sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rapadura no Ponto


Diante da postagem O Hospital Precisa de Mais Política, publicada no Rapadura,nesta sexta-feira, sou obrigado a atualizar e republicar uma postagem antiga, intitulada Leviandade Política no Margarida:

O Hospital Margarida foi inaugurado em 1952 pelo então governador de Minas, Juscelino Kubitscheck, que na ocasião chamou a atenção de seu secretário de saúde e disse:"construa um desses em Belo Horizonte, que seja a quarta parte deste...".
Durante Décadas, mantido pela Usina, o Hospital Margarida foi tido como referência regional em excelência de atendimento, até que há alguns anos a Usina resolveu, de uma hora pra outra, transferir sua responsabilidade para com o hospital e o Margarida ingressou num ciclo de decadência.
Talvez seja compreensível o fato da Usina ter se abstido em relação ao hospital, já que se dedica ao ramo da siderurgia e não ao hospitalar, apesar de sua atividade ser considerada como de alto potencial poluidor, o que afeta a saúde das pessoas, demandando atividade hospitalar. Todavia, me pareceu imprudente a forma como a coisa foi resolvida, principalmente em se tratando do único hospital da cidade. A Usina não poderia ter deixado o hospital do modo como o fez, ou seja, repentinamente e sem planejamento. Deveria ter havido um programa de desligamento do hospital a ser implementado, gradativamente, num período mínimo de 5 anos. Mas, o fato é que após o desligamento da Usina, o hospital se viu na condição de órfão e passou por inúmeras situações de desmando, negligencia e politicagem.
O Município, então governado por Carlos Moreira foi por muito tempo, totalmente, negligente com o Margarida, até enxergar nele a oportunidade de usá-lo como plataforma política para a construção de um candidato a prefeito: Lucien Marques. Antes de Lucien assumir a cadeira de provedor do hospital, nada ou quase nada foi feito pelo Margarida por parte do governo Moreira ou pelo governo do estado. A estratégia era colocar Lucien como o messias que salvaria o Hospital Margarida e, com isso, legitimá-lo a concorrer às eleições municipais de 2008. Contudo, apesar de todo o esforço de Moreira e de todo o dinheiro gasto no hospital, por questões próprias do processo eleitoral, o provedor do hospital não se posicionou, satisfatoriamente, nas pesquisas eleitorais e Moreira teve de apelar para Dr. Raílton Franklin, o terceiro nas pesquisas, atrás de Dona Conceição e Prandini. Com Lucien no comando do hospital, o deputado Mauri Torres passou a articular vultosas somas de dinheiro, advindas do orçamento do governo Aécio Neves que, somadas aos investimentos do próprio governo Moreira, tiraram o Margarida da penúria que se encontrava. A Gervásio Engenharia, empresa que se tornou especialista em vencer licitações no governo Moreira e de propriedade de um parente do deputado Mauri Torres, assumiu a obra do novo CTI e, então, com recursos, o Margarida passou a prosperar. No entanto,obviamente, não é esse o papel que o povo de Monlevade espera do Margarida: o de servir de instrumento para o lançamento de candidaturas e tantas outras divergências politiqueiras. O hospital deve ser administrado longe das disputas políticas. A única política que deve afetar o Margarida é aquela destinada a liberar recursos para o hospital. Toda a politicagem protagonizada pelo provedor Lucien Marques tem comprometido a administração do Margarida e embaraçado sua imagem junto a opinião pública, o que confirma a inaptidão de uma figura política a frente do hospital.Ao contrário do afirma Marcio Passos, o Margarida não precisa de mais política e sim de mais responsabilidade. É o que o povo exige.

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