segunda-feira, 19 de maio de 2014

Assinada Ordem de Serviço para Duplicação da 381: "Toda Unanimidade é Burra"


Essa elite raivosa que agora se vê encurralada pelos anseios de um novo país, de maioria de classe média, emergida como resultado da expressiva distribuição de renda que vem ocorrendo nestes últimos 12 anos, reluta, enraivecidamente, em largar seus privilégios parasitários e suas regalias escusas e, como controlam a grande mídia nacional, destilam pelos veículos de comunicação a mesma raiva que exilou Pedro II, que impôs o suicídio a Getúlio e que deflagrou o Golpe de 64, atrasando esse país em várias décadas. 
A raiva cega e essa elite entreguista e golpista busca dissemina-la como ardil manipulador destinado a obscurecer a visão do povo para a melhorias concretas que, finalmente, chegam até nós.

Na segunda-feira passada a presidente da República esteve no Vale do Aço para assinar a ordem de serviço para a duplicação da Rodovia da Morte, a BR-381, e toda essa estrutura de mídia reacionária contraiu-se, coordenadamente, para desacreditar o início do maior investimento em infra-estrutura rodoviária desta tão importante região do Estado de Minas Gerais, em toda história. Serão 2,5 bilhões de reais investidos numa rodovia duplicada repleta de túneis, de viadutos e de pontes que modernizarão o seu traçado, além de vários outros melhoramentos, diminuindo, consideravelmente, o tempo de viagem e a chance de ocorrências fatais ao longo do trecho.
Guilherme Nasser fez beicinho, Moreira microfonou no sentido de que depois das eleições as obras param e o jornal A Notícia até atribuiu a Dilma uma frase que ela jamais pronunciou. Como dizia Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra” e neste caso, também é reacionária! 
Ocorre que pela primeira vez, desde o Plano Real, o Brasil tem condições macroeconômicas para realizar investimentos deste vulto. Durante a era FHC, o país praticou as maiores taxas de juros básicos do planeta, chegando a alcançar extraordinários 49% ao ano, o que significa que a União chegava entregar, de bandeja, para os banqueiros brasileiros cerca de 250 bilhões de reais, por ano, como remuneração dos chamados C-Bonds e Global-40, títulos da dívida pública negociados em Bolsa de valores. Nestes últimos 12 anos os juros básicos caíram vertiginosamente, chegando a históricos 7,5% e hoje se apresentam na casa dos 11%, um valor considerado baixo, tratando-se de Brasil. É o que possibilitou o país a voltar a investir numa obra como a duplicação da BR-381, por exemplo. Na época do FHC os banqueiros drenavam toda a capacidade de investimento do governo. Agora, não. Agora há capacidade para investimentos. E, finalmente, todas as questões ambientais e procedimentos burocráticos foram vencidos e a ordem de serviço assinada, o que significa que as empreiteiras que venceram as respectivas licitações iniciam, imediatamente, a execução da obra com a obrigação contratual de apresentarem resultado. 
E para os ainda incrédulos, a maior e mais tangível mostra de que a duplicação da 381 está em via de se concretizar, coincidentemente, é outra duplicação que está evoluindo aqui bem perto de nós: a do Laminador da Usina (foto). Mittal está de olho nos investimentos de 2,5 bilhões de reais do Governo Federal na obra, boa parte dos quais devem ser empenhados na compra de grande quantidade de aço produzido em Monlevade para a concretagem armada de túneis, pontes, viadutos, muros de arrimos e etc que modernizarão a Br-381. E não digam que estou sendo partidário. Estou sendo é realista! 

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