Parece que minhas postagens a respeito da diminuição dos investimentos municipais em Educação alcançaram o seu objetivo: o de gerar debate e discussão a respeito do tema. Alguns me questionaram por ter usado o termo SUCATEAMENTO. Segundo eles, a diminuição dos investimentos não acarretaria, necessariamente, em sucateamento do setor. Tenho experiência específica o suficiente para garantir que tal argumento se originou do contexto sofismático que reveste aquilo que já defini aqui, no Monlewood, como Modelo Umbilical.
Sei que nosso Município exibe bons índices educacionais, quando comparados às médias nacionais e, mesmo, às estaduais. No entanto, ainda temos muitíssimo por fazer. Penso que o termo SUCATEAMENTO seria impróprio se tivéssemos alcançado um paradigma educacional capaz de produzir cidadãos conscientes de si e do mundo que nos cerca, aptos a transformar a triste realidade nacional de violência, ignorância, corrupção e injustiças. Mas, sabemos que, salvo raras exceções, a escola pública tem, sistematicamente, perdido sua capacidade de, sequer, alfabetizar, quanto mais de produzir cidadania. Acho que um fato que nos serve como bom termômetro prático da qualidade da escola pública molevadense é o vestibular da UEMG e da UFOP. Apesar de termos em nossa cidade duas universidades públicas, suas vagas são ocupadas, majoritariamente, por estudantes de fora, o que comprova que o aluno formado nas escolas monlevadense está demonstrando dificuldade em concorrer, dentro de nosso próprio município, com estudantes forasteiros, de modo que as coisas não vão tão bem assim, na matemática, na biologia, no português, na história, na física e etc. Em termos de cidadania, a falta de interesse dos jovens para com os assuntos da cidade, falam por si.Ou seja, o que temos hoje, ainda não é sufuciente. Estou convencido que devemos robustecer a Educação do Município com recursos e ações que possibilitem a implementação de novas políticas públicas que tragam dignidade ao professores, estimulando-os à qualificação profissional; que possibilitem a aprimoramento da formação dos alunos e que tragam adequação à infra-estrutura do setor. Acredito que não é interrompendo trajetórias ascendentes de investimento na Educação e diminuindo a despesa no setor, à surdina, que promoveremos as mudanças de que o Município necessita. Gostaria de conhecer a fórmula que possibilitará mais educação, com menos recursos. O autor dela seria digno do Nobel.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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