sábado, 10 de agosto de 2013

Matriz de Caeté: "Fotografar, Nem Pensar"

Essa é a Igreja Matriz de Caeté, o berço do sangrento conflito que daria origem à Minas: a Guerra dos Emboabas. Construção monumental e identitária da primeira metade do séc. XVIII e precursora do Rococó Mineiro, um dos mais belos que já vi. Simplesmente, impressionante! E como quase sempre em Minas, não se pode fotografar o interior da igreja. Por que não se permitir a divulgação de uma atração com altíssimo potencial turístico?
Quem vai ao Museu do Louvre, na França, pode fotografar a Monalisa de Da Vinci o quanto quiser e de todas maneiras possíveis.
Em Minas a Unesco não permite fotos do barroco mineiro. Querem manter escondidas riquezas artísticas de Minas, para seguirem convencendo o mineiro de que ele é um jeca, já que o jeca não pode produzir arte em tamanho esplendor! E assim fazem o mineiro esquecer de sua origem mineradora revoltosa  para continuarem a pilhar, livremente, o subsolo mineiro em troca de royalties aviltantes.  
Esse processo de depressão forçada da cultura mineira começa em 1897, com a tentativa de se esvaziar Ouro Preto, transferindo-se a capital do estado para BH, passa pelo incêndio de um dos principais centros de formação da cultura mineira, em 1968, o Colégio do Caraça, e chega aos dias de hoje com essa mídia covarde que quer a todo custo convencer o mineiro de que ele é um jeca-tatu, quando, na verdade, Minas nasce e se estabelece urbana, insurgente e barroca.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.