segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ação do Sindicato Regulariza Jornada de Trabalho na Arcelormittal e Injeta 7 Milhões na Economia de João Monlevade

Diário de Itabira, 18/07/2013:

A Justiça do Trabalho determinou que a ArcelorMittal faça o pagamento de cerca de R$ 7 milhões aos operários da sua unidade de João Monlevade. A condenação é referente ao processo “meia hora” que o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon Metal) move contra a empresa desde 2006. 
Com a decisão favorável, o Sindmon Metal já programou assembleias para a próxima segunda-feira, às 8h e às 17h30, para decidir com os trabalhadores qual a melhor forma para eles receberem o pagamento. 
A informação sobre a condenação da Justiça foi confirmada pela empresa. Questionado sobre o assunto, o assessor de Comunicação da ArcelorMittal Monlevade, João Carlos Oliveira Guimarães, informou que a empresa vai cumprir a determinação.
De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos Silva, a empresa já fez o pagamento dos R$ 7 milhões à Justiça do Trabalho. Isso ocorreu na tarde de anteontem. A Justiça repassará o dinheiro ao sindicato para que a entidade faça o pagamento aos trabalhadores. 
“A Justiça já recebeu o montante da empresa. Agora sentaremos com os trabalhadores para decidirmos qual a melhor forma de efetuar o pagamento”, disse o sindicalista. 
Luiz Carlos explicou que cerca de mil trabalhadores serão beneficiados com a decisão – em média, cada trabalhador receberá R$ 7 mil. Segundo ele, o processo teve início depois que o sindicato constatou que a empresa não “respeitava” o direito dos funcionários a 1 hora de folga dentro do turno, para fazer a refeição. 
A entidade alegou que a ArcelorMittal só cumpria metade do tempo. O fato levou o Sindmon Metal a mover o processo para que a empresa, além de respeitar o horário, também efetuasse o pagamento das horas trabalhadas, no período em que a folga não foi respeitada. 
Apesar da decisão da Justiça, o sindicato acredita que os trabalhadores deveriam receber uma quantia maior. Segundo o presidente, os cálculos da entidade apontam para um montante ultrapassaria 10 milhões. Luiz Carlos informou que o que está sendo pago são os “valores incontroversos” – aqueles em que as duas partes concordam que não há dúvida que deve ser pago.
No entanto, o sindicato solicitou à Justiça do Trabalho uma perícia contábil, por considerar que os cálculos da empresa não estão corretos. A Justiça informou ao Sindmon Metal que o resultado da perícia deve ser concluído em um mês.

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