quinta-feira, 8 de maio de 2014

A Ditadura Nasserista

É o que eu sempre digo: ninguém nega sua natureza! Ontem, durante a sessão ordinária da Câmara, o vereador Guilherme Nasser (foto) fez uso da tribuna para asseverar que “a Arcelormittal não deve ser criticada.”
Nasser nada mais fez do que, mais uma vez, revelar sua natureza autoritária e sua incontrolável bajulação pelo poder, seja ele quar for, político ou econômico.
Nasser trai seu juramento de posse em que se comprometeu  a defender a Democracia e, literalmente, rasga o texto constitucional quando, ao arrepio das liberdades democráticas, buscar impor censura contra aqueles que se contrapõem ao modelo de exploração econômica inaugurado pelo indiano Mittal, que, somado a essa política fisiologista e ditatorial da qual faz parte, descaminha João Monlevade do rumo do desenvolvimento e da qualidade de vida tão almejados por todos.
Guilherme Nasser, inteire-se da Constituição que vossa excelência jurou defender e respeitar:

Art. 5°[...]
[...]
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
[...]
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
[...]
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
[...]
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
[...]

Colocar a Arcelormittal dentro de uma redoma de cristal é cometer a heresia da idolatria e, ao mesmo tempo, condenar a siderurgia local a se definhar, asfixiada nos próprios gases poluentes que produz.         
Ninguém, em sã consciência pode ser contrário à produção do aço, mas a Usina deve assumir suas responsabilidades sociais e também mitigar os graves impactos ambientais e estruturais que a mineração do Andrade tem apresentado ao Município, além de outros.
E não tenham dúvida, enquanto tiver apenas uma carreta de minério de ferro que possa ser explorada, Mittal não larga o osso. Isso, sem falar que a Usina de Monlevade é uma das mais lucrativas do mundo. Quem não quer uma siderúrgica que tem a sua disposição a Ferrovia Vitória/Minas, o Porto de Tubarão, a Mina do Andrade (até quando?), a água do Rio Piracicaba, a cultura produtiva da Belo-Mineira e o 4° mercado de automóveis do mundo, num momento em que a atividade da construção civil nunca esteve tão aquecida?      

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