terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pacto Umbilical em Alta

Na prática, o decreto que retira dos secretários sua autonomia para ordenar despesas e as concentra nas mãos do prefeito revela que o Pacto Umbilical permanece mais forte do que nunca. Para aqueles que ainda não sabem do que se trata, Pacto Umbilical é aquele modelo de gestão específico, no qual o assessor de governo Emerson Duarte toma, exclusivamente, as decisões político-administrativas e Prandini, automaticamente, assina em baixo. Essa manobra, além de centralizar ainda mais poder nas mãos de quem realmente manda, ou seja, do assessor de governo, sugere a intenção de controle sobre aqueles secretários ou outros ocupantes de cargos comissionados que pretendam concorrer a algum cargo eletivo nas próximas eleições municipais. Afinal, a partir janeiro próximo, o atmosfera política do Município já estará toda voltada para o pleito 2012 e Prandini, que – escrevam o que eu digo – também será candidato, não permitirá que, de dentro de seu governo, emerja algum concorrente.

Prandini Decreta a Centralização dos Gastos da Prefeitura

Numa tentativa de controlar os gastos da Prefeitura, prandini, por meio de um decreto municipal, retirou de seus secretários a autonomia para ordenação de despesas e se instituiu com única autoridade competente para tal. Ou seja, despesa no governo, só com autorização direta do prefeito. Ora, mas não foi o próprio prandini que prodigalizou e torrou o dinheiro da Prefeitura, instituindo novas secretarias, uma atrás da outra, e criando cargos e gratificações sem critério, além de regalias diversas, tais como mordomo oficial, gabinete reformado novo em folha e carrão oficial zero quilometro? É mais um episódio que confirma a dificuldade do chefe do Executivo em encarar e compreender a realidade dos fatos, atribuindo sempre aos outros a responsabilidade por suas mazelas político-administrativas. A quebradeira da Prefeitura deve ser culpa do secretariado mesmo...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Faltam Médicos

Na última reunião da Câmara, os vereadores Doró e Belmar Diniz apresentaram algumas sugestões para se tentar combater a constante falta de médicos no setor da saúde pública do Município. Uma delas foi o aumento do salário dos médicos. Pois, eles têm razão. A irrevogável lei da demanda e da oferta também se aplica ao mercado de trabalho. Atualmente, existe uma defasagem enorme entre a demanda por profissionais de medicina e a oferta de médicos no mercado profissional. O cooperativismo da classe dificulta a abertura de novos cursos de medicina, o que, consequentemente, diminui a oferta de médicos, num mercado de trabalho em que a demanda por novos profissionais é sempre crescente. Para se ter uma idéia, um médico recém formado, sem qualquer especialização, pode, facilmente, receber um salário entre 12 e 15 mil reais. É um valor altíssimo para a saúde públicas deste Município. Num primeiro momento, a única forma de atrair novos médicos para nossa cidade é apresentar salários compatíveis com mercado, mesmo que pareçam absurdos. Ao passo que, num segundo momento, se faz necessária a oferta de mais profissionais, através da ampliação e da abertura de novos cursos de medicina, na região.

domingo, 28 de novembro de 2010

Leitora Comenta: Mais Destrato do Governo

Kelli disse...

"A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio." Carlos Drummond de Andrade
Postado pelo PRANDINI em seu twitter.
Ter fé com certeza é algo muito importante, mas é preciso lembrar que em muitos casos a Fé nos leva a extremos desnecessário, como a intolerancia e o excesso de vaidade. Considero que o raciocínio lógico e inteligente é algo fundamental para uma pessoa agir com coesão. Ter fé é ter fidelidade e compromissos e promessas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Isonomia que Dá em Chico Dá em Francisco

Na república, a isonomia é sempre imprescindível. E não por capricho, mas sim por necessidade, sob pena de se descaracterizar a própria condição republicana. Por certo, é necessário que haja isonomia na solução das irregularidades das permissões de uso dos terrenos públicos. E por que tal solução é necessária? Ora, porque as permissões, da forma em que foram feitas, ou seja, sem contrapartida para o Município, violam, justamente, o princípio da isonomia. Imagine que alguém receba uma permissão de uso, que é destinada à instalação de um estacionamento comercial, por exemplo. Considerando que não haverá necessidade de pagamento de aluguel ou de gasto com a aquisição do imóvel, o permissionário ficará em condição privilegiada de concorrência em relação a outros eventuais estacionamentos da cidade, que, certamente, terão que pagar aluguel ou investir um valor expressivo na aquisição do terreno. Como se vê, as permissões, como foram realizadas, afetam até o mais consagrado princípio do capitalismo: a livre concorrência.

Guerra à Criminalidade no Rio de Janeiro

FATO HISTÓRICO


Pela primeira vez, desde que o crime organizado tomou conta do Rio de Janeiro, se vê uma ação coordenada, envolvendo forças federais e estaduais, no combate direto a traficantes e criminosos. Em 1992, em ocasião da ECO-92, o exército se envolveu na segurança do Rio, mas não houve confrontos diretos. As ações dos últimos dias sinalizam para um “tudo ou nada”, que demonstra a intenção das autoridades cariocas em dar um basta à vergonhosa situação de violência e criminalidade que vem assolado o Rio, nestas últimas três décadas.

APOIO DA POPULAÇÃO


Ao contrário da recorrente afirmativa de que “o morador do morro dá cobertura ao criminoso e que o bandido dá cobertura social à comunidade”, a população carioca tem apresentado apoio maciço às operações de combate.

ORIGEM SOCIAL DA CRIMINALIDADE


Vivemos numa sociedade de consumo em massa, na qual a mídia impõe, diuturnamente, que a virtude somente pode ser conquistada através do consumo e que o indivíduo apenas terá valor se possuir os bens que o mercado oferta naquele momento. Ou seja, não somos mais a palavra que comprimos ou a conseqüência de nossos atos. Somos o que temos. Mas, a mesma sociedade que determina estes valores, impede, através de fatores históricos, como a concentração de renda, por exemplo, que grande parte dos brasileiros participe dos processos de consumo. Assim, como se vive apenas uma vez e ninguém quer passar pela vida como um indivíduo sem virtudes, tende-se a se recorrer ao crime para se alcançar a virtude de consumo. Entenda que não estou dizendo que pobreza é sinônimo de criminalidade e sim que uma sociedade que estabelece o “ter” como valor ético e não estende à ampla maioria de seu povo as condições para tal, fatalmente, conviverá com o crime.

ORIGEM INSTITUCIONAL DA CRIMINALIDADE


As condições institucionais que levaram o Rio de Janeiro à situação em que se encontra hoje perpassam pela ausência do estado (educação, saneamento básico, saúde e etc) nos bolsões de pobreza e chega a seu calcanhar de Aquiles: o modelo policial brasileiro.Como já escrevi antes, não há no mundo civilizado e desenvolvido um modelo de segurança pública baseado em duas polícias, como ocorre aqui em terras tupiniquins. No Brasil, a segurança pública é atribuída à dua polícias distinas: a Militar e Civil. A primeira, empenhada no policiamento ostensivo e na preservação da ordem pública e a segunda com a função de polícia judiciária ou investigativa. Em poucas palavras, a PM prende em flagrante delito e a Civil investiga o crime para a instrução do processo penal. No entanto, as atribuições das duas polícias são indivisíveis, pois a investigação deve se iniciar no próprio flagrante e não em momento posterior à ele, posto que o crime também é indivisível. Assim, como ocorre nos países desenvolvidos, a mesma polícia que efetua a prisão em flagrante deve promover a investigação criminal. No Brasil, ao se adotar um modelo policial dividido, criou-se vários elementos que, somados, resultam na quase completa ineficiência policial, que é, hoje, a maior causa da criminalidade nacional. Estima-se que apenas 3% dos crimes ocorridos em território nacional são solucionados pela polícia, o que garante a regra da impunidade, que por sua vez, estimula o crime. A existência de duas polícias impôs às polícias Militar e Civil uma situação de rivalidade que só alimenta a ineficiência do combate ao crime. A informação, por exemplo, que é a maior arma contra a criminalidade, não passa de uma polícia para a outra. Isso, sem falar do sucateamento e das péssimas condições de operação das instituições e dos baixos salários dos policiais. Outras situações mediatas também devem ser resolvidas, como a falência do sistema carcerário e a corrupção de vários outros setores do estado.

SOLUÇÃO DEFINITIVA


Combater a criminalidade na ponta, como se tem feito nos últimos dias no Rio é necessário e um bom começo. Mas, para se resolver definitivamente a questão da criminalidade carioca e brasileira se faz necessário muito mais. É preciso reformar a polícia e atacar, de forma institucional, a miséria e a pobreza, além de atacar a corrupção e a inefici6encia que permeia vários setores do estado.

51


O Monlewood alcançou, hoje, a marca de 51 seguidores. Agradeço, imensamente, a cada internauta que prestigia este Blog. Muitíssimo Obrigado a todos. Afinal, não há outra razão de existir deste espaço, que não seja os seus leitores.

Mais Destrato do Governo

Em reunião ocorrida ontem, no auditório da Prefeitura e destinada à discussão das permissões de uso dos terrenos públicos, o gabinete de Prandini voltou atrás em, praticamente, tudo que já estava acordado entre os permissionários e a administração, impondo ainda mais insegurança à já complicada situação.
Nunca se viu, em toda a história de João Monlevade, um modelo político-administrativo tão incoerente, inconstante e incapaz de cumprir os acordos e as palavras que firma.
Mentiras e engodos são usados, ampla e irrestritamente, como pretensas ferramentas de manipulação de aliados, da opinião pública e de vários outros, num cenário em que a vaidade parece ser a finalidade de tudo.
E é, justamente, a supremacia desta vaidade o principal fator do histórico insucesso do governo e encaminhará a todos que a ela se submetem ao inevitável ostracismo político, à seu tempo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sucessão no CISMEPI

Sei que não existe ninguém insubstituível. Mas, sei tambem que existem aqueles que são de difícil substituição. Alexandre Bastieri, atual administrador do CISMEPI, é um deles. Nestes últimos dois anos em que esteve à frente do CISMEPI, Alexandre empreendeu um modelo de gestão eficiente, realista e austero. Apesar de ainda não haver qualquer definição formal a respeito, as conseqüência mais prováveis do processo de sucessão política ocorrido, ontem, no Consorcio sugerem uma reflexão: não seria fácil substituir o sucesso de gestão, alcançado por Alexandre Bastieri no CISMEPI.

Reunião com os Permissionários de Terrenos Públicos

Hoje, às 19:30 hs, será realizada, na Prefeitura, mais uma reunião entre o governo Prandini e os permissionários de uso de terrenos públicos municipais. Em reuniões passadas, seguindo a recomendações do Ministério Público, ficara acordado entre a administração e os permissionários que, a fim de se resolver, definitivamente, a questão, o Município poderia proceder à permuta (troca) dos terrenos cedidos. Ou seja, em troca do oferecimento de outros terrenos equivalentes, os permissionários poderiam adquirir a propriedade dos terrenos cedidos por governos anteriores. Assim, muitos compraram terrenos em diversos bairros do município, objetivando a permuta acordada e, consequentemente, a solução final do litígio. No, entanto o governo (como sempre) parece ter voltado atrás e tem sinalizado que não aceitará mais as permutas. Quem confiou na palavra da atual administração e adquiriu terreno, objetivando resolver o problema, corre o risco de ficar chupando o dedo, literalmente. A reunião de hoje promete ser efervescente.