terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Fabrício Lopes e a Última Prandinada

Com apenas um ano de governo, Prandini foi capaz de, literalmente, dilacerar sua própria base no Partido Verde, iniciando, assim, uma crise política que o assombraria durante todo o seu mandato e que também se desdobraria em várias outras crises que lhe renderiam os incríveis 90% de rejeição popular conquistados pelo meteórico e destrutivo ex-prefeito.
E foi neste cenário que Fabrício Lopes caiu de pára-quedas no PV. Egresso da Prohetel - empresa-pivô do escândalo da Farra do Lixo, ocorrido na gestão Carlos Moreira - por ser consorte conjugal da melhor amiga da então primeira-dama, Fabrício foi, rapidamente, conduzido à chefia da Secretaria de Obras do governo pevista, onde construiu sua candidatura a uma cadeira no Legislativo Monlevadense, contando com o apoio incondicional do próprio Gustavo Prandini e com  muito asfalto do BDMG.
Agora, numa manobra eleitoreira para eleger deputado o irmão do prefeito (Tito Torres), Fabrício não nega suas origens e reassume a pasta, desta vez, sob o escudo dos Torres.
Resumo da ópera: mesmo exilado em Juiz de Fora e, felizmente, há mais de um ano longe do poder, o efeito Prandini ainda reverbera pelos dias atuais, produzindo aquilo que pode ser considerado como a última prandinada, ou seja, o fato de o ex-prefeito ter colaborado, diretamente, para a eleição de um vereador que, agora, ao assumir a pasta de Obras, revela que nunca deixou de ser moreirista/torresmista.  Aliás, nunca na história política de João Monlevade, nenhum prefeito contribuiu tanto para a eleição de adversários, como Prandini.

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