quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Avessos à Política e Incoerentes: Os Filhos da Mídia a Serviço de uma Elite Parasitária

Neste ano de 2013, em que o povo brasileiro, finalmente, saiu às ruas para protestar contra a corrupção, a ineficiência na prestação dos serviços públicos, a falta de representatividade do sistema político nacional, além de várias outras coisas, o que mais chama a atenção é a quase completa aversão dos manifestantes em relação aos partidos políticos.
São os filhos da grande mídia nacional que, à serviço do histórico parasitismo da elite brasileira, vem embutindo, diuturnamente, no imaginário da coletividade a falácia de que a política é um terreno tão tortuoso e tão pantanoso, que o cidadão de bem não deve se envolver. Assim, criam o cenário perfeito para a perpetuação de um sistema político-administrativo que não representa o povo brasileiro, não presta serviços públicos de qualidade e é, extremamente, corrupto.   
A grande incoerência disso tudo é que se as vozes que protestam pelas ruas não forem canalizadas para dentro dos programas dos partidos políticos, as mudanças tão desejadas por essa nova classe-média brasileira jamais ocorrerão, democraticamente. Terão que pegar em armas ou usar de outros meios perigosos e indesejados a fim de alcançarem seus objetivos, pois sem partido político não existe exemplo de democracia bem sucedida no mundo.
Os manifestantes devem compreender que o problema não reside nos partidos políticos, mas sim no sistema político nacional, que da forma em que está engendrado, não permite o diálogo entre aquilo que a sociedade almeja e aqueles que a governam.
Daí, a importância basilar da reforma política neste momento.
Os episódios de violência e de quebra-quebra que têm se exacerbado país à fora são o resultado psicológico direto deste processo:  cidadãos adestrados pela mídia no sentido de que não devem se envolver com a política não encontram um meio de efetivar soluções para suas insatisfações, vez que, na democracia verdadeiras, este é o papel dos partidos políticos, e, desacreditados e frustrados, usam do último meio disponível para tal que é o quebra-quebra geral.
Hoje, a sociedade brasileira colhe nas ruas a violência, que, desde a redemocratização de 1988, tem sido plantada por uma mídia que violenta o cidadão ao adestrá-lo, covardemente, a não participar da vida política do país, dos estados e dos municípios.           

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