quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Museu da Língua Portuguesa

Antes da Rede Globo, no Brasil, "farmácia" era escrito com “Ph” e a referência de segunda língua era o latim. Com a Rede Globo, o cotidiano do brasileiro foi introduzido a uma boa dose de americanismos em que até mesmo palavras de mesmo significado na língua portuguesa são substituídas por termos em inglês dos EUA. Não é por menos que uma de suas últimas novelas se intitulou “I Love Paraisópolis”.
Para quem sempre (norte)americanizou o Brasil, sobretudo, através da língua, como Roberto Marinho, a fundação de um Museu da Língua Portuguesa chega a ser uma grande contradição.
A visão de um museu em chamas é sempre terrível. Mas, talvez no trágico incêndio do Museu da Língua Portuguesa da Fundação Roberto Marinho, o destino tenha empreendido uma revanche pela publicação da matéria, pejorativamente, intitulada “Carcaça do Caraça” e veiculada na edição de “O Globo” de 29 de maio de 1968, noticiando o terrível incêndio ocorrido no Colégio do Caraça, um dia antes, e a duvidosa tese do incêndio acidental.
Senão vejamos: a raríssima Biblioteca da mais tradicional e producente Escola de Filosofia de Minas Gerais arde em chamas numa madrugada de lua cheia, no teto da Serra do Espinhaço, em maio de 68, o ano mais conturbado da Ditadura Militar e querem que acreditemos que tudo não passou de obra do acaso? Difícil!
A julgar pelas alturas das chamas, a coisa anda quente para o Dr. Roberto no outro plano.

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