Essa é a Igreja Matriz de Caeté, o berço do sangrento
conflito que daria origem à Minas: a Guerra dos Emboabas. Construção monumental
e identitária da primeira metade do séc. XVIII e precursora do Rococó Mineiro, um
dos mais belos que já vi. Simplesmente, impressionante! E como quase sempre em
Minas, não se pode fotografar o interior da igreja. Por que não se permitir a
divulgação de uma atração com altíssimo potencial turístico?
Quem vai ao Museu do Louvre, na França, pode fotografar a
Monalisa de Da Vinci o quanto quiser e de todas maneiras possíveis.
Em Minas a Unesco não permite fotos do barroco mineiro.
Querem manter escondidas riquezas artísticas de Minas, para seguirem
convencendo o mineiro de que ele é um jeca, já que o jeca não pode produzir
arte em tamanho esplendor! E assim fazem o mineiro esquecer de sua origem
mineradora revoltosa para continuarem a
pilhar, livremente, o subsolo mineiro em troca de royalties aviltantes.
Esse processo de depressão forçada da cultura mineira começa
em 1897, com a tentativa de se esvaziar Ouro Preto, transferindo-se a capital
do estado para BH, passa pelo incêndio de um dos principais centros de formação
da cultura mineira, em 1968, o Colégio do Caraça, e chega aos dias de hoje com
essa mídia covarde que quer a todo custo convencer o mineiro de que ele é um
jeca-tatu, quando, na verdade, Minas nasce e se estabelece urbana, insurgente e
barroca.
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