Durante a palestra realizada pela Arcelormittal na última
terça-feira na Câmara, o assessor de comunicação da Usina, João Carlos,
informou que a siderúrgica injeta, anualmente, na economia do Município, cerca
de 600 milhões de reais, entre pagamentos de salários e compras diversas. Foi o
suficiente para o presidente da Casa, o vereador, Guilherme Nasser, entrasse em
êxtase! Nasser ainda foi capaz de comparar os gastos da empresa com os da Prefeitura,
que são bem menores.
Será que o presidente da Câmara ainda não aprendeu que não
se pode comparar uma jaca com um abacaxi? Ora, a Prefeitura não é empresa que
visa o lucro.
Mais uma vez, Guilherme Nasser, perdeu a oportunidade de
ficar calado e, com isso, voltou a demonstrar a falta de capacidade para
assumir o cargo que ocupa.
E o assessor da Arcelormittal só se esqueceu de informar o
lucro específico da unidade monlevadense, anualmente.
Então, vamos aos números... Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto de João Monlevade
(PIB), ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas no Município, durante um
ano (dados de 2011), é da ordem de incríveis 1 bilhão, 692 milhões e 51 mil
reais. Desse total, 731 milhões e 183 mil reais são gerados pelo setor da
industria do Município, o que engloba a atividade da Arcelormittal; 730 milhões
e 553 mil reais são gerados pelo setor de serviços e, obviamente, apenas 838
mil reais são gerados pelo setor agropecuário.
Assim, os 600 milhões injetados na economia monlevadense, anualmente, apesar de serem um montante expressivo, representa apenas 35.4% do PIB de João Monlevade. Outro fato interessante é que o PIB industrial monlevadense, a preços correntes de 2011, se encontra, praticamente, equiparado ao PIB do setor de serviços. É claro que a indústria demanda a prestação de muitos serviços, mas esses números demonstram a grandeza de outros setores da economia de uma cidade-pólo pujante e frenética como João Monlevade. No próximo senso essa tendência deve ficar ainda mais evidente, na medida em que refletirá o incrível boom imobiliário que o Município tem vivenciado nos últimos anos.
Assim, os 600 milhões injetados na economia monlevadense, anualmente, apesar de serem um montante expressivo, representa apenas 35.4% do PIB de João Monlevade. Outro fato interessante é que o PIB industrial monlevadense, a preços correntes de 2011, se encontra, praticamente, equiparado ao PIB do setor de serviços. É claro que a indústria demanda a prestação de muitos serviços, mas esses números demonstram a grandeza de outros setores da economia de uma cidade-pólo pujante e frenética como João Monlevade. No próximo senso essa tendência deve ficar ainda mais evidente, na medida em que refletirá o incrível boom imobiliário que o Município tem vivenciado nos últimos anos.
A conclusão que fica é que Monlevade tem se tornado muito
maior que a Arcelormittal e neste contexto de transformações, a Usina deve
encontrar o seu devido lugar. Volto a repetir, não somos contra atividade. O
que não podemos admitir é a manutenção desde modelo de exploração econômica
inaugurado nessa tenebrosa era Mittal, em que a empresa, seja na Mina ou na
Usina, se esquiva ao dialogo transparente e franco, enquanto não assume suas
responsabilidades sociais de modo a colaborar para com o incremento da
qualidade de vida no Município.
Precisamos defender a siderurgia e a mineração justas,
mantendo a eterna vigilância sobre o grande capital, ao mesmo tempo em também devemos buscar novos
meios de diversificar o PIB Monlevadense. O Mote deve ser a criação de ambiente
de negócios e investimento em educação, ciência e tecnologia. O novíssimo Laboratório de
Ciência e Tecnologia da UFOP está aí para isso...
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