Na visita da consulesa dos Estados Unidos, Merry Miller,
ocorrida na última sexta-feira, na Amepi, o destaque ficou para a manifestação
promovida em conjunto pelos professores da rede pública e pelo Grupo Transparência
Monlevade.
Empunhando faixas e cartazes, os manifestantes anunciavam o
estado de greve dos professores e cobravam por mais ética, transparência e
responsabilidade no trato da coisa pública.
A presença da autoridade diplomática na Amepi se deveu a
interesses econômicos, já que empresas da região também foram visitadas por
Merry Miller.
Durante a visita, quem também robou a cena foi a descomunal
BMW (foto), com a qual a consulesa chegou a João Monlevade. Um policial presente, também
impressionado com o carro, consultou a base de dados da Polícia Militar e
constatou que se tratava de uma BMW 740, ano 1998, ou seja, com 15 anos de uso,
mas em impecável estado de conservação.
Quem diria... a consulesa é americana, mas o carro e alemão.
É a danada da globalização, que não deve ser entendida,
necessariamente, com a imposição de uma nova era de exploração dos países fora
do eixo econômico-financeiro mundial, com ainda é o caso do Brasil.
Na globalização, os países se especializam na atividade econômica
que mais se alinha diante das vocações nacionais. No Brasil e, principalmente,
na Região do Médio Piracicaba, as vocações óbvias ficam por conta das riquezas
do subsolo, do agronegócio e da indústria de base.
Quem sabe se aproveitássemos a criatividade de nossa gente,
o lado bom do chamado jeitinho brasileiro, para conduzir um processo de desenvolvimento
de inovação, ciência e tecnologia, baseado numa escola de ensino integral,
filosófico, cívico e ético, daqui a 20 anos, o cônsul dos EUA possa nos visitar
a bordo de um carro produzido no Brasil?
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