O indiano Mittal não perdoa nada!
Depois de anunciar a duplicação integral da capacidade
produtiva da Usina e de voltar atrás, duplicando apenas o Laminador, o que em
médio prazo representará a diminuição de postos de trabalhos na empresa; depois
de iniciar o processo de superexploração da Mina do Andrade, em que cerca de
100 carretas diárias trafegam pelas ruas e avenidas da cidade carregadas com 40
toneladas de minério de ferro, danificando e poluindo as vias e embaraçando
ainda mais o já caótico trânsito local, sem qualquer compensação por parte da
empresa, agora é a vez de nossas matas.
Como demonstram as fotografias anexas, a Arcelormittal
Florestas está extraindo madeira no
entorno do Campo de Aviação.
Trata-se do corte de eucaliptos com mais de 60 anos de idade
que alcançam 15 ou 20 metros de altura, contemporâneos à era Louis Ensch,
quando a Usina utilizava carvão vegetal em seus fornos, o que não acontece mais.
O problema é que, pela proximidade com a Mata do Clube
Embaúba e por se tratar de um eucaliptal de mais de 6 décadas, a Mata Atlântica, literalmente, já se
alastrou em meio aos eucaliptos, formando uma mata fechada de recuperação secundária deste bioma
protegido por lei.
E como não poderia
ser diferente, para extrair os imensos eucaliptos, a Arcelormittal Florestas está
erradicando essa Mata Atlântica Secundária que vem se recuperando,
gradativamente, nestes últimos 60 anos. Prova disso é o resultado desta extração
que pode ser visto nas fotos acima: além da grande clareira já aberta na mata,
de um lado, pode-se ver as imensas toras de eucaliptos extraídas e, de outro, num monte que parece ser de lenha, a Mata Atlântica
Secundária erradicada.
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