quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Global FM : Ultraje à Democracia

Parece que a incapacidade de Moreira em eleger seu sucessor o colocou numa situação de verdadeiro desespero político. E é isso que a rádio Global FM representa: puro desespero pelo poder. Ao que tudo indica, Moreira não conhece outra forma de se fazer política que não seja atacando seus adversários por meio das ondas de rádio. E isso não é novidade alguma. Foi através de promessas e de ataques em seu programa na rádio Cultura que, há dez anos, o então radialista Carlos Moreira foi eleito prefeito. Mas, o desespero, inevitavelmente, leva à cegueira. Moreira não percebe que os tempos mudaram e que, diferentemente de há uma década, mesmo que aos trancos e barrancos, tem havido maior empenho das instituições da República em se fazer cumprir a Lei. Ele que o diga: o prefeito mais processado da história do município e o primeiro com ação criminal no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Ocorre que em se tratando de uma concessão pública, como é o caso da Global FM, sua programação deve respeitar os Princípios Constitucionais da Administração Pública (art. 37 Constituição), principalmente os Princípios da Isonomia e da Impessoalidade, o que notoriamente não tem ocorrido. A ninguém é permitido usar de uma concessão pública para se promover politicamente, violando a Constituição e a Lei. Além do mais, como se supõe uma rádio educativa, sua programação não comporta a politicagem que se tem verificado, o que, por si, já constitui causa de revogação da concessão. Moreira simplesmente se apoderou de um veículo de comunicação que deveria se destinar à instrução e à educação dos munícipes para se promover politicamente, atacando seus adversários. Isso, além de imoral é ilegal e afronta os ditames republicanos e democráticos. É um verdadeiro ultraje à democracia. Monlevade involui com a Global FM.

2 comentários:

  1. Uai, resta então a cada ouvinte-eleitor analisar se o que ele fala é verdade ou mentira, e aplicar isso às urnas.

    ResponderExcluir
  2. Caro Thales, a questão não é tão simples assim. Nos lugares onde existe o monopólio da informação e baixa escolaridade, como é o caso do Brasil, as pessoas comuns tendem a acreditar que tudo que é dito nas rádios ou na televisão é uma verdade absoluta. Além do mais, uma mentira dita várias vezes se torna uma verdade. Meios de comunicação em massa não podem ser usados para promoção política de pretensos candidatos a cargos públicos. Eles devem ser usados para disseminar a informação.

    Obrigado pela participação.

    ResponderExcluir

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.