quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Impeachment

Depois de que os três integrantes do PT no Conselho de Ética da Câmara declaram voto favorável ao prosseguimento do processo de cassação de Eduardo Cunha, o presidente da Casa, flagrado com uma conta na Suíça, não declarada, no valor de 5 milhões de dólares, resolve receber um pedido de impedimento da presidente da Republica, por conta de operações de antecipação de receita, realizadas junto a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, para o pagamento dos programas sociais e praticadas desde os governos Fernando Henrique Cardoso.
O bom do impeachment é que ele pode definir o imenso quadro de incerteza política que vive o Brasil desde que o abominável Aécio das Neves perdeu as eleições.
É o Senado, onde o governo tem maioria, que decidirá o destino de Dilma, lembrando que o julgamento do pedido de impeachment tem natureza política.
Em havendo absolvição da presidente, encerra-se a instabilidade política e Dilma terá condições de governar até o término de seu mandato. Do contrário, Dilma será afastada e assume o vice, Michel Temer, do PMDB, partido, igualmente, mergulhado na Lava-Jato. Então, novas eleições serão convocadas e Aécio, do PSDB, partido envolvido, impunemente, em todos os maiores escândalos de corrupção do Brasil contemporâneo e até em tráfico internacional de pasta-base de cocaína em helicóptero, será eleito presidente, resolvendo-se, assim, definitivamente, todos os problemas da corrupção no Brasil.
Claro que não! O Brasil de hoje é muito diferente do de 1964 e não aceitará um novo golpe. Haverá reação que pode levar o país a uma espécie de convulsão civil. Aí sim, haverá profunda crise econômica, desemprego massivo, desabastecimento e violência no campo. Os apoiadores do impeachment que assumam suas responsabilidades.  

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