Lakshmi Niwas MittaL, presidente (CEO) da indiana Arcelormittal, Incertezas para
duplicar a Usina e rapidez para explorar o minério da Serra do Andrade. Foto:
divulgação.
Pode-se dizer que a emancipação político-administrativa no
município de João Monlevade, ocorrida em 29 de abril de 1964, foi incompleta,
já que, se por um lado, naquele momento, foram desmembradas do município de Rio
Piracicaba a área que constituiria o território monlevadense, compreendendo a região
da Usina, da Vila Operária, de Carneirinhos e de todo o perímetro urbano da
cidade, por outro, a Mina do Andrade, que por sua localização e grande
qualidade de sua jazida, representa elemento estratégico e fundamental para a atividade siderúrgica local, não
participou de tal movimento, permanecendo no município de Bela Vista de Minas,
para onde é recolhida a CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral)
ou Royalties da Mineração.
Durante cerca de 7 décadas, a Mina do Andrade produziu minério
de ferro, exclusivamente, para a atender a produção siderúrgica local. Mas, agora,
na era Mittal, as coisas mudaram drasticamente.
Enquanto a duplicação da Usina permanece rodeada por um mar
de incertezas, a Mina do Andrade teve, rapidamente, sua capacidade produtiva
ampliada várias vezes, passando a comercializar seu minério de ferro para siderúrgicas
de Sabará, Vale do Aço e, até para o mercado exterior, numa quantidade até então
nunca vista.
Diariamente, são dezenas de carretas que deixam a Mina e
trafegam pelas avenidas e ruas do município de João Monlevade a fim de alcançarem
as rodovias que as levarão a seus destinos, cada qual com um carga acima de 30 toneladas de minério de ferro.
Enquanto Bela Vista de Minas recebe a integralidade da CFEM, João Monlevade amarga todo o gravame da atividade mineradora no Andrade, na medida em que suas ruas e avenidas são castigadas e danificadas pelo trânsito pesado das carretas, seu ambiente urbano é alvo da poluição particulada causada pelo transporte rodoviário do minério, além do evidente ônus sócio-econômico causado pela mineração, já que a imensa maioria dos funcionários que trabalham na Mina do Andrade residem no Município, e portanto, se valem dos serviços públicos ofertados pela municipalidade monlevadense tais como saúde, educação, etc.
Enquanto Bela Vista de Minas recebe a integralidade da CFEM, João Monlevade amarga todo o gravame da atividade mineradora no Andrade, na medida em que suas ruas e avenidas são castigadas e danificadas pelo trânsito pesado das carretas, seu ambiente urbano é alvo da poluição particulada causada pelo transporte rodoviário do minério, além do evidente ônus sócio-econômico causado pela mineração, já que a imensa maioria dos funcionários que trabalham na Mina do Andrade residem no Município, e portanto, se valem dos serviços públicos ofertados pela municipalidade monlevadense tais como saúde, educação, etc.
Falta de pátio rodoviário tumultua trânsito
monlevadense. Carretas aguardam na Av. Wilson Alvarenga o momento de serem
carregadas na Mina do Andrade pelo novo acesso na Estrada do Forninho.
Chegou a hora de a Comunidade Monlevadense e a Arcelormittal
sentarem à mesa para discutir formas de minimizar e de se compensar o imenso
fardo que a nova realidade da mineração no Andrade tem conferido ao Município.
E já deixo aqui a minha dica: como forma de compensação, a indiana Arcelormittal poderia
começar, assumindo o custeio do CTI do Hospital Margarida.
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