terça-feira, 23 de julho de 2013

Mittal só Volta para a Índia Depois da Última Carreta de Minério

Lakshmi Niwas MittaL, presidente (CEO) da indiana  ArcelorMittal. Foto: divulgação. 

Historicamente, a mídia monlevadense tem se colocado na posição de construtora de falsos mitos que, invariavelmente, se relacionam com a execução ou com a manutenção de projetos de poder, sejam eles econômicos, capitalistas, políticos e até mesmo pessoais.
Talvez, o mito local mais perverso que há décadas vem sendo construído é o de que a Arcelormittal não deva ser cobrada nas responsabilidades que, naturalmente, emergem das atividades que o poderoso grupo siderúrgico se dedica, localmente, porque, do contrário, como mistificam, Mittal poderia ir embora, deixando em seu rastro apenas a decadência e o declínio econômico.
A situação é tão crítica que já chegaram a citar, recentemente, que, diante do vigoroso sindicalismo vivenciado entre a empresa e as respectivas lideranças de classe na década de 80, “o futuro da Usina de Monlevade seria ser um grande laminador, porque é muito mais fácil de ser desligado e ligado novamente”, referindo-se às interrupções de produção causadas pelos movimentos grevistas daquela época.
Agora, aquele mesmo Sindicato vence no Judiciário um causa contra a Arcelormittal que pode superar os 7 milhões de reais, pelo descumprimento da legislação trabalhista: CLT: Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora...
Será que depois dessa, Mittal vai embora? Claro que não.
Como tem demonstrado que goza de muito mais interesse em explorar as riquezas minerais de nossa terra do que de investir na duplicação integral da produção da Usina, Mittal só deixará Monlevade e arredores depois de extrair a última carreta de minério de ferro de nosso subsolo.
A Mina do Andrade já vive esse processo, com pesados ônus para o município de João Monlevade, e muito ainda pode está por vir: do Morro do Julinho no Bairro Areia Preta, estendendo-se pelo Bairro Vila Tanque, até chegar ao Campo de Aviação, também existe uma imensa jazida de minério de ferro (não é por menos que Mittal mandou fechar o acesso ao Campo de Aviação). Será que Mittal volta para a índia sem antes explorá-la à exaustão?
Com a resposta os construtores de mitos da mídia local...

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