Tem candidato jovem e inexperiente prometendo inaugurar o Hospital Santa Madalena.
Diante da situação dificílima em que se encontra o Município, Monlevade precisa de experiência e de respeito para se firmar, novamente, nos trilhos do desenvolvimento sócio-econômico.
Neste período eleitoral, o eleitor deve permanecer atento para promessas aventureiras e populistas que, certamente, não serão capazes de retirar o Município do atoleiro em que se encontra.
Neste sentido republico o texto, intitulado Moreira e o Hospital Santa Madalena, exibido aqui no Monlewood, em 18 de maio de 2010, com pouquíssimas atualizações:
Moreira e o Hospital Santa Madalena
Considerando o quadro político-administrativo catastrófico em que se encontra a atual administração, não vi maiores surpresas na entrevista concedida pelo ex-prefeito Carlos Moreira à edição de sexta feira passada (14/05/2010) do Jornal A Notícia. Para a oposição, Prandini é um prato cheio.
No entanto, chama a atenção a insistência de Moreira em implantar um segundo hospital na cidade.
O que Moreira chama de Hospital Santa Madalena e Prandini disse que seria um Centro de Especialidades Médicas constitui, na verdade, o maior caso de desperdício e de irresponsabilidade com o dinheiro público da história de João Monlevade.
Ninguém sabe ao certo quanto já foi gasto naquele monstrengo que desafia toda a regulamentação da Anvisa (Resolução Anvisa nº 50/2002) aplicada à construção de casas de saúde.
De acordo com estudos da respeitada Fundação Getúlio Vargas, o custo médio de implantação de um amplo (cem metros quadrados por leito) e bem equipado hospital de cem leitos é R$ 17.495.000,00. Estima-se que no prédio adaptado da antiga rodoviária já foram gastos mais de R$ 20.000.000, 00 e, absurdamente, ainda falta muito (quase tudo) para que aquele frankenstein de concreto se transforme num verdadeiro hospital. Isso, sem se considerar o custo de operação.
Hoje, a Prefeitura gasta nada menos que R$ 800.000,00 para manter aquele trambolho funcionando apenas com o PA e alguns escritórios da Secretaria de Saúde.
E Ainda há a questão do repasse municipal, sem o qual Hospital Margarida não consegue manter em funcionamento seu Pronto Socorro.
Futuramente, a Prefeitura também terá que contribuir com o custeio do novo CTI do Margarida.
Falar em segundo hospital para a cidade, enquanto reina a ineficiência no setor e pairam incertezas e dificuldades imensas para se manter apenas um, demonstra que o projeto político que Moreira tem para Monlevade já se encontra esgotado ou, no mínimo, não possui consonância com a realidade do Município. O ex-prefeito Carlos Moreira, que figura como a incontestável liderança política por de trás da candidatura do jovem Teófilo Torres, deveria entender que a enxurrada de processos que responde na Justiça é conseqüência, em sua grandíssima maioria, do uso indevido de recursos públicos e de seu enganoso populismo exacerbado.
Monlevade precisa de planejamento, de respeito e, no caso da Saúde Pública Municipal, da unificação dos serviços de urgência e emergência. Qualquer proposta para a saúde que fuja à unificação do serviço não passa de uma ilusão eleitoreira que, caso seja implementada, representará a falência certa da Saúde Pública Municipal.
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