sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Como identificar uma fake news


Atualmente, muito se debate a respeito das notícias falsas ou fake news, tão divulgadas nos novos meios de mídia, e de seus efeitos na desinformação da sociedade.
Contudo, ao contrário dos meios de comunicação tradicionais como rádio e televisão, os novos meios de mídia impulsionados pela internet, além de comportarem conteúdo que não é pautado pelos primeiros, também fornecem eles próprios as ferramentas e os subsídios para a aferição se determinada notícia é falsa ou verdadeira, pastando para tal, uma análise mais detida da matéria ou uma pesquisa na própria internet, vez que hoje já existem páginas especializadas em desbaratinar as fake news.    
Outra maneira de se identificar uma fake news é ater-se às informações trazidas pela própria matéria. Uma fake news, como qualquer mentira, é esvaziada de dados concretos e específicos, como local, data, identificação dos envolvidos, etc. Para exemplificar, cito matéria divulgada no blog local, Tenda Vip, em 17 de outubro de 2018:


"PROVEDOR DO HOSPITAL MARGARIDA É CONVIDADO A PALESTRAR NOS EUA


O provedor do hospital Margarida e especialista em Coaching, José Roberto Fernandes, foi convidado para dar um treinamento em Connecticut, nos EUA. Ele comandará uma equipe de brasileiros em palestras comportamentais e de desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, José Roberto realiza diversos treinamentos no Brasil. Recentemente ele participou de um intensivo de três dias na Contabilidade Arthuso e realizou treinamentos no hospital Margarida com médicos, diretores e funcionários."

Note que a matéria em análise diz que o provedor do Hospital Margarida, José Roberto Fernandes foi convidado para palestrar em Connecticut, nos EUA. Contudo, a mesma matéria não diz em qual condado, em que dia e em qual instituição a palestra será realizada. Connecticut é um dos 50 estados dos EUA e, apesar de relativamente pequeno, possui vários condados ou municípios.  Neste caso específico, o tema da suposta palestra também causa estranheza. Imagine o atual provedor do Margarida, condenado pelo TJMG a se abster de difamar, covardemente, médico da casa; perseguidor da AAHM; acionador de polícia contra outro medido do hospital, destruidor do Bingo, etc, etc, tem condições de dar palestra comportamental de desenvolvimento pessoal? Parece piada de mau gosto! O atual provedor pode até ter ido a Connecticut, mas não foi para palestrar. Ainda, especificamente, neste caso, outro ponto que deve ser considerado na análise do exemplo de fake news apresentado é sua autoria. Trata-se de publicação de autoria de Thiago Moreira que, apesar de se apresentar como jornalista, mantém contrato de marketing com o Hospital Margarida.  Ou seja, a matéria, além de fake, é paga. 
Então, não se deixe enganar. Desconfiou que é fake news? Analise a fundo as informações colocadas ou a ausência delas e , se for o caso, faça uma rápida pesquisa na própria internet para se certificar da verdade. Ao contrário da rádio e da televisão, a rede mundial de computadores dispõe de muitos recursos para o cidadão se proteger da desinformação causada pelas fake news.      


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