segunda-feira, 20 de abril de 2020

COVIDE-19: PARA JUSTIFICAR OBRA DE 22 MILHÕES DO SANTA MADALENA IRRESPONSABILIDADE PASSA DOS LIMITES




A tentativa fracassada e mal intencionada de se adaptar no antigo terminal rodoviário um hospital de 100 leitos, ao custo de muito mais de 22 milhões de reais em recursos públicos da saúde, é certamente o maior absurdo político-administrativo da história de João Monlevade. Volto a repetir: se o Brasil contemporâneo fosse de fato um país sério, seu idealizador, o ex-prefeito inelegível Carlos Moreira, estaria hoje na cadeia, ao lado de empreiteiros e de seus assessores que avalizaram aquela obra multimilionária, que nunca alcançou a sua finalidade, até porque o sistema público de saúde do Município tem demonstrado que não comporta dois hospitais, devido às sistemáticas crises do Hospital Margarida.   
Com aquele que também é, sem dúvida, o maior exemplo de corrupção e de incompetência administrativa municipal, o pretenso hospital Santa Madalena de Carlos Moreira, João Monlevade já perdeu uma Rodoviária muito bem estruturada e localizada, muito mais de 22 milhões de reais em recursos públicos da saúde, a promessa de um hospital de 100 leitos que jamais saiu do papel, o Pronto Atendimento e corre o risco de perder a Policlínica que, recentemente, também foi transferida para aquele Frankenstein de concreto. A verdade que não é divulgada no programa de rádio do ex-prefeito é que aquele trambolho multimilionário, tecnicamente, não se encontra apto a abrigar nenhuma estrutura de atendimento à saúde da população, vez que o projeto de execução da obra não respeitou os parâmetros mínimos definidos pela vigilância sanitária para a construção de uma unidade de saúde viável, ou seja, ali pouco importava o que estava sendo construído, desde que as empreiteiras amigas do rei faturassem aquelas dezenas de milhões de reais.
 Agora, em plena pandemia, o governo do casal Simone/Carlos Moreira anuncia que instalará ali, naquele prédio do antigo terminal rodoviário, impassível de alvará sanitário de funcionamento, uma central de atendimento para pacientes com suspeita de terem contraído a Covide-19. A exemplo da transferência do PA e da Policlínica, trata-se de mais uma tentativa desesperada e, sobretudo, irresponsável de se conceder uma finalidade para aquele elefante-branco que não apresenta as mínimas condições técnicas nem para ser um posto de saúde e assim, buscar ofuscar o imenso delito administrativo representado por aquele devaneio admin$trativo.
Tudo devido à incapacidade das instituições em dar uma solução definitiva para aquele que é um verdadeiro crime de lesa-pátria monlevadense. A imprensa local jamais entrou ali para expor a verdade sobre aquela obra. Já viu, por exemplo, o jornal A Notícia rastrear os recursos públicos que foram gastos no pretenso hospital Santa Madalena?  Não viu e nem verá, seus jornalistas também são marqueteiros de políticos e ali tem o dedo, a mão e o braço de Mauri & Cia. Já viu os vereadores encamparem qualquer causa pela resolução do Santa Madalena? Jamais, a maioria é fisiologista e há até aqueles cujos parentes estão empregados no sistema público de saúde. Já viu o Ministério Público entrar ali? De jeito nenhum, aquela obra multimilionária tem intere$$es de Aécio, Rodrigo de Castro & Cia.
Mas agora é diferente, o Município vivencia um estado de exceção sanitário e irresponsabilidade tem limite.  Utilizar aquela estrutura que não é passível de alvará sanitário, que não tem ventilação, iluminação natural e é completamente insalubre, como definido recentemente pelos próprios profissionais da saúde que lá trabalham, para o atendimento preliminar de pacientes com suspeita da Covide-19 pode custar muitas vidas. Ora, se o pretenso hospital Santa Madalena não é passível de alvará sanitário,  significa que ele não reúne as condições para, por exemplo, impedir os processos infecciosos, etc. E com vida humana não se brinca, muito menos para justificar uma incompetência que já custou tanto ao monlevadense! Dinheiro, Rodoviária, etc, o Município pode reavê-los, mas as vidas humanas são insubstituíveis.        

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