diferente daquilo que ocorre nos subúrbios e nos morros do Rio de Janeiro. Aliás, além de não designar o que acorre no Rio, milícia é um termo de sonoridade amena, nada alarmante. Quando se diz milícia, ninguém olha. Muito diferente de se dizer “máfia”. Isso sim é uma palavra de sonoridade e significados alarmantes. “Máfia” até se inicia com a sílaba “má” que é o feminino de mau. Falou em máfia, todos se alarmam. E é a realidade nua e crua do que acontece no Rio de Janeiro em outras capitais.
Quando determinado grupo paralelo ao Estado de agentes armados, passam a disputar, violentamente, regiões geográficas do Rio de Janeiro, onde obrigam a população à adesão e ao pagamento compulsório de uma série de serviços como fornecimento de internet, TV a cabo, gás, água e, principalmente, de serviço de segurança contra a própria violência que eles mesmos produzem, o nome de tal situação é “máfia” e não “milícia”, como demonstrou o Aurélio. E enquanto as milícias não forem tratadas como aquilo que elas realmente são, ou seja, máfias, tal situação absurda jamais será resolvida.
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