Lembro me do jovem e então promissor candidato à prefeito, garantindo que, se eleito, promoveria um governo de ampla e irrestrita participação das bases, dos partidos e dos companheiros de luta. Passada a eleição, o que se viu? O governo mais fechado da história de João Monlevade.
Sempre tive repúdio ao governo Moreira por considerá-lo hermético de mais. Moreira não governou para o povo e sim para a sua própria base. Quem não integrasse a base moreirista não era considerado pela da prefeitura. Infelizmente, o governo Prandini conseguiu tem se revelado mais fechado ainda.
Hoje a prefeitura é administrada, sem se considerar o indispensável elemento político, como se fosse uma grande empresa Ltda. Aqueles que construíram a vitória nas urnas não são considerados e foram, em grande maioria, preteridos. Boa parte das cadeiras administrativas da prefeitura foi ocupada por indivíduos injustificados, estranhos à base político-eletiva, muitos deles apenas amigos da irmã, da esposa ou do chefe de governo do prefeito, além dos supostamente técnicos,igualmente estranhos, os quais, inacreditavelmente, assumiram colocações políticas na administração. Parece que a base foi boa para eleger o prefeito, mas não é tão boa para governar com dele. Como se não bastasse, inaugurou-se na Prefeitura uma política de demissões nunca vista. Liderança passou a ser sinônimo de autoridade para mandar embora. De tal forma que o pouco da base que restou no governo se viu num ambiente instável e inseguro, incompatível com as liturgias políticas necessárias à constante legitimação do poder. Apenas a vitoria nas eleições não é suficiente para a legitimidade do governo. A legitimidade deve ser construída, dia a dia, criando-se um ambiente político estável e favorável que convalide as ações governamentais, o que somente é possível através da manutenção de uma ampla e homogênea base política.
Sem falar no agravante político de se delegar as tomadas de decisão a que não possui legitimidade para tal. Apenas àquele para quem o povo delegou o poder cabe a tomada de decisão. Quem tem que decidir é o prefeito, ouvida a base. Quando se adota um modo de governo, no qual outro decide os rumos do município, tais decisões se tornam insustentáveis, sob o ponto de vista político. Política nao é o forte do governo Prandini.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
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