quarta-feira, 30 de março de 2016

Até onde pode ir o Brasil


O Plano da Rede Globo era prender o Lula, derrubar a Dilma e, de alguma forma, convocar eleições antecipadas para Aécio Neves ganhar.
Duas coisas já saíram erradas para a Rede Globo. Aécio foi rejeitado pelos manifestos contra o governo, decaindo, vertiginosamente, nas pesquisas, e o comparecimento dos sindicatos e dos movimentos sociais às ruas, no último dia 18, demonstra que o impeachment de Dilma não será como o de Collor.
Apesar da debandada do PMDB do governo, ainda há a possibilidade de Lula conseguir articular uma maioria de votos que possa barrar o impeachment, pelo menos, no Senado. Assim, ocorrendo também a cassação de Cunha, Dilma poderia finalizar seu mandato, com um mínimo de estabilidade. Infelizmente, parece-me o cenário menos provável. 
Outra possibilidade é a do impeachment. Então, haveria reação dos movimentos sociais, mediante greves e paralisações, com a possibilidade de desabastecimento nas cidades e de confrontos que, e em casos extremos, poderiam gerar muita violência no campo. Aí sim, o país mergulharia numa profunda recessão econômica com desemprego em massa, disparada do dólar, implosão da Bolsa e novos componentes como a falta de alimentos, combustíveis, insumos, etc.
A indefinição prolongada de um cenário assim poderia instigar movimentos separatistas, deflagrados em função da simples perda de uma razão para se integrar o Estado Brasileiro: as unidades federativas dificilmente manterão a unidade nacional diante de um quadro de indefinida convulsão social e buscarão resolver a situação com os meios que contam, ou seja, regionalmente. Então, determinada região ou estado, para se ver longe do agravamento da crise, declarar-se-ia independente o restante do país, gerando um efeito dominó difícil de conter. Isso seria a destruição do Brasil como este país continental que existe hoje. 
É, realmente, inacreditável como existe tanta gente capaz de colocar o Brasil à beira do abismo, como fazem agora. Trata-se de um verdadeiro jogo de tudo ou nada do tipo “se não pode ser meu, não será de ninguém”.

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