Como era desconhecido do público em geral até poucos meses
antes do pleito, Teófilo Torres teve sua eleição impulsionada por dois vetores
convergentes básicos: o primeiro, o péssimo resultado e a histórica rejeição
popular alcançada pelo governo Prandini que, obviamente, contaminou o
adversário PT e o segundo, a crença na figura de um falso mito que, ao longo
destes últimos 20 anos, tem sido, enganosamente, embutida no imaginário do
eleitorado que se submete à manipulação de setores da imprensa escrita local e
ao controle político-ideológico mantido na Rádio Cultura: o pai do prefeito, o
conselheiro do TCE de Minas, Mauri Torres, em torno do qual se atribuiu o poder
mitológico de “não permitir o fracasso do governo do filho” e de “ter acesso à
senha do cofre do governo de Minas para uma enxurrada de recursos para João
Monlevade”.
Pois é...até o momento, Mauri não manifestou poder algum e a
administração do filho parece uma réplica de seu fracassado antecessor,
acrescida de cortes nos serviços públicos acarretados pelo Choque de Gestão. E
por um motivo simples: Mauri não é o mito que prega a mídia controlada e
conchavada de João Monlevade.
Muito pelo contrário, nos mais de 20 anos em que foi
deputado estadual, Mauri, por exemplo, jamais se mostrou entusiasmado com temas
da alçada do cargo que ocupou, como a instalação, em João Monlevade , de
uma unidade do Corpo de Bombeiros, do IML, de estrutura para a Polícia Civil,
etc. Tanto foi assim que Monlevade vive carências extremas nesses setores. Será
que 20 anos não foram suficientes?
Isso sem falar no envolvimento do conselheiro Mauri Torres e
de seus assessores no Mensalão Tucano ou Valerioduto Mineiro. Não é requisito
para a investidura em cargo de conselheiro do TCE a reputação ilibada? Pode
ostentar reputação ilibada quem avaliza um cheque no valor de 1 milhão de reais
para a empresa SMP&B de Marcos Valério?
Mas, parte da mídia local não publica a verdade sobre Mauri
e, ao contrário, fica divulgando que o
pai do prefeito tem status de desembargador, o que é uma mentira, pois
desembargador é membro de Poder, o que conselheiro não é: Tribunal de Contas
não é Tribunal do Judiciário, mas sim órgão que auxilia a Assembléia.
De qualquer forma, essa dura realidade vivenciada pelo povo
monlevadense, certamente, deva servir para alguma coisa: criar a oportunidade,
definitiva, para a desconstrução de um falso mito há muito criado em João Monlevade. O
julgamento do Mensalão Mineiro vem aí...
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