quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Avançou

Sinterização da Arcelormittal: possível aumento de emissão de particulado que não tem relação direta com a duplicação da produção do fio-máquina. 

Diante da histórica tendência da imprensa local em colocar a Arcelormittal dentro de uma redoma de cristal que o poderoso grupo siderúrgico, obviamente, não cabe, até mesmo pelas razões de modernidade em que a própria Usina se insere, a  matéria veiculada na edição do Jornal A Notícia da última sexta feira, parece ter feio avançar um pouco a relação de diálogo constante que deve haver entre o povo de João Monlevade e uma empresa que se pretenda moderna, não apenas em relação às suas técnicas e equipamentos de produção, mas, principalmente, no trato com as pessoas que estão, diretamente, submetidas às diversas conseqüências de sua atividade.
Com o título “Usina reforma equipamento de proteção ambiental”, o bi-semanário tratou e, realmente, informou a respeito da situação de um setor da Usina nevrálgico para a população que vive em seu entorno, sob o ponto de vista (ambiental) da emissão de particulado na atmosfera: a Sinterização.
Faltou só esclarecer se o sinter que, recentemente, começou a ser exportado pela Usina também tem sido produzido na Sinterização local, o que, além de explicar o aumento sensível da precipitação do particulado sobre bairros como a Vila Tanque, por exemplo, também poderia servir como objeto de um início de discussões na busca de se amenizar o problema.
Trata-se de uma informação importante, já  que se, realmente, o sinter exportado estiver sendo produzido na planta monlevadense, significa que a atividade da Sinterização aumentou muito, consequentemente, também aumentando a emissão do particulado, o que deveria levar as autoridades do Município a discutirem com a Usina uma forma de mitigar essa nova realidade de aumento da poluição atmosférica local.    
A julgar pelos vagões carregados de sinter que aparecem na foto divulgada junto da matéria em comento (que não são aqueles usados para trazer o minério do Andrade), a resposta parece ser a de que "sim, o sinter tem sido produzido aqui".             

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