quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Dívida Prandinista e o Projeto de Lei que Autoriza a Rapinagem no Caixa do Dae

O governo Prandini não tem jeito mesmo! Com dois anos de mandato, a então secretária de planejamento, Luzia Nunes, quebrou o Município, ao manejar o Orçamento Municipal com base na receita prevista, ao invés de ponderar a execução das despesas de acordo com a real movimentação financeira do caixa da Prefeitura, ou seja, de acordo com aquilo que, realmente, era arrecadado pela municipalidade. Em outras palavras, contou com o ovo dentro da galinha. E o resultado foi a evolução de uma das maiores dívidas públicas da história de João Monlevade.
Outros fatores também contribuíram para a literal esculhambação das contas públicas neste governo. Um deles foi a opção do gabinete prandinista de empenhar 30% do Orçamento para a Saúde Municipal, sem estabelecer um modelo eficiente de gestão para o setor e sem buscar a efetiva integração da prestação do serviço junto ao único hospital da cidade.
Assim, além de não se verificarem melhorias significativas no atendimento da Saúde Pública junto a população, o setor se transformou num grande sorvedouro de recursos públicos que, mês a mês, tem contribuído para o crescimento voraz da dívida prandinista.
O pior é que mesmo percebendo que as contas públicas não fechavam no fim de cada exercício fiscal, o governo nada fez de concreto para minimizar ou, pelo menos, tentar controlar a situação e, falaciosamente, apenas transferiu para a crise financeira de 2008 a culpa por sua irresponsabilidade e por sua omissão.
Não se viu política de eficiência nos gastos, não se viu redução nas despesas, não se viu economia nos custeios, não se viu redução das gratificações para comissionadas, nem nada que pudesse estancar a sangria desatada das finanças municipais.
Ora, a crise de 2008 atingiu os municípios do mundo inteiro. Mas, na Região do Médio Piracicaba, por exemplo, apenas as contas da Prefeitura monlevadense se encontram à beira da bancarrota.
Agora, depois de toda a sucessão de erros fiscais e de toda a irresponsabilidade financeira que levaram o Município a, vergonhosamente, ostentar uma dívida estimada em mais de 20 milhões de reais, o prefeito Gustavo Prandini envia para a Câmara um projeto de lei que visa autorizar o Executivo a remanejar recursos entre órgãos da administração pública. Parece até piada de mau gosto!
Na prática, com o tal projeto, Prandini pretende rapinar e abocanhar o caixa do Dae, valendo-se de recursos que deveriam ser destinados ao já precário sistema de abastecimento de água tratada da cidade para empreender mais de suas irresponsabilidades.
Permitir que um governo com um vergonhoso histórico de irresponsabilidade fiscal e financeira tenha acesso discricionário aos recursos do Dae, principalmente, num ano eleitoral, em que, certamente, a máquina pública se curvará a interesses eleitoreiros, é encomendar mais fanfarra com o gasto público e colocar o Município no caminho certo do desabastecimento de água tratada.



2 comentários:

  1. Quando esta entrou como secretária de planejamento já era sabido que a quebradeira estava por vir. Porém é petista e tinham por obrigação arrumarem uma secretaria para ela, mesmo sabendo de sua incompetência e de sua arrogância; e quem lucrou com isto? somente ela.
    Estamos colhendo frutos de um despreparo em administrar uma cidade e o povo é que paga o pato.

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  2. A questão do DAE não é tão diferente da prefeitura. Supercomissões para puxa-sacos, funcionários que só trabalham o dia que querem e vão embora a hora que bem entendem. O caixa também já está no vermelho... Não tem vereador, nem ministério público pra investigar, pra cobrar. Está vergonhoso! Enquanto isso o povo sofre sem água, sem saúde...

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