quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Frustração que gera Violência nos Protestos

O quebra-quebra e a violência crescente que tem envolvido a chamada Primavera Brasileira apresentam um componente psíquico decisivo: a frustração.
Veja como ocorre. A nova classe média vai às ruas protestar por uma série de mudanças e no final do dia volta pra casa com a sensação de que tudo de nada adiantou. Por que? Porque para que as mudanças se efetivem é necessário que as reivindicações entrem no conteúdo programático dos partidos políticos. No entanto,verifica-se um completa aversão por aqueles que protestam em relação aos partidos políticos. Por que? Porque são filhos da grande mídia que prega, falaciosamente, que a política é um terreno, exorbitantemente, sujo com o qual o cidadão de bem não deve se envolver. Quem assiste ao Jornal Nacional, por exemplo, sai com a exata impressão de que a política é, invariavelmente, podre. Quando que na verdade podre é má política e que a boa política pode ser possível, desde que haja as reformas necessárias.  
Assim, como não enxergam perspectiva de resposta para suas reivindicações, os manifestantes, literalmente, apelam para o quebra-quebra que vai sempre resultar em violência. De certo modo, essa violência que a sociedade agora colhe nas manifestações tem sido plantada pela Mídia Brasileira desde a redemocratização, já que por todo este tempo a classe média nacional tem sido, violentamente, manipulada (manipulação é uma forma de violência) a se abster de participar, ativamente, da democracia brasileira. E qual o interesse por traz disso? A resposta evoca Martin Luther King: "o que me assusta não é grito dos maus, mas o silêncio dos bons".    
É que uma questão já foi definida pela Primavera Brasileira: que as coisas têm que mudar. O problema agora, é como efetivar tais mudanças. E não se iluda, não há outra forma que não passe pelos partidos políticos.    

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