Recentemente, o governo Dilma diminuiu, em média, em 25% do
valor da tarifa de luz elétrica. Um fato histórico para um país que, há décadas,
pratica os mais altos preços de energia elétrica no mundo e uma mão na roda
para diminuir o custo Brasil e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros frente aos importados, principalmente,
os chineses.
Poucos dias depois, o mesmo governo federal, a contra gosto,
anunciou um aumento de 04% na gasolina. Foi o suficiente para a tucanada
achincalhar com a imagem da presidente.
Ora, esse aumento da gasolina nada mais é do que o fruto do
modelo esquizofrênico de preços instituído na Petrobrás pelo tucanão, Fernando
Henrique Cardoso, quando o então presidente da República, quebrou o monopólio
da produção de petróleo da estatal. Ocorre que depois de FHC, a Petrobras
passou a operar em real, mas tendo que fixar o preço do petróleo em dólar, de
acordo com o padrão do mercado externo e avaliação do dólar, apesar da auto-suficiência
na produção do combustível bruto.
Assim, com a benção de FHC, toda vez que o dólar e/ou o preço internacional do petróleo
aumenta, a gasolina tende a aumentar, mesmo que no mercado interno não haja
razões para tal aumento.
Fernando,
ResponderExcluirPermita discordar. Na verdade, o Brasil não será suficiente na exploração do petróleo, porque suas maiores reservas de qualidade estão em solo amazônico, e diversos entraves ecológicos impedem sua exploração. Outra coisa que o dito "pré-sal" tem se provado uma grande incógnita, pois o petróleo que se extrai de alto-mar é de qualidade ruim, o que dificulta e encarece o refino do mesmo. Só é economicamente viável para alguns compostos da chamada cadeia primária.
Na verdade, o valor combustível sempre é usado como manobra políticia. Isto se arrasta desde o tempo de Sarney. Não se encontra paradoxo mais preocupante do que "comprar mais caro e vender mais barato". O país simplesmente não tem como atender a demanda de combustível, e importa bilhões de barris para suprir 2 mercados: diesel e gasolina. E a Petrobrás não é uma empresa de capital aberto, gerida como deveria ser, o que já virou piada nos mercados internacionais.
Falta transparência nos dados.
Outra questão é que, com esta redução de energia, o uso das térmicas aumentou, e existe o risco de desabastecimento de gás. Indústrias de médio porte poderão simplesmente deixar de operar, pois a tendência é as térmicas consumirem a maioria dos recursos.
Um risco pior ainda: o setor elétrico nacional é um dos que menos tem investimentos de porte, e a desoneração irá reduzir as prioridades nas manutenções. Basta ver a quantidade de piques de energia que tem ocorrido. Só este mês de fevereiro, monitorei 45 interrupções de fase na CEMIG na rua Florianópolis. Isto é culpa de uma imprensa golpista? Não. Culpa de um governo que alega ter transparência, mas esconde a realidade. Basta ir em Furnas, no lago, e comprovar.
Contra estes dados, meu caro, não vejo argumentos plausíveis.
Abraços e vamos subindo a montanha!
Caro José Henrique, o Pré-sal é uma realidade e seu petróleo não é de má qualidade é apenas um óleo mais leve, do qual pode-se extrair uma gasolina e um querosene de alta qualidade, diferentemente do petróleo tipo brent, que é mais pesado e produzido no Mar do Norte. Concordo que há interferência política na Petrobrás. Afinal trata-se de uma estatal. No entanto não foi o caso do recente aumento do preço da gasolina, já que não seria razoável faze-lo neste momento de início de ano em que a pressão inflacionária toma fôlego em decorrência dos reajustes de preços típicos deste período. A Petrobras não vende mais barato do que compra, porque, em sua atividade fim, ela não compra nada, apenas produz petróleo e seus derivados. O que ocorre é que ela fatura em real e vende sua produção em dólar, ao contrário da Pedevesa, por exemplo, estatal petrolífera venezuelana, que no mercado interno fatura e vende em moeda local, permitindo o consumidor a encher o tanque de seu automóvel com apenas 5 dólares (R$10,00). E o Brasil é sim, praticamente, auto-suficiente em petróleo e possui reservas para tal.
ResponderExcluirEm relação a energia elétrica, as chuvas dos últimos dias estão re-abastecendo as barragens e, assim, se vai afastando o risco de racionamento. È verdade que as térmicas são caras. Mas elas são apenas uma previdência para o caso de falta d’água. Não são a regra. Os picos de energia a que se refere não são resultado da falta de energia, mas sim incapacidade de faze-la chegar até o consumidor .
Um abraço.