Com apenas um ano de governo, Prandini foi capaz de,
literalmente, dilacerar sua própria base no Partido Verde, iniciando, assim,
uma crise política que o assombraria durante todo o seu mandato e que também se
desdobraria em várias outras crises que lhe renderiam os incríveis 90% de
rejeição popular conquistados pelo meteórico e destrutivo ex-prefeito.
E foi neste cenário que Fabrício Lopes caiu de pára-quedas
no PV. Egresso da Prohetel - empresa-pivô do escândalo da Farra do Lixo,
ocorrido na gestão Carlos Moreira - por ser consorte conjugal da melhor amiga
da então primeira-dama, Fabrício foi, rapidamente, conduzido à chefia da
Secretaria de Obras do governo pevista, onde construiu sua candidatura a uma
cadeira no Legislativo Monlevadense, contando com o apoio incondicional do
próprio Gustavo Prandini e com muito
asfalto do BDMG.
Agora, numa manobra eleitoreira para eleger deputado o irmão
do prefeito (Tito Torres), Fabrício não nega suas origens e reassume a pasta,
desta vez, sob o escudo dos Torres.
Resumo da ópera: mesmo exilado em Juiz de Fora e,
felizmente, há mais de um ano longe do poder, o efeito Prandini ainda reverbera pelos dias atuais, produzindo aquilo que pode ser considerado como a última
prandinada, ou seja, o fato de o ex-prefeito ter colaborado, diretamente, para
a eleição de um vereador que, agora, ao assumir a pasta de Obras, revela que
nunca deixou de ser moreirista/torresmista. Aliás, nunca na história política de João
Monlevade, nenhum prefeito contribuiu tanto para a eleição de adversários, como
Prandini.
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