Atualmente, muito se debate a
respeito das notícias falsas ou fake news, tão divulgadas nos novos meios de
mídia, e de seus efeitos na desinformação da sociedade.
Contudo, ao contrário dos
meios de comunicação tradicionais como rádio e televisão, os novos meios de mídia
impulsionados pela internet, além de comportarem conteúdo que não é pautado pelos
primeiros, também fornecem eles próprios as ferramentas e os subsídios para a aferição se determinada notícia é falsa ou
verdadeira, pastando para tal, uma análise mais detida da matéria ou uma pesquisa na própria internet, vez que hoje
já existem páginas especializadas em desbaratinar as fake news.
Outra maneira de se identificar
uma fake news é ater-se às informações trazidas pela própria matéria. Uma fake
news, como qualquer mentira, é esvaziada de dados concretos e específicos, como
local, data, identificação dos envolvidos, etc. Para exemplificar, cito matéria divulgada no blog local, Tenda
Vip, em 17 de outubro de 2018:
"PROVEDOR DO HOSPITAL MARGARIDA É CONVIDADO A PALESTRAR NOS EUA
O provedor do hospital Margarida e especialista em Coaching,
José Roberto Fernandes, foi convidado para dar um treinamento em Connecticut,
nos EUA. Ele comandará uma equipe de brasileiros em palestras comportamentais e
de desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, José Roberto realiza
diversos treinamentos no Brasil. Recentemente ele participou de um intensivo de
três dias na Contabilidade Arthuso e realizou treinamentos no hospital
Margarida com médicos, diretores e funcionários."
Note que a matéria em análise diz que o provedor do Hospital
Margarida, José Roberto Fernandes foi convidado para palestrar em Connecticut,
nos EUA. Contudo, a mesma matéria não diz em qual condado, em que dia e em qual
instituição a palestra será realizada. Connecticut é um dos 50 estados dos EUA
e, apesar de relativamente pequeno, possui vários condados ou municípios. Neste caso específico, o tema da suposta palestra também causa
estranheza. Imagine o atual provedor do Margarida, condenado pelo TJMG a se
abster de difamar, covardemente, médico da casa; perseguidor da AAHM; acionador
de polícia contra outro medido do hospital, destruidor do Bingo, etc, etc, tem condições de dar
palestra comportamental de desenvolvimento pessoal? Parece piada de mau gosto! O atual provedor pode até ter ido a Connecticut, mas não foi para palestrar. Ainda, especificamente, neste caso, outro ponto que deve ser considerado na análise do exemplo de fake
news apresentado é sua autoria. Trata-se de publicação de autoria de Thiago
Moreira que, apesar de se apresentar como jornalista, mantém contrato de marketing
com o Hospital Margarida. Ou seja, a
matéria, além de fake, é paga.
Então, não se deixe enganar. Desconfiou que é fake news?
Analise a fundo as informações colocadas ou a ausência delas e , se for o caso,
faça uma rápida pesquisa na própria internet para se certificar da verdade. Ao contrário da rádio
e da televisão, a rede mundial de computadores dispõe de muitos recursos para o cidadão se proteger
da desinformação causada pelas fake news.
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