quinta-feira, 8 de março de 2018

Provedor não tem condições de ser reeleito




Ainda não houve quem dissesse a verdade para o atual provedor, José Roberto Fernandes, mas o fato é que ele não tem a menor condição de ser reconduzido ao cargo, nas eleições do próximo dia 14 na Associação São Vicente de Paulo (ASVP).
 José Roberto Fernandes foi de longe o provedor mais polêmico e conturbado, desde que o Município passou a subvencionar o Hospital Margarida. Sem papas na língua, e muitas vezes, sem conhecimento sobre o que declara, há menos de 02 anos como provedor, José Roberto já coleciona vários processos como réu em ações de reparação de dano imaterial, movidas por médico e usuários do hospital. Nunca nenhum provedor teve uma relação tão conturbada e desgastada com a classe médica local quanto José Roberto Fernandes, a ponto de a Associação Médica se ver obrigada a emitir nota para contestar atitude do provedor, coisa que nunca tinha acontecido. Tão desgastada quanto a relação com os médicos  foi a relação com a Associação dos Amigos do Hospital Margarida (AAHM).  O provedor mandou suspender o convênio que a entidade mantinha com o DAE para receber doações por meio do pagamento da conta de água, moveu ação de despejo contra a mesma, processou a associação requerendo indenização por danos morais e descredenciou a AAHM da realização do Bingo. Tudo isso contra uma entidade que nos últimos anos doou R$ 1.300.000,00 em bens e serviços para o Hospital que se encontra em atraso com o pagamento de sua folha de funcionários. O Bingo, talvez, tenha sido a questão mais reveladora e emblemática  do mandato de José Roberto Fernandes à frente a ASVP.  O atual provedor descredenciou a AAHM da promoção do Bingo, depois de uma década em que a mesma realizou o vento anualmente sem qualquer problema, e contratou uma empreiteira de Viçosa para a tarefa. Resultado:  a Justiça, mediante ação movida pelo Ministério Público, cancelou a realização do evento e determinou a devolução dos valores pagos pelas cartelas, por considerar que a contratação da empreiteira retirava o caráter filantrópico do evento,  e o Hospital Margarida ficou sem uma de suas mais importantes fontes de receita, ao passo que o Bingo do HM, outrora um dos mais importantes eventos do calendário local, teve sua credibilidade, completamente, destruída e arrasada. A verdade é que, depois de José Roberto Fernandes, ninguém mais tem coragem de adquirir uma cartela do Bingo do Hospital Margarida. Fosse um país sério, apenas por ter destruído o Bingo do hospital, o provedor já teria pedido renúncia do cargo há muito tempo. Mas no Brasil, ele segue a administrar o único hospital da cidade, assim como o inelegível e multicondenado Carlos Moreira segue a ditar ordens no Município, através de sua prefeita-preposta.   José Roberto Fernandes também contratou plano de saúde, cujos agentes estavam sendo arregimentados por funcionário da câmara em seu endereço no Bairro Areia Preta. O Provedor, que vai ministrar palestra sobre relacionamento interpessoal no CDL, também foi de longe o que pior relacionamento teve com o Conselho Municipal de Saúde, órgão deliberativo mais importante do sistema público de saúde municipal. Tanto é assim, que foi parte em várias denúncias formuladas a distintos órgãos pelo conselho. E agora, vem à tona a grave questão do recebimento de repasses através de CNPJ baixado de filial extinta da ASVP, criada no governo Carlos Moreira, que levou o Conselho a encaminhar tantas outras denúncias conta a ASVP ao Ministério Público Federal, à Receita Federal, etc, etc.  O provedor tem que fazer palestra é sobre o CNPJ baixado da ASVP, exibir os cheques bancários da instituição, junto dos respectivos extratos das contas em que os repasses se deram. E isso ele ainda não fez.  Segue tudo muito obscuro.
O fato é José Roberto Fernandes causa turbulência demais num ambiente que deve ser de paz, que é o que se espera dentro de um hospital.  O Hospital Margarida precisa retomar sua normalidade. A possível recondução de José Roberto ao cargo, certamente,  será encarada como ato de convalidação por parte dos conselheiros da ASVP em relação a todos os abusos cometidos pelo atual provedor, o que pode aumentar ainda mais o já elevado nível de instabilidade no Hospital. Não é possível que o grupo político de Mauri Torres não tenha outro nome para apresentar como alternativa a José Roberto Fernandes.  O cargo de provedor do Hospital Margarida exige outro perfil de filantropo.  O filantropo não deve apresentar perfil empresarial, fome comercial e não deve ter uma empresa para cada ocasião. O cancelamento do Bingo foi prova disso.  O que o Hospital Margarida precisa, neste momento, é de serenidade, sobretudo, para voltar a se relacional bem e de forma produtiva com os médicos, funcionários, AAHM, Conselho Municipal de Saúde, etc.
      
  

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